sábado, 16 de julho de 2011

AVISOS

SEGUNDA | 18
Beato Bartolomeu dos Mártires, bispo (MO)

TERÇA | 19
Nossa Senhora, Mãe da Divina Graça (MO)

QUARTA | 20
Santo Elias, profeta (Festa)

SEXTA | 22
Santa Maria Madalena (MO)

SÁBADO | 23
Santa Brígida, religiosa, Padroeira da Europa (Festa)

Encerramento do Ano Pastoral
Com a Solenidade de Nossa Senhora do Carmo encerramos o Ano Pastoral. Aos domingos, durante os meses de verão será suprimida a oração de vésperas, sendo substituída pela recitação do Terço

Domingo das  Missões Carmelitas
O ofertório realizado para as Missões Carmelitas, realizado no passado fim de semana rendeu €568,67.

Chama n.º nº 805 | 17 Julho ‘11

MÃE E RAINHA

Alguns  cristãos que participaram nas Cruzadas do Oriente, depois terem colaborado na reconquista da Terra Santa, e dos Lugares Santos, quiseram abraçar um novo estilo de vida, procurando imitar o Profeta Elias.
Solicitaram a Santo Alberto, Patriarca  Latino de Jerusalém, uma regra de vida, de acordo com os seus ideais. Atendido o seu pedido, eles mesmos se intitularam “Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo”, escolhendo Maria como Mãe e Rainha.


Chegamos ao Domingo de Nossa Senhora do Carmo!
Celebrar Nossa Senhora do Carmo é um convite a contemplar as nossas origens, como há mais de quatro séculos exortava Teresa de Jesus a fazê-lo às suas irmãs religiosas.
Todos nós temos um certo carinho pelo local em que nascemos, pela nossa terra. Mesmo que há muito a tenhamos deixado ela tem sempre para nós um sabor especial, pois foi aí que bebemos o primeiro leite, foi aí que fizemos as primeiras amizades, foi aí que pela primeira vez contemplámos o sol e a natureza.
Por isso, não é de admirar, que desde sempre  os cristãos  tenham tido, pela   Terra Santa, um carinho especial, aliás sentimento idêntico ao que os judeus nutriam em relação a Jerusalém.
Muitos cristão rumavam àquelas paragens para percorrer os mesmos caminhos que Jesus tinha palmilhado, visitar os locais onde se realizaram os seus milagres, mas sobretudo, os Lugares Santos de Jerusalém intimamente ligados ao Mistério Pascal. Uns peregrinavam à Terra Santa por pura devoção, enquanto outros aí se dirigiam 
para cumprir as penas impostas no sacramento da penitência, quando graves eram os seus pecados! No entanto, todos os que peregrinavam a Jerusalém eram chamados “Palmeiros”, porque, durante a viagem, levavam, como distintivo, uma palma na mão.
Não admira, pois, que a Europa cristã entrasse em choque quando a  Terra Santa foi ocupada pelos Turcos Seljúdiças, vedando o caminho aos peregrinos cristãos. Papa, imperadores, reis e bispos apelaram à Cruzada Santa, para reconquistar os queridos Lugares Santos. Muitos foram os que se alistaram, uns, quais mercenários, procurando repartir os “despojos”, outros movidos pela fé mais genuína.
Entre estes devemos incluir aqueles cruzados que estiveram na origem da Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Terão certamente lamentado os atropelos que muitos colegas terão cometido, e sei lá, talvez, para reparar os males causados, decidiram dar início a uma piedosa e penitente forma de vida.
Retiraram-se para o bíblico Monte Carmelo, o “Jardim” ou “Vinha do Senhor”, onde Elias  venceu os idólatras de Baal, e procurando imitá-lo deram início a uma nova forma de vida consagrada. Para melhor alcançar os seus intentos pediram ao Patriarca Latino de Jerusalém, Alberto Avogrado, uma regra de vida, diferente daquelas que já se viviam no Ocidente, especialmente a de São Bento de Núrsia.
O Santo Patriarca acedeu ao pedido daqueles eremitas, e poderíamos a resumir a Regra do Carmo a “meditar dia a noite a lei do Senhor”.
Além disso a Regra preconizava: “O oratório, conforme for mais fácil, construa-se no meio das celas e aí vos devereis reunir todos os dias pela manhã para participar na celebração eucarística, quando as circunstâncias o permitam”.  
Por estranho que pareça na Regra de Santo Alberto não há qualquer referência a Nossa Senhora!
No entanto, quando os eremitas do Monte Carmelo construíram o oratório que  se situava no centro das celas, dedicaram-no a Nossa Senhora do Monte Carmelo, e a partir de então começaram a intitular-se “Irmãos  da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo”.
Os Carmelitas intitularam-n’A Irmã, mas acolheram-n’A como Mãe,  a quem pretendiam amar e imitar, mas também acorrer nos momentos mais difíceis, alguém com quem sempre pudessem contar. 
Contudo, também a intitularam Rainha, como muitas vezes podemos constatar na iconografia, mormente no Oriente, onde  ela está sentada no seu trono, e reflectindo-se igualmente nas invocações carmelitanas: “Rainha e Formosura do Carmelo”, “Rainha dos Mares”, etc.
Honremos Nossa Senhora do Carmo como Rainha e Ela proteger-nos-á como Mãe!
Foi isso mesmo que ela prometeu a São Simão Stock, quando em Aylesford, Inglaterra, lhe entregou o Escapulário no ano de 1251.

Chama nº 805 | 17 Julho ‘11

ORAÇÃO À MÃE DO CARMO

É grande a devoção a Nossa Senhora do Carmo! Para isso contribuíram os carmelitas presentes nas mais diversas partes do mundo, bem como a devoção do Escapulário.
Por isso não admira que poetas, músicos e o povo simples tenham enriquecido o cancioneiro carmelitano, dedicando-lhe numerosos hinos e cânticos. Igualmente  numerosas são as orações à Rainha do Carmo, que os devotos lhe dirigem em momentos de aflição.
Aqui deixamos uma dessas orações para com ela podermos honrar a Rainha e Formosura do Carmelo: 

Ó Santíssima Imaculada Virgem Maria, 
Ornamento e glória do Monte Carmelo, 
Vós que velais tão particularmente 
Sobre os que trazem 
O vosso santo Escapulário, 
Velai também, bondosa, sobre mim, 
E cobri-me com o manto 
Da Vossa maternal protecção. 
Fortalecei a minha fraqueza 
Com o Vosso poder, 
E dissipai, com a vossa luz, 
As trevas do meu coração.
Aumentai em mim a fé, 
A esperança e a caridade. 
Ornai a minha alma com todas as virtudes, 
A fim de que ela se torne sempre 
Mais amada do Vosso Divino Filho. 
Assisti-me durante a vida, 
Consolai-me com a vossa amável presença 
Na hora da morte, 
E apresentai-me à Santíssima Trindade, 
Como vosso filho 
E fiel servo Vosso, 
Para que eu possa louvar-Vos 
Eternamente no Céu. 
Ámen.

Chama n.º nº 805 | 17 Julho ‘11

sábado, 9 de julho de 2011

AVISOS

DOMINGO | 10 
Domingo das  Missões Carmelitas.
O ofertório das missas deste fim de semana destina-se a financiar os projectos missionários da nossa Província.

SEGUNDA | 11
São Bento, abade, Padroeiro da Europa (Festa) 

QUARTA | 13
Santa Teresa de Jesus dos Andes, virgem (MO)

SEXTA | 15
São  Boaventura, bispo e doutor da Igreja (MO)

SÁBADO | 16
Nossa Senhora do Carmo (Solenidade)
» 08h,00: Eucaristia
» 17h.00: Bênção das Crianças
» 21h.00: Procissão de nossa Senhora do Carmo, seguida de Eucaristia.

Homenagem ao Fr. Silvino
No próximo Domingo, dia 17, o Grupo “Adoramus Te” promove uma homenagem ao seu assistente espiritual, o Fr Silvino.
Após a Eucaristia da tarde, às 20h.00 , haverá um pequeno convívio com partilha de “farnéis”.

Chama nº 804 | 10 Julho ‘11

LOUVAR O SENHOR!

Hoje somos convidados a  louvar o Senhor! Se em cada momento da nossa vida o devemos fazer, hoje temos motivos mais que suficientes para o fazer. Fazemo-lo, porque estamos já a viver a festa de Nossa Senhora do Carmo! Fazemo-lo porque no próximo Sábado, Solenidade de Nossa Senhora do Carmo, serão ordenados cinco novos carmelitas, no Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas!
Nestes tempos  em que escasseiam as vocações religiosas e sacerdotais, nunca em Portugal a nossa Ordem, em mais oito década, teve tantos ordenandos numa mesma cerimónia.
Louvamos o Senhor, porque nesse dia serão ordenados o primeiros sacerdotes carmelitas descalços de Timor Leste e o primeiro carmelita angolano! Este é um  momento único na  breve história  da nossa Província religiosa. 
Assim, no Santuário do Menino Jesus, em Avessadas, Marco de Canaveses, pelas 16h.00 do dia 16 de Julho receberão a ordem do presbiterado  Fr. João Rego de Viana do Castelo, o Fr. Marco Caldas de Melgaço, o Fr. Daniel Jorge de Angola, e o Fr. Nuno Pereira e o Fr. Noé Martins, ambos  de Timor Leste. Estes jovens carmelitas serão ordenados pelo Sr. Bispo do Porto, D. Manuel Clemente que terá como concelebrantes o bispo D. Ximenes Belo e vários sacerdotes. 
Embora os novos ordenandos já estejam integrados nas suas comunidades, nas quais irão colaborar nos próximos tempos, no entanto a nossa Província tem por diante novos desafios, pois sabemos que temos a responsabilidade de fazer com que o Carmo Descalço se torne uma realidade em Timor Leste, pois além do Fr. Nuno e do Fr. Noé já temos entre dois novos aspirantes timorenses, e outro tanto devemos pensar em relação a Angola donde é natural o Fr. Daniel, aliás, as terras do “Congo” foram  o destino da primeira expedição missionária do Carmo Descalço, ainda em vida de Santa Teresa, e aí, durante séculos, os carmelitas marcaram presença.
Por tudo isso devemos louvar o Senhor!

Chama nº 804 | 10 Julho ‘11

FESTAS DE NOSSA SENHORA DO CARMO

PROGRAMA 2011

09 Julho | SÁBADO
[Início da Novena de Nossa Senhora      do Carmo]      
* 8h.00 - Eucaristia   
* 18H.00: Oração Mariana [Carmelitas  Seculares]
* 18H.30: Eucaristia

10 Julho | DOMINGO
* 10h.00 - Eucaristia
* 11h.30 - Eucaristia
* 18h.00 - Oração Mariana [Confraria  de Nossa Senhora do Carmo]
 * 18.30 - Eucaristia

11 Julho | SEGUNDA-FEIRA
* 8h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana [Grupo Adoramus Te]
* 21h.30 Eucaristia

12 Julho | TERÇA-FEIRA
* 8h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana [Coro Cântico Espiritual, Coro Lauda Carmeli e Coro Aurora da Manhã]    
* 21h.30 Eucaristia

13 Julho | QUARTA-FEIRA
* 8h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana [Zeladoras dos Altares, e Grupo de Liturgia]
 * 21h.30 Eucaristia 

14 Julho |(QUINTA-FEIRA)
* 8h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana [Voces Carmeli e Paris Carmeli]
* 21h.30 Eucaristia 
[nesta celebração teremos presente todos os defuntos da família carmelita, de um modo especial os defuntos da Confraria de Nossa Senhora do Carmo, bem como todos os devotos do Escapulário]

15 Julho | SEXTA-FEIRA
  * 08h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana [Ministros da Comunhão, Leitores e Visitadores dos Doentes]
* 21h.30 Eucaristia 

16 Julho | SÁBADO
[SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA DO CARMO]
* 8h.00 - Eucaristia
* 17H.00 - Consagração das Crianças
* 21h.00 - Procissão em honra de Nossa Senhora do Carmo   
[Percorre as artérias: Rua do Carmo, Rua Eng. Oudinot, Rua Dr. Alberto Souto, Rua Guilherme Gomes Fernandes, Rua do Gravito e Rua do Carmo]
* Após a Procissão seguir-se-á a Eucaristia.

17 Julho |(DOMINGO)
* 10h.00 - Missa Festiva
* 11h.30 - Missa Festiva 
* 18h.00 - Oração Mariana
* 18h.30  - Missa Festiva
No final far-se-á a Procissão do Silêncio com a Consagração a Nossa Senhora

N.B: Quem participar pelo menos em cinco dias da Novena,  e quem visitar a Igreja do Carmo no dia 16 de Julho poderá obter Indulgência Plenária.

Recomenda-se aos Irmãos da Confraria de Nossa Senhora do Carmo o uso do Escapulário grande durante a Novena.

Chama n.º 804 | 10 Julho ‘11

sábado, 2 de julho de 2011

AVISOS

SEGUNDA | 04
Santa Isabel de Portugal ( MO)

QUARTA | 06
Santa Maria Goretti, virgem e mártir (MF) 

QUINTA | 07
Primeira Quinta-feira do mês
» 17h.45:  Exposição e Adoração do Santíssimo
Neste tempo de oração, orientado pelos Ministros da Comunhão,  rezaremos pelas vocações, particularmente pelas vocações à nossa Ordem.

SÁBADO | 09
Início da Novena de Nossa Senhora do Carmo
» 18h.00: Oração Mariana [ Carmelitas Seculares]

DOMINGO | 10 
Domingo das  Missões Carmelitanas.
O ofertório das missas deste fim de semana destina-se a financiar os projectos missionários da nossa Província.
» 18h.00: Oração Mariana [Confraria do Carmo]

Os irmãos da Confraria de Nossa Senhora do Carmo que pretendam integrar a Procissão que se vai realizar no próximo dia 16  de Julho, devem contactar algum elemento da Mesa, para uma melhor orgnização da mesma.

Chama n.º 803 | 03 Julho ‘11

COMENTÁRIO

O trecho do Evangelho deste Domingo é uma oração de louvor, dirigida por Jesus ao Pai. Num momento em que a sua missão parecia fracassar,  devido à recusa que  fariseus e escribas tinham feito da sua palavra, depois  de muitos O terem abandonado, Jesus não cai em desânimos, pelo contrário, aproveita a circunstância para louvar o Pai.
Nesta breve oração Jesus faz três afirmações fundamentais: só o Filho é capaz de revelar o verdadeiro rosto do Pai; a revelação do Pai é feita aos pequeninos, enquanto se fecha aos sábios e inteligentes, e finalmente todos os que andam cansados e oprimidos podem encontrar em Cristo alívio. 
Perante estas afirmações muitas perguntas se podem levantar: Quem são concretamente os “pequeninos” aos que se manifestam os segredos de Deus? Quem são os sábios e inteligentes aos que, pelo contrário, estas verdades lhes são ocultas? O quê que foi revelado e o que se manteve oculto? 
Jesus não diz exactamente o que o Padre revelou aos simples; limita-se a dizer “estas verdades”. No entanto, é fácil de compreender que se trata do Evangelho na sua totalidade, isto é, a nova compreensão de Deus e da sua vontade expressa nas palavras e nas obras de Jesus.
Quando Jesus falava e Mateus escrevia, a expressão “os sábios e os prudentes” aplicava-se concretamente às elites religiosas de Israel, rabinos e fariseus, que permaneciam cegos perante a clarividência das palavras de Jesus, e se irritavam pela sua pregação ser dirigida aos pobres e humildes. Por isso, “pequenino” não se opõe a adulto (e, portanto, não designa as crianças), mas sim, opõe-se a sábio e prudente. Pequenos são os homens sem cultura, sem competência religiosa, sem grandes dialécticas; eram os chamados homens da terra, os pobres aldeãos da Galileia, aos quais doutores da Lei e os fariseus desprezavam.
Hoje, sentimo-nos “pequeninos”, ou, pelo contrário, somos auto-suficientes, como os fariseus e escribas, e rechaçamos o Evangelho de Jesus? 

Chama n.º 803 | 03 Julho ‘11

PALAVRAS DE ESPERANÇA

O escritor e pensador francês George Bernanos diz que a Igreja tem o monopólio da alegria. 
Nos tempos que nos toca viver no presente, em que a situação de crise nos ataca por todos os lados, crise não só económica e financeira, mas também, e sobretudo, uma crise de valores éticos e religiosos, a mensagem do Documento Conciliar “Gaudium et Spes” [Alegria e Esperança] é mais do que necessária e oportuna
Já se encontra entre nós há mais de um mês! Alguns já o conhecem, quer pela celebração do Sacramento da Reconciliação ou da presidência da Eucaristia, e outros de encontros mais personalizados.
Estamos a referir-nos ao Sr. Padre Fernando Reis, o novo superior da Comunidade de Aveiro.
Para que as suas palavras pudessem chegar a todos, sugeri-lhe que escrevesse  um pequeno artigo para a “Chama Viva”. Aceitou o desafio e aqui deixamos o texto:
“Gaudium et Spes, ou em linguagem portuguesa ‘Alegria e Esperança’ é o quarto de muitos documentos promulgados pelo Concílio Vaticano II com o título oficial “Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo actual”. Estamos a falar do século XX, naquele espaço de tempo entre 1959-1965.
O mundo, a sociedade e a história tem altos e baixos, alegrias e tristezas, épocas de conforto e bem-estar, mas também épocas de profunda crise. E o Concílio Vaticano II não quis apenas falar de aspectos doutrinais e teológicos, mas ser um marco de luz e de esperança para o mundo, atormentado com tantas tragédias, fome, pobreza e guerra. Então os Padres Sinodais quiseram vincar também os aspectos pastorais da Igreja e estar bem mais perto dos homens, partilhar as suas angústias e inquietações, mostrando-se mais solidários com eles. É que o nome de Deus é ‘Emmanuel’ que quer dizer ‘Deus connosco’. Ele está no meio de nós; é um Deus que partilha, que vive a nossa condição humana e sofre connosco. E os responsáveis da Igreja tomaram consciência que esta não deveria mais estar afastada do mundo, de costas voltadas para o mundo, mas estar aberta ao mundo, sofrer com os problemas do mundo, sendo solidária, vencendo os medos, os temores e a ‘fuga mundi’. A Igreja, guiada e iluminada pelo Espírito, conseguiu dar a volta e ser cada vez mais Mãe e Mestra para este mundo. Daí a razão deste Documento do Vaticano II ser intitulado ‘Alegria e Esperança’. A Igreja quis e quer ser porta-voz desta mensagem. 
O escritor e pensador francês George Bernanos diz que a Igreja tem o monopólio da alegria. O mundo não resolve verdadeiramente os problemas do homem.
E nos tempos que nos toca viver no presente, em que a situação de crise nos ataca por todos os lados, crise não só económica e financeira, mas também, e sobretudo, uma crise de valores éticos e religiosos, a mensagem deste Documento ‘Alegria e Esperança’ é mais do que necessária e oportuna, pois as pessoas já vivem na descrença e na desconfiança no referente às instituições e em que se diz que Portugal bateu no fundo.
A voz da Igreja não deve de ser de pessimismo nem de derrotismo, mas uma voz que clama Esperança, pois das cinzas ainda é possível fazer reavivar a chama da Vida.
O Concílio Vaticano II deixou à Igreja e ao mundo cristão um espírito novo, um humanismo novo, uma nova esperança e uma nova visão, histórica e transcendente, do mundo em que vivemos. Se todos os Concílios, depois de terminados, continuam ressoando na história, este Vaticano II está chamado a exercer uma influência profunda dentro da Igreja e fora dela. Nunca, na história dos Concílios, se acendeu e projectou um raio de luz que se possa comparar a este, pois a Igreja tomou consciência sobre si mesma e sobre a sua missão mediadora. 
Que este boletim nos faça compreender que ‘tristezas não pagam dívidas’ e que um ‘santo triste é um triste santo’.
Por isso, é hora de todos dizermos ‘corações ao alto’ e de todos respondermos ‘o nosso coração está em Deus’.”
(Pe. António Fernando Sá dos Reis)

Chama n.º 803 | 03 Julho ‘11

sábado, 25 de junho de 2011

HINO AO CORAÇÃO DE JESUS

Celebramos na próxima Sexta-feira, dia 1 de Julho, a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus, tão antiga na Igreja, teve, contudo,  dois grandes apóstolos: São João de Eudes e Santa Margarida Maria Alacoque.
No dia 16 de Junho de 1675, durante a Exposição do Santíssimo Sacramento,  Nosso Senhor apareceu a Santa Margarida Maria e, mostrando-lle o seu Coração, disse-lhe: Eis o coração que tanto tem amado os homens e em recompensa não recebe, da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que têm por Mim neste Sacramento de Amor.
Para meditar, e melhor celebrar, a sua festa aqui deixamos um hino da Liturgia das Horas:

Arca Santa da lei nova,
Ó Sagrado Coração,
Fonte de vida e de graça
Fonte de misericórida:


Ó Coração, santuário
Da nova e eterna Aliança,
Divino altar sempre erguido,
Templo de amor aberto.


Sois no peito trespassado
De Jesus a chaga aberta
Que mostrou aos nossos olhos
O eterno amor infinito.


Cristo, sumo sacerdote
Na Paixão cruenta e mística
De Vós fez a hóstia plena
Do seu duplo sacrifício.


Quem não quererá pagar
Com amor tão grande amor
De Cristo que nos legou
O Coração em herança?


Glória a Vós porque nos destes
Jesus, vosso Coração.
Glória ao Pai e ao Espírito Santo
Pelos séculos dos séculos.


Chama n.º 802 | 26 Junho ‘11

AVISOS

TERÇA | 28
Santo Ireneu, bispo e mártir ( MO)

QUARTA | 29
São Pedro e São Paulo, apóstolos (Solenidade)

QUINTA | 30
Quinta-feira do Menino Jesus
» 18h.00:  Coroinha do Menino Jesus, com a participação do Clube do Menino Jesus

SEXTA | 01
Sagrado  Coração de Jesus (Solenidade)
» Exposição do Santíssimo desde as 15h.00 até às 21h.45

SÁBADO | 02
Imaculado Coração da Virgem Santa Maria (MO)

Peregrinação Carmelitana a Fátima
As pessoas que se inscreveram na Pegrinação Carmelitana a Fátima já podem levantar os respectivos bilhetes.
Informamos, ainda, que a partida será às 7h.45, no próximo Sábado, dia 2,  junto à Pastelaria Latina.

Listas de Leitores e Ministros da Comunhão
Encontram-se em distribuição as listas de Leitores e de Ministros da Comunhão para os próximos meses.

Chama n.º 802 | 26 Junho ‘11

APRENDER A SABER AMAR!

A Lei de Deus é a Lei do Amor! Nas páginas do Evangelho, tantas vezes Jesus nos exorta a amar a Deus e ao Próximo. Mas, jesus vai mais longe e convida-nos a “amar os inimigos”, a “orar pelos que nos perseguem”! Contudo, o amor aos pais, tão enaltecido nos escritos do Velho Testamento, parece ser ofuscado pelas palavras que Jesus hoje nos dirige no Evangelho, como se eles [os pais, filhos e irmãos] fossem menos merecedores que os próprios inimigos!  
Santo Agostinho, o Doutor Angélico, vai-nos ajudar a reflectir nestas palavras de Jesus!

Já passaram as festas pascais! Embora tenhamos retomado o Tempo Comum após a Solenidade de Pentecostes, de facto, somente hoje isso sucede em relação aos domingos, pois no passado Domingo celebrámos a Festa da Santíssima Trindade, que está intimamente unida ao Mistério Pascal.
Se muitas vezes o Evangelho de Jesus nos causa apreensão, pelas suas muitas exigências, que parecem verdadeiras contradições, como “orar pelos inimigos” ou pior, ainda, “amar os inimigos”, hoje, parece ir longe de mais, pois, após tanto insistir no amor ao próximo, e de tantas exortações a amar os pais, mesmo “quando a sua mente enfraquece”, hoje as suas palavras parecem ultrapassar o razoável, quando lemos: “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim, e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim não é digno de Mim”.
Para nos ajudar a compreender estas palavras de Jesus, oferecemos um comentário a este trecho evangélico, tirado dos Sermões de Santo Agostinho (Sermão 344, 1-2):
“Nesta vida toda tentação é uma luta entre dois amores: o amor ao mundo e o amor a Deus; o vencedor dos dois atrai para si, à semelhança da gravidade, o seu amante. Chegamos até Deus, de facto, não com asas nem com os pés. Pelo contrário, prendem-nos à terra os afectos contrários, não os nós nem qualquer corrente material. Cristo veio transformar o amor e fazer de um apaixonado da terra um amante da vida celestial; por nós se fez homem aquele que nos fez homens: Deus assumiu a condição de homem para fazer dos homens deuses. Eis o combate que temos pela frente: a luta contra a carne, contra o demónio, contra o mundo. Mas, tenhamos confiança, porque quem preparou o combate é espectador que nos traz a sua ajuda e nos exorta a que não presumamos das nossas forças. De facto, quem presume das mesmas forças, enquanto homem que é, presume das forças de um homem […]. Os mártires, inflamados na chama deste piedoso e santo amor, deixaram queimar a fragilidade da sua carne com o vigor da sua mente, mas chegaram íntegros no seu espírito até Àquele que lhes tinha ateado o fogo. Na ressurreição dos corpos foi concedida a devida honra à carne que desprezaram essas mesmas coisas. Assim, portanto, foi semeada na ignomínia, para ressuscitar na glória.
Ardendo neste amor ou, melhor, para podermos arder nele, diz [Jesus]: “Quem ama o pai ou a mãe mais que a Mim não é digno de mim, e quem não toma a sua cruz para Me seguir não é digno de mim (Mt 10,37-38). Não eliminou o amor aos pais, à esposa, aos filhos, mas sim colocou-o no lugar que lhe corresponde. Não disse: “Quem ama”, mas sim “Quem ama mais que a Mim”. É o que diz a Igreja no Cântico dos Cânticos: Ordenou em mim o amor (Cant 2,4). Ama a teu pai, mas não mais que ao Senhor; ama a quem te gerou, mas não mais do que a quem te criou. Foi o teu pai quem te gerou, porém não foi ele quem te formou, pois quando o fez desconhecia quem ou como irias nascer. O teu pai alimentou-te, contudo, não retirou de si o pão para te saciar. Por último, seja o que for o que teu pai te deixa na terra, ele morre para que tu lhe sucedas, e com a sua morte ocupas o seu lugar nesta vida. Ao contrário, Deus é Pai e o que reserva, guarda-o juntamente consigo, para que possuas a herança juntamente com o mesmo Pai e não tenhas que esperar a sua morte para suceder-lhe, mas que, permanecendo sempre n’Ele, te unas a quem permanece para sempre. Ama, pois, a teu pai, mas não o coloques acima de Deus; ama a tua mãe, porém não ponhas por cima da Igreja, que te gerou para a vida eterna.
Finalmente, calcula, a partir do amor que sentes pelos teus pais, quanto deves amar a Deus e à Igreja. Porque se tanto deves amar aqueles que te geraram para a morte, com muito mais amor devem ser amados aqueles te geraram para que possas chegar à vida eterna e vivas por toda a eternidade! Ama a tua esposa, ama os teus filhos segundo a Lei de Deus, incutindo-lhes que adorem juntamente contigo a Deus. Una vez que te tenhas unido a Ele, não hás-de temer separação alguma. Portanto, não deves amar mais que a Deus a quem com toda certeza amas mal, se desleixas em levá-los contigo a Deus.” 

Chama n.º 802 | 26 Junho ‘11

sábado, 18 de junho de 2011

AVISOS

SEGUNDA | 20
BB. Sancha e Mafalda, virgens, e Beata Teresa, religiosa ( MF)

TERÇA | 21
São Luís Gonzaga, religioso (MO)

QUARTA | 22
» Exposição do Santíssimo após a Missa da tarde até às  21h.45

QUINTA | 23
Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpo de Deus) 
É dia de preceito, sendo o horário das missas o mesmo dos domingos: haverá missa às 10h.00, 11h.30 3 18h.30. A missa vespertina  de Quarta-feira serve para satisfazer o preceito.

SEXTA | 24
Nascimento de São João Baptista (Solenidade)

Peregrinação Carmelitana a Fátima
Continuam abertas as inscrições para a Pegrinação Carmelitana a Fátima que se realiza no dia 2 de Julho.

Chama n.º 801 | 19 Junho ‘11

UM HINO EUCARÍSTICO

Celebramos na próxima Quinta-feira, dia 23, a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, mais conhecida em Portugal como a Festa do Corpo de Deus.
Como convite à adoração do Mistério da Eucaristia, São Tomás de Aquino escreveu o hino Pange Lingua As duas estrofes finais, conhecidas como Tantum Ergo, são  cantadas enquanto se incensa o Santíssimo, antes da Bênção Solene. Este Hino é considerado o mais bonito dos compostos por ele e um dos sete grandes hinos da Igreja Católica.
Aqui deixamos a tradução de algumas estrofes deste hino eucarístico, para saborearmos  o amor que encerra a Eucaristia:

Canta, minha língua
Este mistério do corpo glorioso
E do sangue precioso
Que, do fruto de um ventre generoso
O Rei das nações derramou
Como preço da redenção do mundo.

Dado a nós, por nós nascido
De uma intacta virgem
E no mundo vivendo
Espalhando a semente da palavra
O tempo certo da sua permanência
Encerrou no rito admirável.

Na ceia da última noite
Reclinando-se com seus irmãos
Tendo observado plenamente
A lei da festa prescrita
Deu a si mesmo com as suas mãos
Como alimento ao grupo de doze.

O Verbo encarnado, o pão real
Com sua palavra muda em carne
O vinho torna-se o sangue de Cristo
E como os sentidos falham
Para firmar um coração sincero
Apenas a fé é eficaz.

Chama nº 801 | 19 Junho ‘11

O “RETRATO” DE DEUS

Celebramos, neste Domingo post-Pentcostes, a Festa da Santíssima Trindade. Falar, e escrever, sobre a Santíssima Trindade não é fácil, porque estamos perante um “Mistério”!
Muitos teólogos o tentaram fazer, deixando-nos volumosos escritos. Procuram oferecer-nos um “retrato” de Deus”. Penso, no entanto, que o mais importante não é “conhecer” a Deus, mas viver em Deus, na simplicidade como O mesmo nos é descrito na Sagrada Escritura.


Encerramos no passado Domingo, com a grande festa de Pentecostes, o Tempo Pascal. Contemplámos durante este tempo os mistérios do Salvador e recordámos tudo o que Deus Uno e Trino fez por nós. Neste Domingo a Liturgia convida-nos a contemplar Aquele do qual tudo recebemos, celebrando a Festa da Santíssima Trindade. 
Nesta perspectiva a festa da Santíssima Trindade apresenta-se como a grande festa de acção de graças ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo por tudo o fizeram em nosso favor.
Aprendemos desde crianças que há um só Deus e três Pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Aprendemos também que o Pai é Deus; o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. Ora se as três pessoas são Deus, logo temos a tentação de dizer, como qualquer criança que aprende a somar, que há três deuses.
Os teólogos escreveram resmas de livros para tentar explicar o Mistério da Santíssima Trindade, mas esqueceram-se tantas vezes que estamos perante um Mistério!
Se este obstáculo, com todos os estudos mais que sérios sobre a Santíssima Trindade, causaram tantas dores de cabeça aos teólogos, o mesmo sucedeu aos escultores e pintores que tentaram esculpir ou pintar a “imagem” da Santíssima Trindade; tantas são as representações, desde o Triângulo Equilátero com o um olho no centro, um ancião de longas barbas, sustentando a cruz na qual o Filho está crucificado, com um figura de pomba, até um corpo com três cabeças (por sinal esta figuração é considerada herética), e outras que agora não quero recordar! 
No entanto, a fé cristã não consiste num conjunto de teorias complicadas, mas na sua simplicidade (diria mesmo verdade), reduz-se a umas poucas verdades muito simples, mas muito eloquentes, que se forem realmente vividas, são capazes de transformar radicalmente nossa vida e dar-lhe um verdadeiro sentido. 
Ser Cristão significa crer e viver que Deus é um Pai que nos ama, que tudo fez por nós, e que jamais nos deixará. Que, pelo amor que nos tem, em Jesus Cristo “entregou o seu Filho único, para que não pereça nenhum dos que crêem n’Ele, mas sim que tenham a vida eterna”.
Ser cristão é crer em Jesus, que amou, como o Pai o mundo, e que pelos homens morreu e ressuscitou, para que o homem pudesse encontrar a verdadeira vida
Ser cristão é crer no Espírito Santo, que está sempre connosco, como companheiro de viagem, como Deus de amor e de paz, para nos confirmar na comunhão eclesial e construir connosco uma nova humanidade. 
Sabemos que não é fácil falar da Santíssima Trindade com categorias teológicas, pelo que não devemos desdenhar os estudos de tantos teólogos que ao longo tantos séculos procuram “explicar” o Mistério da Santíssima Trindade, o que realmente é tarefa árdua. Mas o melhor retrato que podemos fazer de Deus é simplesmente ler os textos bíblicos, como os que nos oferece a liturgia deste Domingo. Senão vejamos:
Na primeira Leitura, do livro do Êxodo, Deus apresenta-se: “O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar e cheio de misericórdia e fidelidade”.
Na segunda leitura, São Paulo, na 2ª Epístola aos Coríntios, descreve Deus, como “o Deus de amor”, exortando-nos: “Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animando-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz”.
Não seria necessário lembrar quão belas são estas palavras, que nos apresentam um retrato de Deus tão diferente daquelas imagens, também  saídas, e recriadas, por tantos doutos e estudiosos teólogos da Santíssima Trindade, que  tentaram escrever sobre esse mistério, e se esqueceram de nos mostrar como é Deus!
Quando conhecermos, afinal, como é Deus, aceitaremos certamente o convite que hoje Jesus nos faz no Evangelho: “Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos”. 
Este é o verdadeiro mistério da Trindade!

Chama nº 801 | 19 Junho ‘11

sábado, 11 de junho de 2011

AVISOS

DOMINGO | 12
Celebramos neste Domingo a Solenidade de Pentecostes,  encerrando assim o Tempo Pascal.

SEGUNDA | 13
Santo António de Lisboa, presbítero e doutor da Igreja, Padroeiro secundário de Portugal  (Festa)

TERÇA | 14
Beata Maria Cândida da Eucaristia, virgem, carmelita descalça (MF) 

Tempo Comum
A partir de Segunda-feira, dia 13, retomamos o Tempo Comum. Assim  entraremos na  XI Semana do Tempo Comum, que corresponde à Semana III do Saltério, informação útil para todos os que rezam a liturgia das horas. 

Peregrinação Carmelitana ao Santuário de Fátima. 
Vai realizar-se nos dias  2 e 3 de Julho a Peregrinação Carmelitana a Fátima.
Como nos anos anteriores a Comunidade de Aveiro far-se-á presente no dia  2, participando  na Via Sacra aos Valinhos, na Celebração Penitencial,  no Terço e na Procissão de Velas.
Os interessados podem inscrever-se na sacristia.

Chama nº 800 | 12 Junho ‘11

CHEGADAS E PARTIDAS

As determinações do Capítulo Provincial, realizado em finais do mês de Abril, já começam a notar-se, pelo menos no que toca à alteração da Comunidade.
De facto no passado dia 1 de Junho, vindo da comunidade da Foz do Douro (Porto), chegou a Aveiro o Pe. António Fernando Sá dos Reis, que fora indigitado novo Superior da Comunidade de Aveiro.
Começou a exercer as novas funções, que a Ordem lhe solicitara, no passado dia 8 de Junho. Nesse dia deslocaram-se a  Aveiro o Pe. João de Sousa e o Pe. José Carlos Vechina, futuros membros da comunidade aveirense, ainda que de momento permaneçam na Comunidade de Braga, e em reunião privado com o Pe. Provincial, Fr Joaquim da Silva Teixeira, foi lida a patente  que instituiu o Pe. Fernando como novo Superior da Comunidade.
No dia seguinte, dia 9 de Junho, foi a vez do Fr. Manuel Brito nos deixar  para assumir a sua nova conventualidade em Avessadas, aos pés do Menino Jesus de Praga!
Fr. Manuel de Jesus Vaz de Brito chegara, silenciosamente, a Aveiro nos primeiros dias de Maio de 2008. Ao longo de três anos, apesar de ser de poucas palavras, foi granjeando a amizade de tantas pessoas, e reconfortando muitas outras  quer no sacramento da reconciliação quer na direcção espiritual. Certamente muitos sentirão a sua falta, porque as grandes obras fazem-se sem muito ruído. Agora irá continuar o seu apostolado em terras do Tâmega, mas sempre servindo a Igreja.
Queremos agradecer ao Fr. Manuel Brito o tempo que dedicou a esta Igreja Aveirense e também desejar-lhe as melhores felicidades na sua nova comunidade.
Também aproveitamos para dar as boas-vindas ao Pe. Fernando e desejar-lhe tudo de bom na nova  missão que lhe foi confiada.
A ele e aos novos religiosos, que oportunamente virão para Aveiro, só nos resta, em nome da comunidade do Carmo dizer-lhes: “Sede bem-vindos”!

Chama nº 800 | 12 Junho ‘11

O PENTECOSTES [E OS MORCEGOS]

Com a Solenidade de Pentecostes encerramos o Tempo Pascal. O Pentecostes é um convite, e um desafio, a todos os cristãos a darem testemunho da sua fé. Devemos estar cientes que o Espírito Santo também desce sobre cada um de nós, e comunica-nos os seus inefáveis e saborosos sete dons.


Com a solenidade de Pentecostes encerramos o tempo Pascal. Ao longo de cinquenta dias, a Igreja, convidou-nos a celebrar a vitória de Jesus sobre a morte, a sua manifestação aos discípulos e sua exaltação à direita do Pai. Hoje convida-nos à contemplação e ao louvor da presença do Espírito de Deus e a entrega pelo Ressuscitado do Espírito Santo aos seus discípulos para os fazer participantes da sua própria vida e constituir com eles o novo Povo de Deus.
O mesmo Espírito que descera sobre Jesus no Baptismo e O enchera de gozo e alegria, quando deu a conhecer aos humildes o de mistério de Deus, manifestou o seu poder ressuscitando-O dos mortos, concedendo-Lhe tomar parte na vida e na glória do Pai. Assim como a Páscoa é o início de uma nova humanidade, o Ressuscitado outorga o seu Espírito aos seus discípulos para os renovar interiormente, incorporando-os à nova humanidade, instaurando com eles o novo Povo de Deus e enviando-os para o mundo, qual fermento, para a sua total renovação.
O Pentecostes, embora encerre o Tempo Pascal, não deve ser visto como o “descer do pano” de mais uma “acto”, como acontece no teatro; pelo contrário, deve ser sentido como o abrir do pano de um novo cenário da vida da Igreja.
De facto, muitas vezes acontece que depois do ciclo pascal há um arrefecimento na vivência cristã, como, aliás, acontece em muito jovens quando recebem o sacramento da Confirmação, intimamente unido à Solenidade que hoje celebramos.
E já agora, permite-me que vos conte uma anedota:
Um dia um pároco idoso, em conversa com alguns colegas, lamentava-se, e pedia sugestões para se libertar dos numerosos morcegos que esvoaçavam na velha igreja da sua paróquia. Um colega mais jovem, mas também brincalhão, disse-lhe: “Olhe, se vossa Reverência, se quiser livrar dos morcegos, a melhor solução é crismá-los!”. O velho sacerdote, admirado, e meio incrédulo, exclamou: “crismá-los?!”. E, no seu ar meio a sério, meio a brincar, respondeu-lhe o jovem sacerdote: “Sim, crismá-los, pois os jovens da minha paróquia depois do Crisma desaparecem da Igreja!”.
É verdade! Tantas vezes depois de alguns anos de catequese, de compromisso voluntarioso, após tantas actividades lavada a cabo com empenho e dedicação, tantos jovens após a Confirmação, porque julgam  já saber tudo, porque já se sentem “doutorados”, cortam radicalmente com a Igreja, esquecendo os compromissos assumidos com a mesma Igreja!
Também hoje muitos cristãos não sabem valorizar devidamente a Solenidade de Pentecostes! Quando os Apóstolos receberam o Espírito Santo mudaram radicalmente de vida. Antes sentiam-se amedrontados e incapazes de testemunhar a sua fé. Agora sentem-se livres e empenhados em levar o Evangelho a todos os confins do mundo!
O Pentecostes é um convite, e um desafio, a todos os cristãos a darem testemunho da sua fé. Devemos estar cientes que o Espírito Santo também desce sobre cada um de nós, e comunica-nos os seus inefáveis e saborosos sete dons. Sim, podemos ter a certeza que o sete dons do Espírito Santo  são infundidos em cada cristão! Talvez, qual criança birrenta e caprichosa, se recuse, ou então crie obstáculos, impedindo que o mesmo Espírito actue em nós na sua plenitude, embora Ele sopre quando e como quer!
E, já agora, permite-me que recorde as palavras dirigidas aos crismando, por um Bispo quando celebrava o Sacramento da Confirmação:
“O óleo do Crisma é um óleo perfumado. Por isso vós que ides ser confirmados deveis levar convosco o perfume da vossa fé! Se não o fizerdes  fico triste porque tenho de admitir que ficastes mal crismados!”
Também nós que ao longo de três meses centrámos o nosso olhar na Páscoa do Senhor, foram os quarenta dias da Quaresma, o Tríduo Pascal, e os cinquenta dias da Páscoa, devemos dar esse tempo como perdido se depois da Solenidade de Pentecostes, com o derramamento do Espírito Santo, não assumimos a nossa condição de cristãos comprometidos.
Que o Espírito Santo nos transforme para sermos anunciadores do Evangelho!    

Chama n.º 800 | 12 Junho ‘11

sábado, 4 de junho de 2011

AVISOS

SEXTA | 10
Santo Anjo da Guarda de Portugal  (MO)

SÁBADO | 11
São Barnabé, apóstolo  (MO) 

Peregrinação Nacional ao Menino Jesus de Praga. 
Realiza-se neste  primeiro Domingo de Junho a  Peregrinação Nacional ao Santuário do Menino Jesus de Praga.
Unamo-nos a todos os que peregrinam aos pés do Menino-Rei, e peçamo-Lhe que derrame as suas bênçãos sobre todos os seus amigos e devotos.

Peregrinação Carmelitana a Fátima. 
Vai realizar-se nos dias  2 e 3 de Julho a Peregrinação Carmelitana a Fátima.
Como nos anos anteriores a Comunidade de Aveiro far-se-á presente no dia  2, participando  na Via Sacra aos Valinhos, na Celebração Penitencial,  no Terço e na Procissão de Velas.
Os interessados podem inscrever-se na sacristia.

Eleições 
Realizam-se neste Domingo as eleições para a Assembleia da República, e consequentemente para o futuro Governo. Votar é um dever cívico  do qual  não se podem alhear os cristãos.

Chama n.º 799 | 05 Junho ‘11

EVANGELHO E NOVAS TECNOLOGIAS

Celebramos neste Domingo de Ascensão o XLV Dia Mundial das Comunicações Sociais. Da mensagem que Bento XVI escreveu para este efeméride deixamos alguns excertos:
“As novas tecnologias permitem que as pessoas se encontrem para além dos confins do espaço e das próprias culturas, inaugurando deste modo todo um novo mundo de potenciais amizades. Esta é uma grande oportunidade, mas exige também uma maior atenção e uma tomada de consciência quanto aos possíveis riscos. Quem é o meu «próximo» neste novo mundo? Existe o perigo de estar menos presente a quantos encontramos na nossa vida diária? Existe o risco de estarmos mais distraídos, porque a nossa atenção é fragmentada e absorvida por um mundo ‘diferente’ daquele onde vivemos? 
Também na era digital, cada um vê-se confrontado com a necessidade de ser pessoa autêntica e reflexiva. Aliás, as dinâmicas próprias dos social network mostram que uma pessoa acaba sempre envolvida naquilo que comunica. Quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais. Segue-se daqui que existe um estilo cristão de presença também no mundo digital: traduz-se numa forma de comunicação honesta e aberta, responsável e respeitadora do outro. Comunicar o Evangelho através dos novos media significa não só inserir conteúdos declaradamente religiosos nas plataformas dos diversos meios, mas também testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de comunicar, escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele. 
Nos novos contextos e com as novas formas de expressão, o cristão é chamado de novo a dar resposta a todo aquele que lhe perguntar a razão da esperança que está nele. 
A verdade do Evangelho não é algo que possa ser objecto de consumo ou de fruição superficial, [...] mas dom que requer uma resposta livre.” 

Chama n.º 799 | 05 Junho ‘11

SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS

Vivemos num mundo secularizado! Há muitos cristãos que lamentam que Deus esteja cada vez mais “ausente” no nosso mundo. No entanto, esquecem-se que tal acontece devido à sua falta de compromisso.
Em Domingo de Ascensão recordemos as palavras de jesus, antes de partir para o Pai: “Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos”.


Diziam os antigos “tempus fugit”, o tempo foge, corre veloz! Quando os anos vão passando por nós experimentamos a mesma, sensação, e quando mergulhamos no livro das memórias, não conseguimos evitar a frase: “parece que foi ontem!”.
Também aqueles quarenta dias que mediaram entre a Ressurreição de Jesus e a sua Ascensão passaram tão rápido para os discípulos: entre o medo dos judeus e as alegrias proporcionadas pelas saborosas aparições do Ressuscitado foi um instante.
Quando falamos da Ascensão, geralmente, entendemo-la como a separação de Jesus dos seus discípulos. Nesta perspectiva a Ascensão, enquanto partida de Cristo, deveria entristecer-nos devido à sua ausência. Mas, felizmente tal não aconteceu, porque Cristo permanece connosco “sempre até ao fim dos tempos”. 
A Ascensão é uma manifestação do poder de Cristo, e consequentemente a intensificação da sua presença no nosso meio, como assim o testemunha (essa é a nossa fé) a Eucaristia. Assim devemos ler  o trecho dos Actos  dos Apóstolos como a narração da última aparição de Cristo ressuscitado aos seus discípulos, e não tanto como a data da sua glorificação.
Isso não nos impede de ver na Ascensão  a plenitude da Encarnação. Quando se fez carne Jesus não  podia encarnar senão num único homem, porém mediante a Ascensão, pela força do Espírito que o ressuscitou de entre os mortos, torna-se  «mais íntimo connosco do que nós próprios», de tal modo que Paulo ousou dizer «já mão sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”.
A Ascensão de Jesus é uma co-responsabilização de todos os que se confessam cristãos. Assim como “no princípio criou Deus o céu e a terra” e todas as coisas e, uma vez criado o mundo, o submeteu à responsabilizar do homem, que terá de dar conta da gestão ante o Criador, assim também o relato da Ascensão acentua a subida ao céu de Jesus, para que fique claro que a terra fica nas  mãos e sob a responsabilidade dos seus discípulos, que terão que responder da sua gestão perante Jesus, que há-de voltar para pedir-nos contas, pelo  que a Ascensão do Senhor se pode definir o tempo da responsabilidade cristã.
Na Ascensão, Jesus não abandonou este mundo; porém muitas vezes ouve-se falar, e escreve-se, sobre a ausência de Deus, lamentando que estejamos abandonados ou afastados do olhar de Deus.
Felizmente isso não corresponde à verdade, porque Deus não nos abandona,embora constatamos que há tremendo absentismo cristão, inclusive humano, no mundo em que vivemos; absentismo no sentido de que não estamos onde deveríamos estar e não fazemos o que seria de  esperar dos que confessam cristãos.
Em tempos idos, estávamos acostumados a viver a fé numa sociedade, que tinha aceite o mundo de cristandade. Porém, hoje esse mundo já não existe! Agora, parece que somos nós, os cristãos, que andamos perdidos, sem saber qual o lugar e missão que nos cabe desempenhar no nosso meio.
Infelizmente tantos e tantos baptizados, que em “sondagens” ou em outros “inquéritos de opinião” se confessam cristãos pouco ou  nada se empenham em testemunhar a sua fé  em Jesus Ressuscitado. Seríamos benevolentes, se não o denunciássemos  publicamente, até para evitar males maiores. É que, de facto, esquecemos as palavras de Jesus, dirigidas aos seus discípulos, e a nós também, antes de subir ao Céu: “sereis minhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra”.
Porém, parece que essas palavras nos passam ao lado, e não admira que vivamos num mundo secularizado, não só graças a todas as ideologias que hostilizam a Igreja, mas também devido à inoperância dos cristãos. Neste ambiente de secularização não é Deus quem está ausente, somos nós  que nos temos colocado fora de cena do contexto deste mundo em que vivemos!
A missão da Igreja, e dos cristãos, é fazer presente no mundo o reino de Deus, como bem nos ordenou Jesus antes de partir para o Pai: “Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei”.

Chama n.º 799 | 05 Junho ‘11

sábado, 28 de maio de 2011

AVISOS

TERÇA | 31
Visitação de Nossa Senhora (Festa)

QUARTA | 01
São Justino, mártir  (MO) 

QUINTA | 02
Quinta-feira da Ascensão do Senhor
»  17H.45: Exposição e Adoração do Santíssimo. Neste   oração, orientado pelos Ministros Extraordinários da Comunhão, rezaremos pelas vocações, e de um modo especial pelas vocações à nossa  Ordem e à nossa Província. 
» 18h.30: Celebração das Rogações
» Após a Eucaristia da tarde o Santíssimo ficará Exposto até às 21h.45

SEXTA | 03
São Carlos Lwanga e Comapnheiros, mártires  (MO)  

Peregrinação Nacional ao  Santuário do Menino Jesus de Praga. 
As pessoas que se inscreveram para a  Peregrinação ao Santuário do Menino Jesus de Praga já podem levantar os respectivos bilhetes.
A partida será no próximo Domingo, dia 5, às 7h.30, junto à pastelaria “Latina”.

Chama n.º 798 | 29 Maio ‘11

COMENTÁRIO

Continuamos a viver o tempo Pascal, e o nosso olhar enfrenta um pequeno dilema: não sabemos se olhar par trás, ou seja, para a Ressurreição do Senhor, ou  mirar em frente, isto é para a Ascensão do Senhor ao Céu, e a consequente vinda do Espírito Santo, uma promessa do Mestre!
Também o trecho do Evangelho deste Domingo se proporciona a pequenos equívocos, porque foi proferido no contexto da Última Ceia, sendo então um discurso de despedida antes do suplício do Calvário, no entanto,  podemos ser tentados a situá-lo imediatamente antes da Ascensão.
Contudo, esses pormenores pouco interessam, porque o mais importante é a mensagem que hoje Jesus nos transmite.
Ele vai dar-nos a maior prova de amor, e, embora, nada pedisse em troca, para que não se derramassem inúteis lágrimas de despida, diz aos seus amigos:  “Se  Me amardes, guardareis os meus mandamentos”.
Hoje os adolescentes e os jovens, e não só, pensam que são amados quando alguém, de quem gostam,  lhe oferece um ramo de flores, quando recebe um presente ou um felicitação no seu aniversário.
Jesus não espera dos amigos nada disso, porque tudo isso é efémero, murcha e facilmente se esquece; Ele prefere que ponhamos em prática os seus ensinamentos, que guardemos os seus mandamentos, que se  resumem no amor a Deus e ao próximo!
Seguidamente Jesus promete aos seus discípulos: “Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós”.
Esta promessa de Jesus, de regressar, não se refere, neste contexto de despedida na Última Ceia, à sua vinda gloriosa no fim dos tempos, mas sim ao seu regresso à vida, após a morte, com a sua Ressurreição. Por isso diz “dentro de pouco”, ou seja  três dias depois da  sua morte, ainda que nem seja reconhecido por todos, pois até os próprios discípulos tiveram dificuldade em O reconhecer nas diversas aparições!
Embora proferidas  em ordem à sua Ressurreição  estas palavras de Jesus hoje são um convite a  prepararmo-nos para a festa do Pentecostes, a vinda do Espírito Paráclito.

Chama n.º 798 | 29 Maio ‘11

CAMINHAR COM MARIA

Estamos prestes a encerrar o mês de Maio, o mês de Maria. Por feliz escolha da Congregação para a Liturgia  no último dia do mês, dia 31, celebramos a festa da Visitação de Nossa Senhora.
Como Maria se pôs a caminho, mal soube que Isabel estava para ser mãe, também nós devemos pôr-nos a caminho para ajudar os nossos irmãos que necessitam de nós.
Somos, enfim, convidados a caminhar como[o] Maria!

Estamos a chegar ao fim do mês de Maio, o mês de Maria que encerramos com a festa litúrgica da Visitação de Nossa Senhora.
Ainda Maria não estava refeita da Anunciação do Anjo, mal compreendera as palavras que o mesmo lhe dirigira, em que anunciava a sua maternidade, tão inesperada como inexplicável, pois ela “ não conhecia varão”, e ainda mais misteriosa, pois o filho que ela ia gerar “será chamado Filho do Altíssimo”! Mas, o Anjo não se ficara por aqui, talvez para lhe mostrar que a Deus nada é impossível, comunica-lhe que a sua parenta Isabel, que certamente a jovem Maria não conhecia, apesar de ser de avançada idade, também esperava um filho na sua idosa esterilidade.
Maria tinha razões mais que suficientes para cuidar de si mesma, para permanecer tranquila em Nazaré. Necessitava de tempo para assimilar a sua inesperada maternidade. Ninguém podia exigir-lhe que, depois do susto, não reservasse para si alguns momentos para meditar em tudo o que estava a acontecer.
No entanto, ela deixou a aldeia de Nazaré e, sem pensar duas vezes, “apressadamente” diz São Lucas, pôs-se a caminho em direcção a Ain Karim, a povoação da sua parenta Isabel. Não se tinha ainda recuperado do assombro causado pelo anúncio do Anjo e já estava 
pensando na maneira concreta de dar uma ajuda. Os 160 quilómetros que separam Nazaré de Ain Karim foram testemunhas dos passos decididos de uma jovem solidária.
Na sua humildade e simplicidade, entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. Não o fez fazendo-se a importante, queixando-se da quantidade de coisas que teve de deixar em Nazaré para a vir colocar-se ao serviço de Isabel, pondo uma cara de sofrimento, exigindo subtilmente o reconhecimento. Ela entrou saudando; isto é, oferecendo com as mãos cheias a graça e a paz. Transbordou tanta alegria que inclusive o menino que Isabel trazia no ventre se sentiu afectado por essas ondas misteriosas de entusiasmo.
E Maria, como resposta entoa o cântico dos humildes, o “Magnificat”: 
“A minha alma glorifica o Senhor, e o meu  espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para a sua humilde serva. De hoje em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada porque o Senhor olhou para a humildade da sua serva.”
Temos também que aprender a caminhar com(o) Maria. Como ela, todos nós temos os nossos problemas. Talvez não sejam muito grandes, mas mais de uma vez ter-nos-ão servido de pretexto para nos desculparmos, para não complicarmos mais a nossa vida. 
Encontramos tantas razões para nos esquivarmos a ajudar o nosso próximo: Estamos cansados, por isso deixei-nos descansar um pouco mais… e por isso não participamos na Eucaristia dominical; o dinheiro não estica … e, então, recusamos a partilha; as forças vão-nos faltando… e não nos dispomos a visitar o idoso que vive sozinho ou a vizinha que está doente!
De facto vivemos num mundo caracterizado por um profundo egoísmo, onde cada um procura olhar para o seu “umbigo”. Encontramos mil e uma desculpas para cruzarmos os braços, pois, embora, conscientes de que as pessoas que estão ao nosso lado têm tantas dificuldades, sempre encontramos uma justificação: “E, quem é que vai resolver os meus problemas?”.
Olhar para Maria é aprender como Ela a fazer a vontade do Pai; é saber dizer “sim”, mesmo quando o que nos é pedido ultrapasse a nossa inteligência e o nosso entendimento! Mas é também saber estar atento às necessidades dos nossos irmãos. 
Na anunciação Ela teve presente todos os homens, que desde Adão e Eva, estavam privados do paraíso. Na Visitação Ela olha individualmente para cada ser, e vai ao seu encontro, colocando-se ao seu dispor naquilo que ele necessitar.
O gesto de Maria, na visita à sua prima Isabel, não é um acto solitário, pois toda a sua vida Ela estará ao lado dos homens como o fez em Caná ou junto à Cruz de Jesus!
Caminhar com Maria é aproximar-se de Deus, é viver o Evangelho na alegria, mas a união com Deus não nos deve impedir de olhar para o nosso próximo e de estender a mão  a todo o necessitado mesmo que na sua vergonha não o manifeste! 

Chama n.º 798 | 29 Maio ‘11

sábado, 21 de maio de 2011

AVISOS

QUARTA | 25
Santa Maria Madalena de Pazzi, virgem (MO)

QUINTA | 26
Quinta-feira do Menino Jesus
São Filipe de Néri, presbítero (MO)
»  18h.00: O Clube do Menino Jesus reza a coroinha em honra do seu Patrono.
Honremos, o Menino-Deus que também derramará  sobre nós as suas bênções.

Mês de Maria
Neste mês de Maio, durante a semana, procuraremos, solenizar a Oração do Terço em honra  de Nossa  Senhora. E desde já convidamos os fiéis a particiapar nesta oração Mariana.

Peregrinação Nacional ao Santuário do Menino Jesus de Praga. 
Encontram-se abertas as inscrições ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas, Marco de Canaveses,  que terá lugar no dia 5 de Junho p. f. Embora coincida com as eleições, procuraremos   regressar a tempo de os peregrinos poderem de votar.
As mesmas podem ser feitas na sacristia, sendo o preço da viagem €10.00.

Chama n.º 797 | 22 Maio ‘11

B. Maria Clara do Menino Jesus

A Igreja está em festa! Portugal está em festa!
Ontem a nossa Pátria escreveu mais uma página gloriosa da sua História, com a beatificação da Irmã Maria Clara do Menino Jesus, em cerimónia realizada em Lisboa e presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo.
A Nova Bem-aventurada nasceu na Amadora, Diocese de Lisboa, a 15 de Junho de 1843, tendo recebido no  Baptismo o nome de  Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque 
Recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
No dia 10 de Fevereiro de 1870 a “Irmã Clara”  foi enviada para Calais, França, para fazer o noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação.
Abriu a primeira comunidade das Franciscanas Hospitaleiras em S. Patrício,  Lisboa, no dia 3 de Maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de Março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.
A «Mãe Clara», como é popularmente conhecida, morreu em Lisboa, no dia 1 de Dezembro de 1899 e o processo de canonização viria a iniciar-se em 1995.
Os seus restos mortais repousam na Cripta da Casa-Mãe da Congregação, em Linda-a-Pastora, onde acorrem inúmeros devotos a implorar a sua intercessão junto de Deus.
O milagre atribuído à religiosa ocorreu a 12 de Novembro de 2003, em Baiona (Espanha), numa “devota” que, em 1998, foi ao seu túmulo e pediu a cura de um pioderma gangrenoso (doença cutânea ulcerativa).
A nova Beata vem juntar-se, assim, a cinco portugueses beatificados nos últimos dez anos: os Pastorinhos Francisco e Jacinta, de Fátima (13 de Maio de 2000); frei Bartolomeu dos Mártires (4 de Novembro de 2001); Alexandrina de Balasar (25 de Abril de 2004, no Vaticano) e Rita Amada de Jesus (28 de Maio de 2006, em Viseu). Também neste período foi  canonizado São Nuno de Santa Maria (26 de Abril de 2009) e foi beatificado o Imperador Carlos de Áustria (3 de Outubro de 2004), que faleceu no Funchal.
Louvemos  o Senhor por mais este modelo de santidade, e pelo legado que nos deixou na obra de suas filhas, as Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

Chama nº 797 | 22 Maio ‘11

VISÕES E COMPROMISSO

Embora vivamos num mundo macerado pelo consumismo e pelo laicismo, há, no entanto, muitos cristãos  ávidos de novas “revelações”, e correm céleres para os locais onde supostamente houve uma “aparição”. Respeitamos  essas pessoas, mas  seria preferível, que cada cristão se   disponibilizasse e empenhasse, antes, a exercer um serviço na Igreja à semelhança dos primeiros Diáconos.

Os jornais não o noticiaram e, parece-me que também não mereceu qualquer espaço nos blocos informativos dos nossos canais de televisão. Talvez, se tivesse ocorrido nos Estados Unidos da América os nossos “mass media” tivessem feito disso notícia, como, infelizmente temos constatado em algumas “peças jornalísticas”  que unicamente nos são oferecidas porque ocorrem em países onde se encontram os “correspondentes” ou os “enviados especiais” das estações televisivas.
Desta vez aconteceu em Fátima, e até lá estavam, pelo menos duas estações de televisão nacionais a fazer a transmissão! Sim, aconteceu em Fátima, e embora não tivéssemos estado presentes, alguém que nem sequer conhecemos pessoalmente, e certamente sem a menor pretensão, nos enviou uma mensagem para o nosso endereço electrónico, como o fizera para muitos amigos. 
Passo a transcrever:
“Partimos rumo a Fátima, agradecer pelas melhoras do nosso Guillaume, por este já estar consciente e pedir a sua plena recuperação. A caminhada até ao Santuário dos Milagres não foi fácil, fazia tanto calor, cheguei mesmo a sentir-me muito mal, por causa das quedas de tensão e a pensar que não conseguiria lá chegar, mas conseguimos chegar a tempo à recitação do Terço e á Procissão das velas. As cerimónias não terminaram aqui e a noite de vigília foi linda e passou muito depressa, pudemos participar em várias missas, recitações do terço e procissões. 
A missa do dia treze, era aguardada com grande ansiedade por milhares de peregrinos (cerca de 35 mil peregrinos, de 25 países, chegaram a pé até Fátima) e muitos, passaram a noite a “guardar o lugar”, para verem passar por perto a imagem linda de Nossa Senhora de Fátima. A procissão, teve início pelas 10h00 e a seguir assistimos à tradicional missa do 13 de Maio, debaixo de um sol escaldante, esta foi celebrada pelo Cardeal americano Sean O’Malley, arcebispo de Boston (EUA), que emocionou todos os presentes. […]
A beatificação do Papa João Paulo II, a 1 de Maio, em Roma, foi o tema central da celebração dos 94 anos das aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos na cova da Iria, no dia 13 de Maio de 1917 e muitos foram os aplausos ao Beato João Paulo II.
Antes da tradicional procissão do adeus, tal como escrevi anteriormente éramos milhares de peregrinos presentes naquele recinto, concentrávamos os nossos olhares nos vários ecrãs onde era exibido um filme de 13 minutos que relatava momentos da vida de João Paulo II e da sua ligação ao Santuário da Cova da Iria. O filme também relembrou o momento em que ele depositou a bala do atentado sofrido na Praça de São Pedro, no Vaticano, no altar de Nossa Senhora de Fátima, levando às lágrimas os milhares de fiéis.
Quando as primeiras imagens do nosso querido Beato João Paulo II, surgiram nos ecrãs, e a sua voz ecoou, dirigimos o olhar para o céu, onde uma auréola, com as cores do arco-íris, circulava o sol, várias andorinhas voavam dentro daquele círculo, foi lindo, é inexplicável. Houve muitas, muitas lágrimas de emoção a rolar pelos  nossos rostos e nos rostos de muitos peregrinos que diziam verem um ‘milagre’, eu mesma exclamei: ‘É um milagre de Deus, o papa veio visitar-nos’, muitas pessoas dirigiam os telemóveis para o sol para registar o momento em fotografia, nós também, mas as fotos que temos, não são comparáveis ao que pudemos presenciar ali. Tal como já disse é inexplicável, tenho consciência de que as pessoas que não são crentes irão associar o que ali se passou, a um fenómeno meteorológico, mas eu afirmo que é demasiada coincidência.”
Este foi um fenómeno (não lhe chamaria “milagre”), testemunhado  por muitas outras pessoas.
Estou em crer que se o fenómeno fosse previamente anunciado, como fora o denominado “milagre do Sol” de Outubro de 1917, muitos mais milhares de pessoas ter-se-iam deslocado a Fátima.
De facto há muitas pessoas, que se dizem cristãs, que vivem apegadas a revelações e  à procura de manifestações divinas! Acorrem a todos os locais onde há presumíveis aparições, e esquecem-se de fazer da sua vida um “evangelho vivo”.
Neste Quinto Domingo de Páscoa, o trecho do livro dos Actos dos Apóstolos, convida-nos a exercer graciosa e desinteressadamente o nosso ministério.
Perante um desentendimento entre cristãos devido às suas origens, onde as viúvas de uma facção eram bem atendidas, ao contrário do que acontecia com as viúvas helenistas, os Apóstolos, porque acharam que era preferível continuar a pregar a Palavra de Deus, decidiram escolher, de acordo com a comunidade, sete homens “de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria” para desempenhar o “serviço das mesas”, nascendo assim o ministério da diaconia.  
Hoje, sem descurar o aprofundamento da nossa fé,  devemos estar disponíveis para exercer o ministério em favor dos irmãos!  

Chama n.º 797 | 22 Maio ‘11

sábado, 14 de maio de 2011

AVISOS

DOMINGO | 15
Neste Domingo do Bom Pastor celebramos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
» Exposição do Santíssimo desde as 15h.00 até às 21h.45.
                     
SEGUNDA | 16
São Simão Stock, religioso carmelita a quem Nossa Senhora entregou o Escapulário do Carmo  (MF)

SÁBADO | 21
Beata Maria Clara do Menino Jesus
Em Cerimónia presidida  pelo Cardeal-Patriarca D. José Policarpo, será hoje elevada à glória dos altares a Irmã Maria Clara do Menino Jesus, fundadora das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

Peregrinação ao Menino Jesus de Praga
Encontram-se abertas as inscrições ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas Marco de Canaveses,  que terá lugar no dia 5 de Junho p. f. Embora coincida com as eleições, procuraremos   regressar a tempo de os peregrinos poderem de votar.

Mês de Maio
Continuaremos a  honrar Maria, a Mãe de Deus, rezando o Terço em sua honra às 18h.00

Chama n.º 796 | 15 MAIO'11

COMENTÁRIO

Neste Domingo do Bom Pastor, o trecho do Evangelho que nos é proposto põe mais de relevo a figura da porta, quase esquecendo a figura do pastor.
É evidente que o pastor é uma figura imprescindível para a manutenção do rebanho. É ele quem conduz as ovelhas, as leva aos melhores prados e às fontes refrescantes. Também lhe cabe a tarefa de as defender das feras, especialmente dos lobos, e enfrenta os ladrões! Mas o pastor também é aquele que recolhe as ovelhas no aprisco, abrindo e fechando a porta do mesmo.
Além de se apresentar como “pastor” Cristo também se identifica com a “porta” por onde têm de passar as ovelhas, dizendo, ao mesmo tempo, que aquele que não entra pela porta, mas entra  por qualquer ouro lado, não é o pastor mas sim  ladrão e salteador!
Cristo é o pastor que conhece as suas ovelhas, e estas conhecem a sua voz e por isso O seguem! Ele converteu-se na “porta das ovelhas”,  no único Mediador que pode salvar todos os homens em virtude da sua morte e ressurreição.
Antes de subir para o Pai, Cristo ressuscitado confiou a alguns homens a sua missão pastoral, para que a sua obra salvadora se tornasse eficazmente presente em todas as gerações. Os novos “pastores” não O substituem nem O suplantam; são sinais da sua presença e testemunhas da sua entrega, porque Jesus continua a ser o único e autêntico Pastor, presente na sua Igreja  através da actividade ministerial dos seus representantes.
A todos eles Jesus põe uma condição: “entrar pela porta”, ou seja percorrer o mesmo caminho de Jesus, caminhando à frente do rebanho, numa atitude de serviço e de doação, a exemplo do Mestre, para que como Ele possam ser verdadeiros pastores.
Também os verdadeiros pastores da Igreja têm a obrigação de comunicar a “vida  em abundância” às suas ovelhas, à imitação do Cristo!

Chama n.º 796  | 15 MAIO ‘11

CONHECER, ESCUTAR, ENCONTRAR!

Em Domingo do Bom Pastor, o 4º do Tempo de Páscoa, celebra A Igreja o Dia Mundial de Oração Pelas Vocações. Bento XVI diz, na sua Mensagem, que para seguir a Cristo é necessário conhecê-Lo intimamente, escutá-Lo na Palavra e encontrá-Lo nos Sacramentos. Recorda-nos ainda que o dever de fomentar vocações pertence a toda a comunidade cristã!

A Igreja celebra no 4º Domingo de Páscoa o Dia do Bom Pastor, porque neste Domingo o Evangelho Dominical apresenta-nos um excerto que nos fala de Cristo, como o Bom Pastor. Também muitos fiéis neste dia manifestavam o seu apreço àqueles que tinham a missão de os apascentar, e de uma maneira especial aos seus párocos, cujo título varia de paróquia para paróquia e de região para região! 
Por essa razão este Domingo foi escolhido para comemorar o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Hoje queremos partilhar convosco alguns excertos da mensagem que Bento XVI, dirigiu a toda a Igreja, e também a cada um de nós, 
O Santo Padre escolheu para este 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o tema: ‘Propor as vocações na Igreja local’, escrevendo:
“A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com amor e solicitude. Objecto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus. Para começar, vê-se claramente que o primeiro acto foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai, numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao ‘Dono da messe’ quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.”
E Santo Padre prosegue:
“O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: ‘Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens’.
A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes ‘Segue-Me!’, é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do Evangelho”. 
Bento XVI continua:
“Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas 
competentes. O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada.
É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens. 
Sua Santidade recorda-nos quais cabe a todos fomentar as vocações:
“O Concílio Vaticano II, explicitamente, que o ‘dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover sobretudo mediante uma vida plenamente cristã’. Por isso, desejo dirigir uma fraterna saudação de especial encorajamento a quantos colaboram de vários modos nas paróquias com os sacerdotes. Em particular, dirijo-me àqueles que podem oferecer a própria contribuição para a pastoral das vocações: os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores. Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos novos rebentos de vocações sacerdotais. Que as famílias sejam ‘animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade’, capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada”. 
E, conclui:
“A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer ‘sim’ ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe”. 

Chama n.º 796 | 15 MAIO ‘11

sábado, 7 de maio de 2011

AVISOS

DOMINGO | 08
Iniciamos hoje a  XLVIII Semana de Oração pelas Vocações.
                   
QUINTA | 12
Santa Joana Princesa, virgem e Padroeira da Diocese de Aveiro (Solenidade, na cidade de Aveiro, e festa nas demais paróquias).
» 16h00:  Início da Procissão de Santa Joana

SEXTA | 13
Nossa Senhora de Fátima (Festa)

SÁBADO | 14
São Matias,  apóstolo (Festa)

Peregrinação ao Menino Jesus de Praga
Encontram-se abertas as inscrições para a Peregrinação ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas,  que terá lugar no dia 5 de Junho p. f. Embora coincida com as eleições, procuraremos   regressar a tempo de os peregrinos poderem  votar.

Contributo Penitencial
Entregamos na Cúria Diocesana o montante de €1412,60,  montante que fomos recolhendo dos envolpes distribuídos para esse fim.

Chama n.º 795 | 08 MAIO ‘11