sábado, 21 de fevereiro de 2009

AVISOS

DOMINGO 22
» 17h.30: Adoração das Quarenta horas

SEGUNDA 23
São Policarpo, Bispo e mártir (MO)
» Adoração das Quarenta Horas das 19h.00-21h.45

TERÇA 24
» Adoração das Quarenta Horas das 19h.00-21h.45

QUARTA 25 (Quarta-feira de Cinzas)
» Início da Quaresma
» Nas missas desse dia haverá a imposição das Cinzas
» Dia de jejum e abstinência

QUINTA 26
Quinta-feira do Menino Jesus
» 18H.00 : Coroinha do Menino Jesus de Praga

SEXTA 27
» 18H.00: Devoção da Via Sacra

FOME DE DEUS

A Quarta-feira de Cinzas é a porta da Quaresma. Nesse Dia a Igreja convida-nos ao jejum (e abstinência). Aqui deixamos um excerto da mensagem do nosso Bispo para Quaresma que nos recorda o sentido desse(s) gesto(s):
"Também eu quero propor-vos, amados diocesanos, a redescoberta do valor desta prática tradicional que nos abre à fome de Deus e, hoje, revela grande actualidade em virtude das precárias condições sociais e económicas que muitas pessoas e a própria sociedade vivem.
O jejum, enquanto prática cristã, faz parte da nossa relação com Deus que cria em nós a disposição de nos abrirmos à graça da renovação, deixando tudo o que nos impede de sermos homens novos com os sentimentos de Jesus Cristo. A privação voluntária de bens e a educação para a sobriedade pretendem libertar o coração para acolher este dom e corresponder-lhe tanto individual como comunitariamente.
Quando bem vivido, o jejum ajuda a criar a unidade interior em cada um de nós, a auto-dominar-nos face a tudo o que nos pode desviar da nossa vocação cristã e a crescer na intimidade com o Senhor. Evita a dispersão e faz-nos mais pessoas. O jejum solidário expressa uma dimensão da comunhão dos santos, pois a privação voluntária e livre redunda em benefício de quem está em necessidade ou defende causas justas.
A partilha quaresmal, fruto também deste jejum solidário, será destinada em partes iguais a dois projectos de grande alcance: a construção da Casa Sacerdotal do nosso clero e a ajuda para com a Igreja irmã de Benguela que desde há vários anos partilha com Aveiro o dom dos seus sacerdotes, encontrando-se neste momento na nossa Diocese dois sacerdotes do seu presbitério. Sejamos generosos, dentro das nossas possibilidades."

MÉDICO DA ALMA E DO CORPO

Hoje necessitamos também de cristãos comprometidos e solidários, cimentados na amizade cristã, nos quais possamos manter e fortalecer a fé em Jesus salvador e médico dos corpos e das almas
Depois de ter curado o leproso Jesus regressa a Cafarnaum, e hospeda-se, provavelmente, em casa de Simão Pedro. As casas judaicas daquele tempo tInham quase sempre um pátio traseiro. Do mesma saía uma escada até ao quarto principal, coberto por um tecto de lousas, canas e barro.
Como de costume juntou-se à sua volta uma multidão de pessoa, impedindo o acesso de quem quer que fosse. Entretanto chegam quatro homens trazendo num catre um paralítico, e como a multidão impedia o acesso do paralítico, resolvem entrar por trás, sobem ao telhado, levantam as telhas e fazem descer o enfermo para junto de Jesus.
Jesus louva a fé daqueles homens, e compadece-se do paralítico: "Filho, os teus pecados são-te perdoados". Era o pior mal que aquele pobrezinho padecia, a paralisia da alma. De facto um só pecado é mais daninho para o homem que todas as doenças juntas. Oxalá, recuperemos hoje o sentido do pecado tantas vezes esquecido.
As palavras de Jesus provocaram uma onda de protesto interior: "Quem é Ele para falar assim? É uma blasfémia, pois só Deus pode perdoar os pecados". E tinham razão para assim pensar, já que não acreditavam na divindade de Jesus, e é verdade que só Deus tem o supremo poder para perdoar os pecados. Mas Jesus tinha esse poder porque era Deus, e para o provar, cura miraculosamente o paralítico, corroborando assim as suas palavras com as obras.
O paralítico, que por si só e contando unicamente com as suas forças não podia aproximar-se de Jesus, representa a humanidade que está longe de Deus e é incapaz não só de providenciar a própria cura como inclusive de se aproximar d’Aquele que lhe a pode proporcionar. Por isso recorre a quatro amigos que com a sua generosidade, e habilidade, o levam até Jesus.
Os pecadores, representados pelo paralítico, não estão em condições de encontrarem a Cristo sozinhos, mas têm a necessidade de que outros, que já tenham experimentado a força paliativa da sua palavra, têm n’Ele uma fé indefectível. O paralítico nunca teria chegado até Jesus se quatro homens, cremos que familiares ou amigos, não o tivessem conduzido até Cristo.
Hoje necessitamos também de cristãos comprometidos e solidários, cimentados na amizade cristã, nos quais possamos manter e fortalecer a fé em Jesus salvador e médico dos corpos e das almas. Grupos formados por cristãos dispostos a compreender e a compreender-se, a ajudar e a ajudar-se sincera e gratuitamente. O bom discípulo de Cristo está sempre disponível para ajudar o próximo e a deixar-se ajudar pelos demais, mas devemos dirigir a nossa ajuda preferencialmente aos mais necessitados, dentro ou fora da nossa comunidade.
Hoje na nossa sociedade há muitos "paralíticos" que necessitam da nossa ajuda para se aproximarem de Deus; sozinhos não o podem fazer, talvez porque os empeçam os preconceitos familiares e sociais ou, quem sabe, alguma situação mais desagradável no seio da Igreja, ou pela influência mediática da imprensa ou da televisão.
Temos pela frente muito caminho a desbravar; temos que erradicar da nossa maneira de ser a maneira de pensar daqueles escribas que que se escandalizaram com as palavras de Jesus; temos que eliminar a desconfiança que nos leva a duvidar de tudo e de todos, temos de nos libertar dos nossos auto-conhecimentos que nos levam a rejeitar tudo o que nos cheira a novidade.
Hoje devemos reconhecer-nos paralíticos, e dispostos a aproximarmo-nos de Cristo, pelas nossas próprias forças ou com a ajuda de alguns verdadeiros amigos, com a humildde de quem também quer ser curado!
Vamos, dentro de dias, na próxima Quarta-feira, chamada das Cinzas, iniciar a Quaresma, que é um tempo de reflexão, conversão, de mudança de vida, um oportunidade única, ainda que todos os anos se repita, um momento para reconhermos que também estamos doentes, "paralíticos", e nos aproximarmos de Jesus (não é necessário ir a Cafarnaum, porque Ele, vem até nós), e podermos ouvir dos seus lábios as amáveis palavras: " Levanta-te, toma a tua enxerga e anda". Então também poderemos dizer: "Nunca vimos coisa assim".

sábado, 14 de fevereiro de 2009

AVISOS

TERÇA 17
Santos Sete Fundadores dos Servitas de Nossa Senhora, (MF)

QUARTA 18
São Teotónio, Presbítero (MO)

SEXTA 20
Beatos Francisco e Jacinta Marto, (MF)

SÁBADO 21
» 17h.30: Adoração das Quarenta Horas

DOMINGO 22
» 17h.30: Adoração das Quarentas Horas

Oração pelo Último Missionário

Pai, que não se perca nenhuma gota do esforço do meu dia, pois o ofereço por aqueles a quem chamais hora a hora, a trabalhar na vossa vinha.
Pai, quero o que Vós quiserdes. Quero que a minha alegria e o meu sorriso sejam missionários. Quero que eles não sejam só meus, mas também deles, e se transformem em fé e em esperança.
Pai, quero que o último missionário sinta o abraço amoroso do Vosso Filho Jesus e do Espírito Santo, a fim de que possa abraçar com amor a sua cruz e dela ver nascer luz para o caminho. Quero que sinta o carinho maternal de Maria, que sempre o traz no seu coração de Mãe.
Pai, obrigado! Obrigado pela vossa revelação na estrada da vida e por me levares a desejar-Vos, a amar-Vos, e a oferecer a vida pelo mais desalentado dos missionários.
Pai, guiai sempre o meu desejo de fazer da minha vida uma oração constante pelo último missionário, a fim de que, no cimo da colina, e até ao último pôr-do-sol, eu jamais me canse ou baixe as mãos enquanto ele se encontrar na sementeira do Vosso Reino.
Isto Vos peço unido a Jesus e Maria, nossa Mãe.
Amen.

O CARMO E AS MISSÕES

Em finais da década de sessenta do século passado, partiram de Aveiro os primeiros missionários carmelitas, para o Colonato do Limpo, em Moçambique. Também há poucos anos o Nuno Óscar, leigo carmelita, partiu da nossa cidade para o mesmo país, como leigo missionário, onde esteve cerca de dois anos. Agora é a vez de partir para a missão de São Roque, diocese de Maputo, a D. Laura Vaz, com a intenção de aí permanecer um ano ao serviço dessa comunidade cristã.
Unindo-nos a esta voluntariosa atitude, não deixemos de orar por ela e pelo êxito da sua missão.

O CRISTÃO E OS NOVOS “LEPROSOS”

Embora cientes da missão que Jesus nos delegou, mas conhecedores das nossas limitações, porque não podemos curar os novos "leprosos", ao menos deveríamos imitar o Mestre, não fugindo deles, mas estendendo-lhe a mão. Quem sabe se não acontece um verdadeiro milagre?

Alguns dos milagres realizados por Jesus, e descritos nos evangelhos, relacionam-se com a cura de pessoas leprosas.
A lepra (doença de Hansen) é uma infecção crónica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que ataca principalmente os nervos periféricos (aqueles nervos localizados fora do cérebro e da espinal medula), a pele, a membrana mucosa do nariz, os olhos, etc.
No entanto quando a Bíblia usa a palavra "lepra" não o faz somente para identificar a doença que hoje conhecemos por esse nome, mas para uma variada gama de doenças da pele, que quando se estendiam a todo o corpo o mesmo apresentava um aspecto repugnante.
Algum dessas doenças não tinham cura e por isso a "lepra" era muito temida, de forma que para evitar o seu contágio já no Antigo Testameto, o livro do Levítico prescrevia: "A pessoa afectada pela lepra deve rasgar as suas roupas, desalinhar o cabelo, tapar-se até à boca e gritar: ‘Impuro!... Impuro!’ Enquanto conservar a chaga, será impuro, viverá isolado, e a sua residência será fora do acampamento".
O leproso contaminava não só as pessoas que se aproximavam dele, mas também os os objectos em que tocasse e as casas em que entrasse. Por isso tinha de viver em lugares isolados, longe da família e da sua aldeia, devendo manter-se a uma distância de cinquenta metros das pessoas, e levar consigo um chocalho para advertir as pessoas da sua presença.
No entanto, o seu verdadeiro drama era não poder casar-se e ter filhos, não participar nas festas e peregrinações, estar condenado ao ostracismo; pensar que possivelmente nunca mais poderia regressar à sua comunidade. A pessoa ferida pela lepra não podia trabalhar, tendo por isso de viver de esmolas, e se por acaso tinha família a mesma estava condenada à pobreza.
O leproso, além de ser considerado pecador, sentia-se repudiado por todos.
Depois, deste mais ou menos longo esclarecimento, estamos em condições de compreender o alcance do gesto de Jesus. Aproxima-se d’Ele um "cadáver" (assim eram considerdos os leprosos), que em vez de manter a distância que a "Lei" impunha, se põe de joelhos, e em vez de gritar "impuro, Impuro!", suplica-lhe: "Se quiseres podes curar-me".
Qual foi a atitude de Jesus? Qual seria o comportamento de um qualquer respeitável e praticante judeu?
Certamente um "bom" judeu teria dado um, dois, três... muitos passos atrás, e gritado: "Afaste-te de mim, homem impuro"... mas Jesus, ao contrário, estendeu-lhe a mão, tocou-lhe e disse: "Quero: fica curado!".
E agora, dentro deste contexto, qual seria a nossa reacção? Talvez a nossa resposta fosse: "não sei", porque hoje, felizmente, entre nós, a lepra está erradicada, havendo unicamente alguns casos de pessoas que foram vítimas desse flagelo. Há, no entanto, nalgumas regiões do planeta pessoas infectadas pela lepra, embora hoje o perigo de contágio seja menor e, com reais possibilidades de serem tratadas.
No entanto, nos dias que correm, na nossa sociedade há também novos marginalizados, novos "leprosos": os infectados pela SIDA (uma doença também contagiosa, embora menos do que se costuma pensar), os toxicodependentes, as prostitutas, os homossexuais, os sem abrigo, as pessoas em situação "irregular" , as mães solteiras, as minorias étnicas, etc.
Hoje todos essas pessoas, têm momentos em que lhes apeteceria gritar: "Senhor, se quiseres podes curar-me", mas, infelizmente, Jesus de Nazaré parece ter-se eclipsado da terra. Ele terminou há muito a sua missão taumatúrgica, encomendado essa missão aos seus discípulos, aos seu seguidores, aos cristãos, enfim, a cada um de nós.
Embora cientes da missão que Jesus nos delegou, mas conhecedores das nossas limitações, porque não podemos curar estes novos "leprosos", ao menos deveríamos imitar o Mestre, não fugindo deles, mas estendendo-lhes as mãos! Quem sabe se não aconteceria um verdadeiro milagre?


sábado, 7 de fevereiro de 2009

AVISOS

SEGUNDA 09
Defuntos da Ordem
Nas missas deste dia faremos o sufrágio mensal por todos sos defuntos da família carmelita

TERÇA 10
Santa Escolástica
, Virgem, (MO)

QUARTA 11
Nossa Senhora de Lurdes, (MF)
Celebramos hoje o Dia Mundial do Doente

SÁBADO 14
São Cirilo
, monge, e São Metódio, bispo, Co-padroeiros da Europa (Festa)

ORAÇÃO PELOS DOENTES

(No próximo dia 11, memória de Nossa Senhora de Lurdes, celebramos o Dia Munidal do Doente. Associando-nos a essa efeméride aqui deixamos uma orção pelos doentes)

Senhor, Vós que miraculosamente operastes tantas curas, olhai com amor os enfermos do mundo inteiro. Permiti-nos que Vos apresentemos esses doentes, como outrora eram apresentados aqueles que, necessitados, solicitavam o vosso auxílio quando vivíeis nesta terra.
Eis aqueles que desde há tempo são provados pela doença e não vêem o fim de sua provação.
Eis os que subitamente ficaram paralisados pela enfermidade e tiveram que renunciar às suas actividades e ao seu trabalho.
Eis os que têm encargos de família e não já não conseguem responder por eles, por causa do seu estado de saúde.
Eis os que sofrem no corpo ou na alma de alguma doença que os entristece.
Eis os deprimidos pelo desgaste de saúde e cuja coragem necessita ser restaurada.
Eis os que não têm nenhuma esperança de cura, e que sentem enfraquecer as suas forças.
Eis todos os doentes que amais, todos os que imploram o vosso auxílio e as suas melhoras.
Eis todos aqueles cujos corpos feridos se tornam semelhantes ao vosso corpo imolado na Cruz.
Senhor, confortai com a vossa graça todos esses doentes.
Fazei que nenhum deles seja privado da nossa visita, do nosso amparo, da nossa palavra do nosso conforto.
Senhor, quando formos provados pela doença, fazei que saibamos unir as nossas dores à vossa Cruz.Senhor, ajudai-nos a lutar para terminar com os sofrimentos causados pela injustiça e pela maldade dos homens. Amen !

A Oração e a Missão

Hoje temos muitas tarefas; somos convidados a exercer muitos ministérios, e fazemo-lo certamente com muita dedicação, com entusiasmo, mas, porém, nem sempre alcançamos os frutos desejados, talvez, porque não tenhamos a coragem de parar um pouco para orar!

Aonde vamos parar? É a pergunta que nos devíamos fazer, mas que não temos coragem para tal.
Levantámos à pressa, tomamos o pequeno almoço num instante, despedimo-nos da família fugazmente e corremos para o trabalho. São as nossas obrigações, os nossos deveres, os nossos compromissos!
Naturalmente que com estes "aperitivos", o trabalho não nos pode correr bem. Estamos já cansados antes de começar as nossas tarefas. Por isso não admira que estajamos mal humorados, e que de um momento para outro estejamos a discutir com os colegas.
Não queria estar a inventar, mas creio que é isto que se repete, infelizmente, quotidianamente, na nossa vida. Mas como se isso ainda não fosse suficiente, à noite repete-se a mesma cena.
Talvez, nos sirva de consolação, constatar que também Jesus estava sempre a correr de um lado para outro.
De facto, São Marcos, apresenta-nos Jesus dedicado totalmente à sua misão evangelizadora, o que contrasta com o retirar-se para um local isolado para orar.
Jesus fá-lo com frequência, habitualmente, diríamos, no Evangelio. Marcos menciona três vezes a oração de Jesus. Nas duas primeiras vezes são em momentos de explosão da popularidade, e o perigo de messianismo político, e a terceira é no momento culminante da sua missão: a aceitação da vontade do Pai, com a consequente morte na Cruz. Além destes três momentos Marcos no seu Evangelho mostra-nos o Jesus orante, quando exorta os seus discípulos à oração, e quando lhes ensina como orar.
Orar em Jesus, tal como aparece nos Evangelhos, é uma atitude, algo habitual como pregar ou respirar; algo necessário e ordinário que brota da sua postura perante a vida. Ver Jesus que se retira a orar é o melhor incitamento e convite à oração.
Compreender a vida de Jesus, a sua atitude ante Dios, a natureza e os homens, é um convite à oração. A oração em Jesus é como uma necessidade como uma atmosfera que envolve a sua vida e a sua missão. É algo que Jesus faz sem qualquer alarido. Retira-se para o monte ou para o descampado para orar, ao amanhecer ou ao pôr do sol. Busca o encontro com Deus Pai no silêncio.
Não sabemos se Jesus recitava longas orações, mas talvez não, pois Ele critica os fariseus por fazerem longas orações, e diz aos discípulos que não é necessário usar muitas palavras.
Persuade os seus seguidores da conveniência da oração, mas só quando um discípulo Lhe pede que os ensine a orar, é que Jesus o faz, ensinando-lhes a oração do Pai-nosso, compêndio da oração cristã.
Para Jesus a vida e a história não se compreendem sem Dios, que é um Pai, o Pai (Abba). É este o pano de fundo da oração de Jesus, expresso nas orações que nos deixou. Em Jesus isto não é uma pose nem uma atitude meramente intelectual, ou um desejo de imitar um mestre ou um guia espiritual, mas sim um modo de ser e de viver. Por isso todo o que tenha a mesma atitude de Jesus perante a vida, sente a necessidade de orar. É este o ensinamento chave da oração de Jesus.
A oração de Jesus está intimamente unida à sua missão. Nos momentos mais transcendentes, delicados e decisivos da sua vida encontramo-Lo sempre em oração. Retira-se para o deserto antes de iniciar a sua vida pública, dedica una noite inteira à oração antes de escolher os apóstolos, na Transfiguração, e antes da sua Paixão... Jesus necesitava de orar nos momentos decisivos da sua vida e da sua missão.
Jesus não orava unicamente para nos dar o exemplo mas enquanto homem também necessitava da oração para levar a cabo a missão que o Pai lhe confiara.
Hoje temos muitas tarefas; somos convidados a exercer muitos ministérios, e fazemo-lo certamente com muita dedicação, com entusiasmo, mas, porém, nem sempre alcançamos os frutos desejados, talvez, porque não tenhamos a coragem de parar um pouco para orar!
Façamos a experiência!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

AVISOS

DOMINGO 01
Celebramos neste Domingo o Dia dos Consagrados.

SEGUNDA 02
Apresentação do Senhor (Festa)
» Nas missas desse dia faremos a benção das velas

TERÇA 03
São Brás, Bispo e mártir (MF)

QUARTA 04
São João de Brito, Presbítero e mártir (MO)

QUINTA O5
Santa Águeda, Virgem e mártir (MO)
Primeira Quinta-feira do Mês
» às 17H.45: Exposição e Adoração do Santíssimo

SEXTA 06
São Paulo Miki e Companheiros, Mártires (MO)

SÁBADO 07
Cinco Chagas do Senhor, (Festa)

EXCERTOS

Aqui deixamos alguns excertos da Mensagem do Presidente da Comissão Episcopal ds Vocações e Ministérios, Dom António Francisco dos Santos, para o Dia dos Consagrados.

"PARA MIM, VIVER É CRISTO"
A Igreja escolhe como Dia dos Consagrados a festa litúrgica da Apresentação do Senhor no Templo.
O Evangelho deste dia coloca-nos diante de uma singular Família de Nazaré. Maria e José decididos a cumprir as prescrições religiosas da sua terra preparavam-se para apresentar Jesus no templo de Jerusalém.
Nesse momento marcado do tempo são surpreendidos por duas pessoas, de idade avançada, que aguardavam esta hora.
Naquele momento e naquele lugar, ainda que de forma discreta e silenciosa, é Deus o protagonista da história e o centro do acontecimento. Simeão e Ana apenas realçam o valor desta presença, o significado existencial e histórico da promessa divina cumprida e o sentido deste gesto de apresentação e de consagração de Jesus no templo santo de Deus.
Quem, melhor do que Paulo, discípulo chamado por Cristo e seduzido pelo Reino, conseguirá dizer com esta verdade e clareza: "para mim, viver é Cristo"?
Quem, melhor do que os consagrados(as) entregues a Deus para servir humanidade, afirmará diariamente com igual coerência e com a mesma autenticidade: "para mim, viver é Cristo"?
O consagrado encontra, ao jeito dos discípulos de Jesus na escola do mestre, no silêncio contemplativo, na escuta atenta e orante da Palavra e na experiência intensa da missão a sua razão de ser e de viver.
Por outro lado, continua sempre um permanente inquieto na busca do mistério eterno de Deus que o ama e o escolheu desde sempre e para sempre.
Ao mergulhar no mistério de Deus, o consagrado(a) reencontra e refaz diariamente na sua vida e missão este amor original de Deus que o escolheu. Daí emerge igualmente no(a) consagrado(a) em cada manhã a liberdade, a disponibilidade e a abertura para a compreensão dos caminhos que urge percorrer para que "o Evangelho seja colocado na vanguarda do tempo" e na universalidade das culturas, como tão bem o soube fazer S. Paulo.

“O Santo de Deus”

Quando, realmente, nos sentirmos libertos de todas as formas de "possessão", então, também nós gritaremos: "Vós sois Cristo, o Santo de Deus".

Ao longo dos evangelhos encontramos diversos textos que nos narram a cura de possessos ou endemoninhados. Sempre me fez confusão esse proliferar de pessoas possessas de espíritos impuros, porque nos dias que correm, ainda que se fale de possesão diabólica, os casos como tal diagnosticados não são tantos como isso!
Hoje precisamente deparamos com Jesus a fazer mais um milagre em que Ele expulsa um "espírito impuro". Para que possamos compreender esta, e outras passagens idênticas, devemos recordar que antigamente as pessoas não possuíam os mesmos conhecimentos científicos que hoje estão ao nosso alcance. Não sabiam nada de micróbios, bactérias e muito menos ainda de doenças do foro psicológico como as psicoses, nevroses ou mesmo a epilepsia! Por isso não admira que estivessem convencidos que as doenças era provocadas por algum "espírito ímpuro", que depois de ter entrado numa pessoa causavem uma série de problemas.
É precisamente o que se passa no trecho do Evangelho de hoje. Estava Jesus na Sinagoga quando um "possesso" começa a provocar Jesus, e o Mestre dá-lhe ordem para sair daquele homem.
O Demónio obedece-Lhe, e isso causa admiração aos presentes que se perguntam:

"Que vem a ser isto? Uma nova doutrina com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!".
Assim Jesus mostra a sua divindade, mostrando que o Reino de Deus é mais forte que o poder sobre-humano do demónio, que é capaz de vencer todas as forças do mal, porque Ele é o verdadeito libertador.
Também os seus discípulos,incluindo cada um de nós, devem continuar a sua missão libertadora: libertar os homens da possessão do demónio, dos poderes do mal, dos malefícios dos poderosos. Libertar, quer dizer, ajudar a serem livres.
Devemos fazê-lo primeiro com a palavra, porque só a verdade nos faz livres. A primeira etapa da escravidão começa sempre pela mentitra, pelo erro, pela ignorância.
Em segundo lugar, com as obras. O discípulo de Cristo deve igualmente juntar-se a todos os que se esforçam por libertar o homem da exploração dos poderosos, combatendo ao mesmo tempo a miséria, a fome, a pobreza, a discriminação e outas formas de marginalização. E dessa maneira também nós ajudamos a exorcitar os males deste mundo, pois, inclusive, a nossa maneira de viver a fé faz-se ressentir de tudo isso.
Transmitiram-nos valores, nem sempre con-sentâneos com os do Evangelho.
No mundo em que vivemos o que mais pode é o mais importante, o mais importante é o que mais triunfa, o que mais tem; e o que mais possui é o que mais pode.
E assim se forma um ciclo vicioso dentro e fora de cada um de nós. Assim somos possuídos pela ambição, pela ânsia de possuir, tornamo-nos agressivos, atropelamos os demais, não respeitando nem os seus direitos nem a sua dignidade, usando como critério a máxima: "salve-me eu e quem puder".
Hoje também nós necessitamos de ser exor-citados, porque o mal habita em cada um de nós.
Jesus também descobre em nós esta situação de possessão e quer enfrentá-la com autoridade, porque o projecto de Jesus é contrário ao do homem possesso.
Jesus veio acabar com todo o género de possessão, veio soltar as amarras que prendem o homem, veio libertá-lo das teias que o emaranham!
Embora Jesus tenha triunfado sobre o maligno no Domingo da Ressurreição continua, contudo, a sua luta nos cristãos, na medida em que o permitirmos, na medida em que não não pactuámos com o mal.
Jesus tem compaixão de todos os que estão "possessos", de todos quer fazer homens livres, e audazes que saibam proclamar a sua divindade.
Quando, realmente, nos sentirmos libertos de toda essas formas de "possessão", então também nós gritaremos: "Vós sois Cristo, o Santo de Deus".
E dessa maneira tornamo-nos anunciadores do Reino de Deus, e, certamente, seremos mais coerentes na maneira de vivermos a nossa fé em Jesus Cristo.