terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Frei Daniel Jorge

Frei Daniel Jorge Sachipangue de S. José, encontra-se durante estes dias na nossa comunidade. Aqui o vereis a rezar, a partilhar connosco a alegria que nasce do trato da amizade com Cristo e de uns para com os outros.


O Presépio da nossa Igreja

Aqui vos deixamos algumas fotografias do Presépio da nossa Igreja, forma concreta de lembrar o nascimento de Jesus Cristo. Em uma noite, numa gruta, no meio dos animais, na pobreza, nasce o Rei dos Reis, Jesus Cristo nosso Senhor… Encontramos no presépio todo o simbolismo para despertar a Igreja do Natal, nas nossas famílias e em cada um de nós.

sábado, 27 de dezembro de 2008

AVISOS

QUARTA 31
Passagem de Ano

» 8h.00: Eucaristia
» 18h.30 Missa Vespertina da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.
» 23H.00 Missa e Oração da Passagem de Ano.

QUINTA 01
SOLENIDADE SANTA MARIA MÃE DE DEUS
* ANO NOVO E XLII DIA MUNDIAL DA PAZ
O Horário das missas será o mesmo dos domingos. Haverá Missa às 10h.00; 11h.30 e 18h.30.
» Às 18h.00 haverá a Oração de Vésperas.

SEXTA 02
S. Basílio e S. Gregório de Nazianzo (MO)

SÁBADO 03
Bem-aventurado Ciríaco Elias Chavara (MF)

DOMINGO 04
Solenidade da Epifania do Senhor

Ceia de Reis - Já se encontram abertas as inscrições para a Ceia de Reis da Família do Carmo que terá lugar no dia 10 de Janeiro.

Listas - Estão em distruição as listas de Leitores e Ministros da Comunhão para os próximos meses

Um parágrafo de Paz

O Dia de Ano Novo, dia 1 de Janeiro, é o Dia Mundial da Paz. Como é habitual o Papa, escreveu a sua mensagem para este dia, intitulada: "Combater a pobreza, construir a Paz". Da mesma apenas transcrevemos um parágrafo, da conclusão da mesma, que nos parece ser uma bela síntese da referida mensagem, e que nos mostra como a Igreja, apesar das muitas críticas de que é alvo, se tem preocupado pelos mais pobres, pelos mais desfavorecidos, dando assim o seu contributo para a construção da "Civilização do Amor", expressão tão querida do papa Paulo VI, o mentor do Dia Mundial da Paz:
"Desde sempre se interessou pelos pobres a doutrina social da Igreja. Nos tempos da Encíclica Rerum Novarum, pobres eram sobretudo os operários da nova sociedade industrial; no magistério social de Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II, novas pobrezas foram vindo à luz à medida que o horizonte da questão social se alargava até assumir dimensões mundiais. Este alargamento da questão social à globalidade não deve ser considerado apenas no sentido duma extensão quantitativa mas também dum aprofundamento qualitativo sobre o homem e as necessidades da família humana. Por isso a Igreja, ao mesmo tempo que segue com atenção os fenómenos actuais da globalização e a sua incidência sobre as pobrezas humanas, aponta os novos aspectos da questão social, não só em extensão mas também em profundidade, no que se refere à identidade do homem e à sua relação com Deus. São princípios de doutrina social que tendem a esclarecer os vínculos entre pobreza e globalização e a orientar a acção para a construção da paz. Dentre tais princípios, vale a pena recordar aqui, de modo particular, o ‘ amor preferencial pelos pobres’, à luz do primado da caridade testemunhado por toda a tradição cristã a partir dos primórdios da Igreja."

O EXEMPLO DA FAMÍLIA DE NAZARÉ

Nazaré continua a ser uma escola para todos aqueles que ainda querem aprender com Jesus, Maria e José
No Domingo dentro da Oitava de Natal a Liturgia celebra a Festa da Sagrada Família, convindando-nos a deixarmos a nossa sociedade actual, com todas as suas virtudes e defeitos, e a percorrermos milhares de quilómetros e milhares de anos!
Há certamente muitas diferenças,(eram outros tempos), mas também muitas coincidências, pois há ao longo dos anos tudo se vai repetindo, como certamente já nos vamos dando conta.
Deixámos Belém, terna e idílica, os pastores, com os seus cânticos, e os Magos, com os seus presentes; os temores da morte do Menino causados pela inquietação de Herodes, com a consequente fuga para o Egipto, foram ultrapassados, e agora encontramos Jesus, Maria e José na pequena aldeia de Nazaré.
Creio que esta família não se distinguiria muito das famílias de então, sobretudo daquelas que tinhm um filho único. José, como qualquer outro pai de família tinha de trabalhar no seu ofício, cremos, segundo nos narram os textos sagrados, no mister de carpinteiro. Maria, era dona de casa, com todos os trabablhos inerentes: cozinhar, lavar, pontear, fiar, cozinhar... Jesus, enquanto criança, adolescente e jovem, certamente não seria muito diferente das outras crianças, e terá ajudado umas vezes o pai, no seu ofício, Ele mesmo é apelidado de "o carpinteiro", porque terá ajudado e aprendido o ofício com José, a quem chamava pai, e outras vezes terá dado uma ajuda a sua Mãe, nos trabalhos quotidianos, já que cremos que como muitos jovens e crianças não ficaria indeferente às constnantes afazeres e uma mãe.
Na altura ainda não se celebrava o Natal, e penso, também, que não haveria festas de anos, nem festas de amigos, mas acredito que sempre haveria uma prendinha na festa da Páscoa, na festa das colheitas, nem que fosse estrear uma túnica nova, feita pelas mãos amorosas da mãe ou um brinquedo saído da oficina de José, particularmente quando não havia muitas encomendas, porque também naqueles anos, de vez em quando, havia épocas de crise!
Não sei se a casa de José e Maria era alugada, mas na altura também já havia rendas, mas sabemos que então já havia impostos, e alguns muitos pesados, cobrados pelos publicanos, para entregar ao Imperador de Roma.
Afinal, refrescando a memória, as dificuldades de outrora não são muito diferentes dos dias de hoje. Mas, no meio de tudo isto, a Sagrada Família, de Jesus, Maria e José, soube enfrentar e responder a todas essas dificuldades, e transmitir valore ao pequeno Jesus, o Filho de Deus. Estou convicto que muito do que Jesus ensinou e pregou foi fruto do que viveu e aprendeu com os seus em Nazaré, porque família é a primeira escola para os filhos.
O Beato João XXIII, o Papa do sorriso, na véspera de completar cinquenta nos de idade, escreveu um carta aos seus progenitores, da qual podemos fazer um síntese: "Queridos pais, não quero terminar este dia, o primeiro do meu quinquagésimo aniversário, sem uma palavra especial para vós a quem devo a minha vida. Desde que saí de casa li muitos livro e aprendi muitas coisas que vós não podíeis ensinar-me. Mas o pouco que de vós aprendi em casa, é agora o mais precioso e importante, que sustém e dá vida e calor às outras coisas aprendidas depois de tantos e tantos anos de estudo e ensino".
Estas palavras de João XXIII, talvez ignoradas de tantos pais, e muito mais por muitos filhos, certamente nos ajudarão a pensar no papel da família no dias de hoje. Nos tempos que correm muita gente descura o papel da família, e não falta quem a queira destruir, com leis, que agradam à primeira vista, facilitando o divórcio (na hora ou por mútuo consentimento), mas negando a felicidade dos filhos, concebidos, talvez, irresponsalvelmente. Este é o panorama que hoje nos é oferecido por uma sociedade "estúpida" que a pretexto da felicidade de alguém, torna infelizes aqueles a quem dizem amar!
Nazaré continua a ser uma escola para todos aqueles que ainda querem aprender com Jesus, Maria e José, que muitos continuam a quer silenciar.

sábado, 20 de dezembro de 2008

AVISOS

QUARTA 24
VIGÍLIA DE NATAL

» 8h.00: Eucaristia
» Meia Noite: Missa da Vigília de Natal (MISSA DO GALO)
(Neste dia é suprimida a Missa das 18h.30).

QUINTA 25
SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR
O Horário das missas será o mesmo dos domingos. Haverá missas às 10h.00; 11h.30 e 18h.30.
» Às 18h.00 haverá a Oração de Vésperas.

SEXTA 26
Santo Estevão, o proto-Mártir (Festa)
» 18H.00: O Clube do Menino Jesus rezará a Coroinha do Menino Jesus de Praga.

SÁBAD0 27
São João Evangelista (Festa)

DOMINGO 28
Festa da Sagrada Família

BOAS FESTAS
AOS NOSSOS AMIGOS E BENFEITORES
DESEJAMOS UM SANTO NATAL

O CÂNTICO DE MARIA

Quando Maria ouviu da boca de Gabriel que sua prima Isabel, também estava no sexto mês de gestação, correu apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá, para prestar ajuda à sua parenta, e depois da saudação de Isabel, louvou o Senhor com o poema, que a Igreja, todos os dias, canta na oração de Vésperas, o "Magnificat", que aqui deixamos:

A minha alma glorifica o Senhor *
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva: *
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: *
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração *
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço *
E dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos *
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens *
E aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, *
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais, *
A Abraão e à sua descendência para sempre
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,*
Como era no princípio, agora e sempre. Amen.

COM MARIA ESPERANDO

O nosso Salvador está prestes a nascer, e nós somos convidados a saber esperar como Maria o fez, antes de presentear o mundo com o Filho de Deus!


Chegamos ao último Domingo de Advento, o qual é já uma preparação imediata da celebração do Natal do Senhor. E, o Evangelho narra-nos o anúncio a Maria, de que Ela iria ser a Mãe do Filho de Deus.
Desta forma Maria é-nos apresentada como o grande exemplo de como nos devemos abrir à vinda do Senhor. Uma vinda que acontece na concreta realidade da história humana, fruto de uma longa esperança na simplicidade, humildade e confiança do povo de Israel.
Não é por acaso, que em véspera de Natal nos seja oferecido, no Evangelho o exemplo de Maria. De facto Ela - como nós - recebe o anúncio da vinda do Senhor, à sua vida, à sua realidade, inclusive à sua carne e manifesta plena abertura a essa vinda com confiança, com plena fé, ainda que não compreenda como isso irá acontecer, pois ultrapassa os seus esquemas de pensar.
Contudo, Ela sabe dizer "sim" sem pôr qualquer reservas ou exigências. É uma resposta de fé e esperança, que ultrapassa em muito os seus planos e sonhos que antes vinha acalentando.
Voltando ao Evangelho verificamos que os elementos do relato da Anunciação são
tão simples, que até uma criança os compreende, mas que nós os complicamos quando temos a pretensão de os explicar.
Vivia em Nazaré uma jovem, chamada Maria. Estava prometida em casamento (desposada, diz o texto) a um homem chamado José, e um dia apareceu-lhe um Anjo, chamado Gabriel, (já antes tinha aparecido a Zacarias), que a saúda apelidando-a de "Cheia de Graça", e acrescentando: "o Senhor está contigo".
Para nós estas palavras não têm lá muito sentido, mas para os israelitas, bons conhecedores da Bíblia, são de fácil compreensão, pois tais cenas repetem-se várias vezes, especialmente nas grandes teofanias ou revelaçãos. Eis a razão por que Maria ficou perturbada, porque Deus a escolheu para uma grande missão. Missão essa que imediatamente o Anjo lhe transmite: "Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus; Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altísimo; O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim"
Maria compreendeu que Deus a escolhera para ser mãe de alguém que deveria levar a cabo uma grande missão, há muito anunciada e prometida pelos profetas, mas encontra um obstáculo, que Ela imediatamente transmite ao Anjo: "Como será isto, se eu não conheço homem?". E o Anjo, perante tal objecção, comunica-Lhe, certamente para maior embaraço de Maria, que a sua missão nada se compara a outras missões alguma vez exigidas a algum israelita, Ela conceberá de uma forma diferente: "o Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com su sombra; por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus".
Foi uma graça concedida a Maria, mas também uma árdua tarefa que Deus Lhe ofereceu! Mas Ela, na sua humildade e simplicidade, apanágio de quem sabe amar, limitou-se a balbuciar: "Faça-se em mim segundo a tua vontade".
No seu seio começava a formar-se, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho de Deus, e Maria foi certamente aquela que melhor soube viver o Advento do Senhor, convertendo-se em mulher da fé, em mulher de esperança, porque também Ela esperava a vinda do seu e nosso Salvador.
O nosso Salvador está prestes a nascer, e nós somos convidados a saber esperar como Maria o fez, antes de presentear o mundo com o Filho de Deus.
Por isso também nós devemos confiar em Deus, entregrarmo-nos a Ele, para que como outrora fez Jesus Cristo na Palestina saibamos denunciar as injustiças, dar voz aos silenciados, levar um Boa Nova a todos aqueles que vivem desanimados, oprimidos, marginalizados, porque só então Jesus poderá tornar-se cidadão do nosso mundo. Enfim só assim haverá Natal!

domingo, 14 de dezembro de 2008

AVISOS

SEGUNDA 15
Solenidade de São João da Cruz
(transferida)
8h.00: Eucaristia
18h.00: Oração a São João da Cruz
18h.30: Solene Concelebração Eucarística

TERÇA 16
BEM-AVENTURADA MARIA DOS ANJOS
, carmelita descalça (MF)
» Missa pelos defuntos da ordem: Neste dia celebraremos a missa mensal em sufrágio de todos os defuntos da família carmelita.

QUARTA 17
INÍCIO DA NOVENA DE NATAL
Neste dia inciamos a novena de natal. Procuremos viver espiritualmente estes dias que antecedem o Natal do Senhor, e se possível procuremos também reconciliarmo-nos.

INTENÇÕES DE MISSAS PARA O ANO 2009
As pessoas que pretendam anotar missas para o próximo ano, já o podem podem fazer, entregando-nos uma relação das intenções e indicando a hora que desejam para a sua celebração.

sábado, 13 de dezembro de 2008

COMENTÁRIO

Neste terceiro Domingo de Advento, chamado "Domingo Gaudete", o Evangelho de João, que meditaremos ao longo desta semana litúrgica, apresenta-nos o Baptista. A leitura introduz-nos dizendo que este é o testemunho de João e logo nos narra que de Jerusalém os chefes judeus enviaram delegados para perguntar-lhe se era o Messias ou Eliass, que devia preceder a chegada do Messias.
A resposta de João é ambígua. Se por um lado não se reconhece como Messias, também não se reconhece como o Profeta que havia de vir. No entanto reconhece-se como "a voz que clama no deserto", que prepara a vinda do Messias .
Não satisfeitos com a resposta de João perguntam-lhe, então, porque estava a baptizar. E se a resposta não é muito directa, pelo menos reconhece aque o seu baptismo é só com água, é um baptismo exterior, mas Aquele que há-de vir trará consigo um baptismo que purifica todo o ser humano.
João Baptista foi um homem que soube entregar-se à sua missão e que soube ver o futuro que se avizinhava, os tempos há muito esperados.
Nós cristãos também temos de fazer o possível para que o Senhor chegue à vida de todos os homens e facilitar a aproximação destes a Deus.
O que é que temos feito nesse sentido?

PROCURANDO O AMADO

João da Cruz é o exemplo do homem enamorado de Deus, que não descansa até O encontrar.

Morreu! Morreu o Santo! Foi o grito que ecoou pelas ruas de Úbeda, pequena cidade de Andaluzia, no dia 14 de Dezembro de 1591. Nunca a voz do povo falou tão sabiamente, porque de facto tinha morrido aquele que hoje veneramos como nosso Pai e Fundador, São João da Cruz.
Estamos no terceiro Domingo de Advento, denominado Domingo "Gaudete", um Domingo que nos convida à alegria, devido à proximidade do Natal, mas que este ano coincide precisamente com a data da morte de São da Cruz, pelo que a nossa alegria hoje é redebroda.
Quando falamos de alguém sempre gostamos de conhecê-lo um pouco melhor, e penso que, embora muito já tenhamos ouvido falar do nosso Fundador, nunca é demais recordar um pouco da sua vida, especialemente para aqueles que nunca ouviram falar dele.
São João da Cruz nasceu em dia que não podemos precisar em Duruelo, província de Ávila (Espanha), no ano de 1542 (há quem diga que foi no ano de 1541), sendo seus pais Gonçalo Yepes e Catarina Alvarez, sendo o terceiro filho do casal, antes tinham nascido o Francisco e o Luís (este morto ainda pequeno). O pai morreu pouco tempo depois do nascimento de João, deixando viúva a ainda jovem Catarina. Esta com os dois filhos que lhe restavam, sem meios económicvos para lhes proporcionar uma vida digna, pois o único meio de subsitência era um simples tear, que não proporcionava à família o necessário para sobeviver, viu-se obrigada a fazer a "peregrinação da fome", para terras de Toledo, donde era oriundo o casal.
Não encontrou as portas abertas como esperava, tendo de regressar a Fontiveros depois de ano e meio, mas a situação continuava insustentável, pelo que inicia uma nova "peregrinação", desta vez foi Arévalo, mas uma vez a sorte foi madrasta, regressando mais uma vez a Fontiveros, para finalmente deixar esta terra para se fixar em Medina del Campo, província de Valhadolide, então um centro comercial de primeira ordem. Aqui se abrem as portas para a formação humana e cultural de João Yepes, tendo sido admitido no colégio "dos Doutrinos", que funcionava no convento da Madalena, onde com mais quatro companheiros se encarrega do serviço da Igreja, da limpeza da casa, e da recolha de esmolas em favor do mosteiro, mas em contrapartida recebe a alimentação e a possibilidade de aprender algum ofício manual. Posteriormente é aceite como enfermeiro e recadista no Hospital da Conceição, na mesma cidade, tendo a possibilidade de conhecer melhor os ambientes culturais de Medina e de melhorar e aperfeiçoar os poucos estudos até então realizados, por iniciativa própria e nos momentos livres.
Coincidindo praticamente com a sua chegada a Medina, os Jesuítas tinham aberto nesta cidade um colégio, uma filial do colégio de Salamanca, onde João frequentou as aulas provavelmente entre 1559 e 1563. É nessa altura, que de entre os vários conventos aí existentes, ele pede o hábito no Convento do Carmo de Santa Ana.
Prossegue os seus estudos em Salamanca onde conclui os estudos de arte e filosofia, sendo ordenado sacerdote em 1567. Nesse ano regressa a Medina para celebar a Missa Nova, e providencialmente encontra-se com Teresa de Jesus no Carmelo de São José dessa cidade. Do diálogo com a Santa pouco sabemos, mas pensa-se que João lhe manifestou o desejo de se fazer Cartuxo. É então que Teresa lhe propõe fazer uma reforma no ramo masculino como ela tinha feito com as Descalças.
João aceita o desafio e surge então o primeiro convento da reforma em Duruelo, fundado no dia 28 de Novembro de 1568, depois é transferido para Mancera; mais tarde encontramos João da Cruz em Alcalá de Henares, como Mestre de estudantes. Depois torna-se mestre espritual, mas sempre procurando o encontro com Deus, como tão bem ele o exprime no seu "Cântico Espirtual". João da Cruz é o exemplo do homem enamorado de Deus, que não descansa até O encontrar. Encontrou-O para sempre na noite em que foi "cantar matinas" ao Céu!

sábado, 6 de dezembro de 2008

AVISOS

SEGUNDA 08
Solenidade da Imaculada Conceição (Padroeria de Portugal)

É dia Santo de Guarda, sendo o horário das missas o mesmo dos domingos: 10h.00; 11h,30 e 18h.30. Às 18h.00 haverá a Oração de Vésperas.

QUINTA 11
SANTA MARAVILHAS DE JESUS, carmelita descalça (MF)

SÁBADO 13
SANTA LUZIA
(MO)
» 16h.30: Reunião de Leitores e Ministros da Comunhão
» Desde as 21h.00 até à meia-noite: EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO E VIGÍLIA DA MORTE DE S. JOÃO DA CRUZ

NOVENA DE SÃO JOÃO DA CRUZ
Continuamos a celebrar diariamente a novena em honra de São João da Cruz.

VICENTINOS
À saída da igreja os Vicentinos da Vera Cruz estão a fazer o peditório para o Natal dos pobres da paróquia.

SONETO A PADROEIRA

No dia 8 de Dezembro de 1854 0 Papa Pio IX, proclamou o Dogma da Imaculada Conceição. No entanto, já nas cortes celebradas em Lisboa no ano de 1646 el-rei D. João IV proclamara a Virgem Nossa Senhora da Conceição como Padroeira do Reino de Portugal, prometendo-lhe em seu nome, e dos seus sucessores, o tributo anual de 50 cruzados de ouro. Ordenou o mesmo soberano que os estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, jurassem defender a Imaculada Conceição da Mãe de Deus.
Aqui deixamos um soneto que emocionou o Papa Pio IX, ao escutá-lo, no dia da proclamação do dogama:

Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,
E sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;
Ele de eterno existe e é meu filho,
E eu nasci no tempo e sou sua mãe.

Ele é meu Criador e é meu filho,
E eu sou sua criatura e sua mãe;
Foi divinal prodígio ser meu filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe.

O ser da mãe é quase o ser do filho,
Visto que o filho deu o ser à mãe
E foi a mãe que deu o ser ao filho;

Se, pois, do filho teve o ser a mãe,
Ou há de se dizer manchado o filho
Ou se dirá Imaculada a mãe.

PREPARAI OS CAMINHOS DO SENHOR

A voz de João, que ressoa no deserto, continua a ser válida nos nossos dias, pois necessitamos de mudar de comportamento, necessitamos de uma verdadeira conversão.

Há três personagens que, com a sua experiência, nos ajudam a vi ver este tempo de Advento. Já no Domingo passado nós escutávamos Isaías, que hoje de novo nos é apresentado. O Profeta, que esperou contra toda a esperança, anuncia a um povo que estava num momento de crise de fé e de desastre nacional a proximidade e o amor do Deus-connosco. Além do referido Isaías hoje surge uma outra grande personagem, João Baptista, que vem preparar a iminente chegada do Enviado de Deus, Jesus Cristo. Segunda-feira, dia 8, teremos a ocasião de lidar com uma outra figura de Advento, Maria, na festa da sua Imaculada Conceição. Ela é a mulher que melhor viveu em si mesma o Advento, o Natal e a Epifania. Assim Ela é a nossa melhor mestra, pelo que de novo E far-nos-á companhia mais assídua, a partir do próximo dia 17.
Vivemos num mundo em que sobram as más notícias, e escasseia as boas notícias. Por isso as leituras deste domingo têm um saber especial, tornando este tempo de Advento num anúncio de consolação e um convite à esperança.
Já o Profeta Isaías, na primeira leitura anuncia o regresso do povo judeu à sua terra, convidando-o por isso a preparar o caminho do Senhor. No Evangelho encontramos João Baptista no deserto, a proclamar um baptismo de penitência para a remissão dos pecados, porque, dizia ele: "Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as suas sandálias".
Quando João Baptista iniciava a sua pregação havia em Israel um clima de grande tensão politico-religioso. O Povo eleito estava sob o jugo de Roma que exercia o seu poder com a força das suas legiões e a astúcia dos seus procuradores. Para cúmulo de todos os males quem governava a Galileia e as regiões do nordeste eram dois filhos de Herodes, o Grande, descendentes dos idumeus, pertencendo por isso à gentilidade, o que era para Israel um insulto permanente, pelo que a sua pregação provocava anseios e esperanças, anunciando a vinda do Messias. Por isso, João que tinha como missão preparar os homens para receber o Messias e escutar a sua mensagem, vai para fora, marginalizando-se da sociedade, e proclama a sua mensagem num lugar deserto
Para os antigos profetas, com quem se identifica João Baptista, pecado era tudo aquilo que fazia voltar a sociedade à situação do Egipto, esquecendo-se de que Deus os libertou da escravidão e destruindo a liberdade e a dignidade dos que foram libertados por Deus.
Pecado era a injustiça e a explorção do homem pelo homem, expressão e consequência de toda a idolatria. Enfim, hoje somos convidados à "conversão". Converter-se não quer dizer que seja necessariamente grandes pecadores. Converter-se a Jesus Cristo significa voltar-se mais claramente para Ele, aceitando os seus critérios de vida, acolher o seu Evangelho e a sua mentalidade na nossa forma de viver: endireitando os caminhos tortuosos, aplanando as veredas escarpadas e abater os montes e as colinas, criando uma nova terra onde habite a justiça.
Para dar credibilidade à sua pregação, e conteúdo à sua palavra, João Baptista apoia-se no testemunho da própria vida. A sua vida austera e penitente já era um clamor da urgência que tem de ecoar no interior da nossa vida de pessoas acomodadas, mergulhadas no conforto e silenciadas tantas vezes pelos respeitos humanos e pela covardia de não querer ter problemas na vida.
Como no tempo do Baptista, ambém hoje vivemos numa sociedade injusta e opressora, onde o egoismo se torna norma de vida, o ódio campeia por todos os lados, e onde a palavra "exploração" ainda não foi banida do nosso vocabulário. Por isso a voz de João, que ressoa no deserto, continua a ser válida nos nossos dias, pois necessitamos de mudar de comportamento, necessitamos de uma verdadeira conversão, para iniciarmos uma nova vida de santidade e de justiça.
Aproxima-se o Natal! A melhor prenda que podemos oferecer ao Menino Jesus é responder "sim" aos apelos do Baptista!

sábado, 29 de novembro de 2008

AVISOS

DOMINGO 30
Primeiro Domingo de Advento

Neste primeiro Domingo de Advento damos início a um novo Ano lìtúrgico, o Ciclo B, sendo São Marcos o Evangelista que nos irá acompanhar na maior parte dos domingos neste ciclo.

QUARTA 03
SÃO FRANCISCO XAVIER
, Co-Padroeiro das Missões (mo)

QUINTA 04
Primeira Quinta-feira do Mês
» 17H.45 Exposição e Adoração do Santíssimo, orientado pelos ministros da Comunhão. É um momento de oração pelas vocações à igreja e à nossa Ordem

SEXTA 05
SÃO FRUTUOSO, SÃO MARTINHO DE DUME E SÃO GERALDO, Bispos de Braga (mo)
» Início da novena em honra de São João da Cruz.

INTENÇÕES DE MISSAS PARA O ANO 2009
As pessoas que pretendam anotar missas para o próximo ano, podem já ir entregando a relação das mesmas, com os respectivos dias e horas desejadas

ADVENTO

Neste Advento, e neste novo Ano Litúrgico, é tempo de nos encontrarmos com Deus, o Sumo Bem, que nos envia Jesus para sermos herdeiros do seu Reino
Por estas alturas do ano, com o primeiro Domingo do Advento (que ocorre no domingo mais próximo do dia 30 de Novembro), iniciamos um novo Ano Litúrgico, começando, assim, a recordar os acontecimentos mais importantes do plano de salvação de Deus para o homem, sendo o primeiro, naturalmente, o Nascimento de Jesus, a sempre esperada festa do Natal.
A redenção do homem deve-se à Morte e Ressurreição de Jesus, isto é, à Páscoa, mas é lógico celebrar o início dessa grande manifestação do amor de Deus, ou seja, a sua vinda ao mundo, o "ADVENTO".
Natal e Advento não são festas separadas; o Advento nasceu como tempo de preparação para celebrar a festa do natal, assim como a Quaresma em relação à Páscoa.
A Igreja ao celebrar o Advento, convida-nos a meditar na vinda do Senhor. Esta vinda apresenta-se-nos em três dimensões:
Advento Histórico: É a espera em que viveram os povos que ansiavam a vinda do Salvador. Vai desde Adão até à Encarnação, abrangendo todo o Antigo Testamento. Escutar os Profetas, deixa-nos um ensinamento importante para preparar os coração para a chegada do Senhor. Aproximarmo-nos à História é identificarmo-nos com aqueles homens e mulheres que com veemencia ansiavam pela chegada do Messias e a libertaçção que esperavam d’Ele.
Advento Místico: É a preparação moral do homem de hoje para a vinda do Senhor. É o Advento actual; é um tempo propício para a evangelização e para a oração que dispõe o
homem como indivíduo, e a comunidade humana, enquanto Igreja, a aceitar a salvação do Senhor que vem. Jesus é o Senhor que vem constantemente ao encontro do homem. É necessário que o homem tome consciência dessa realidade, para estar com o coração aberto, pronto para que o Senhor entre. O Advento, entendido assim, é de de uma profunda actualidade e importância.
Advento Escatológico: É a preparação para a chegada definitiva do Senhor, no fim dos tempos, quando virá coroar definitivamente a sua obra redentora, dando a cada um segundo as suas obras. A Igreja convida-nos a não esperar este tempo com temor e angústia, mas sim com a firme esperança de que, quando tal acontecer, será a felicidade eterna do homem que aceitou Jesus como o seu Salvador.
O Advento mostra-nos como todo o tempo gira à volta de Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre, pois Cristo é o Senhor do tempo e da História.
Durante o Advento, com os seus quatro domingos, são-nos apresentados quatro temas.
O 1º Domingo convida-nos à vigilância enquanto esperamos a vinda do Senhor, podendo-se sintetisar nas palavras do Evangelho: "Velai e estai preparados, porque não sabeis quando chegará o momento".
No 2º Domingo é-nos proposto o tema da conversão, tendo como pano de fundo a pregação de João Baptista, que se pode resumir na frase: "Preparai os caminhos do Senhor".
No 3º Domingo encontramos o testemunho de Maria, que vive servindo e ajudando o próximo, bem patente nas palavras de Isabel: "E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?".
No 4º Domingo encontramos o anúncio do nascimento de Jesus feito a José e a Maria, e convidando-nos a "aprender de Maria a aceitar Cristo que é a luz do Mundo".
Vivemos num mundo em profundas convulsões, com o qual, também nós cristãos temos de lidar. A felicidade fácil e barata que nos últimos tempos a sociedade nos oferecia, e que muitas vezes levou o homem, mesmo os que se confessavam cristãos, a alhearem-se de Deus, faz-nos voltar à realidade, porque a verdadeira felicidade só a pode dar quem a criou; por isso neste Advento, e neste novo Ano Litúrgico, é tempo de nos encontrarmos com Deus, o Sumo Bem, que nos envia Jesus para sermos herdeiros do seu Reino, como é da sua vontade.

sábado, 22 de novembro de 2008

AVISOS

DOMINGO 23
Solenidade de Cristo Rei
O grupo de oração jovem "Adoramus Te" comemora hoje o 14º aniversário da sua fundação. Por isso promove um momento de louvor e adoração, que terá início às 17H.00, com a Exposição do Santíssimo.

SEGUNDA 24
Ss. André Dung-Lac e companheiros (mo)

SEXTA 28
COMEMORAÇÃO DA FUNDAÇÃO DA ORDEM DO CARMO DESCALÇO
Sexta-feira do Menino Jesus
» 18H.00 Coroinha do Menino Jesus

SÁBADO 29
BB. Dionísio e Redento da Cruz , os primeiros mártires do Carmo Descalço (mo)
» 21H.00: Noite de reflexão e oração, dedicada a S.Paulo, organizada pela Fraternidade do Carmelo Secular de Aveiro.

OFERTÓRIO PARA O SEMINÁRIO
O ofertório para o Seminário realizado no passado fim de semana rendeu €1.123,43, montante entregue noPaço Epsicopal.

Ovelhas e Cabritos

No "Juízo Final" seremos incluídos no grupo dos mansos, como as ovelhas, ou no grupo dos rebeldes, como os cabritos? Seremos convidados a receber o "reino, prometido desde o princípio do mundo" ou seremos chamados "malditos", com a respectiva condenação?

Chegamos ao último Domingo deste Ciclo Lítúrgico, e assim celebramos a Solenidade de Jesus Cristo Rei e Senhor do Universo. O trecho do Evangelho que hoje nos é oferecido é geralmente conhecido como o "Juízo Universal" ao qual todos temos de comparecer, pois para o mesmo todos seremos citados.
Quando falamos de "Juízo Final", todos nós nos assustamos um pouco, pois ninguém, de boa fé, gosta de andar num tribunal, mas São Mateus apresenta-nos o Rei-Juiz, como um pastor, que aparta as ovelhas dos cabritos, colocando à sua direita as ovelhas, e à sua esquerda os cabritos, como faziam à noite os pastores em Israel, separando as indefesas ovelhas dos irriquietos cabritos!
No entanto, o Evangelho de hoje, fala-nos sobretudo do encontro de Jesus com aqueles que não O conheceram, que pelas razões mais diversas, nunca antes se tinham encontrado com Ele; fala-nos, sobretudo, de como serão julgados por Deus aqueles que nunca ouviram falar d’Ele! Jesus perguntará ao que não O conhecem como trataram os seus irmãos. Aceitá-los-á ou não tendo em conta a maneira como trataram o seu próximo, segundo se tenham ou não preocupado em aliviar os seus sofrimentos.
A única lei que Jesus aplicará é a "Lei do Amor", comum aos homens de todos os tempos e lugares, pois é uma lei natural inscrita no coração de cada homem.



Àqueles que já conhecem Jesus, que são baptizados e se confessam cristãos, Ele perguntará qual o fruto que produziram, perguntar-lhes-á como puseram os talentos recebidos a render, como nos recordava o Evangelho do Domingo passado.
A esse propósito ocorre-me recordar uma parábola, que se intitula: "A parábola dos ateus ‘cristãos’ e dos cristãos ‘ateus’!".
A mesma diz que cristãos ‘ateus’ são aqueles se confessam crentes, que dizem adorar Jesus Cristo e que aceitam como verdades inquestionáveis tudo o que a Igreja lhes propõe, mas na sua maneira de viver são "ateus" de Jesus Cristo, porque vivem para si mesmos, porque fogem do serviço e do amor efectivo, o verdadeiro distintivo do cristão. Os denominados cristãos ‘ateus’, são assim chamados porque não fazem de Jesus Cristo rei das suas vidas e do mundo, pelo contrário atrasam a chegado do Reino com o seu comportamento em contradição com o Evangelho de Jesus.
Por sua vez os ateus ‘cristãos’ são os que se
confesssam ateus, agnósticos, não cristãos e inclusive não crentes, mas na sua vida quotidiana servem os demais, estão juntos dos pobres sem os identificar com Jesus Cristo a quem ainda não descobriram (talvez por nossa culpa, ou pela contradição que há entre a nossa fé e as nossas vidas), trabalhando por estabelecer no mundo a justiça, por libertá-lo de todas as escravidões, por aliviar as suas penas e tristezas. Estes ‘ateus’, sem o saberem, seguem a Cristo, o Bom Pastor, e no juízo final, serão chamados "benditos de meu Pai".
Naturalmente que para nós cristãos, (pressupondo que não nos queremos integrar no grupo dos cristãos ‘ateus’), o objecto do exame final não serão os ritos litúrgicos, nem os actos exteriores, nem a doutrina fielmente expressa. As perguntas que nos farão, ou melhor as constações, serão tão simples e lineares: como alimentámos os pobres, visitamos os doentes, libertámos os oprimidos, vivemos a solidariedade, como servimos? Enfim o mesmo que São João da Cruz resumiu tão magistral e profundamente no dito: "Ao cair da tarde serás examinado no amor!"
E ao fim da nossa reflexão unicamente nos cabe perguntar: Somos cristãos discípulos autênticos de Cristo ou somos cristãos ‘ateus’? No Juízo Final seremos incluídos no grupo dos mansos, como as ovelhas, ou no grupo dos rebeldes, como os cabritos? Seremos convidados a receber o "reino, prometido desde o princípio do mundo" ou seremos chamados "malditos", com a respectiva condenação?
Não sabemos a resposta, mas somos nós que a escolhemos!

sábado, 15 de novembro de 2008

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

Deus Santo,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vós criastes o mundo pela vossa primeira e
última palavra
E pela primeira e última o salvastes;
Lançai no coração dos nossos jovens
sementes de amor,
capazes de crescer e de fazer deles
agentes do vosso desígnio de salvação.
Vós chamates profetas
para dizer palavra de verdade, justiça e caridade
ao povo que, por amor, escolhestes e reunistes.
Colocai as vossas palavras santas
na boca dos nossos jovens
para que não sejam espectadores passivos
mas actores atentos ao mundo que os rodeia
e, dando-se sem reservas, disponíveis para amar,
encontrem um sentido para a sua vida
e deixem a semente germinar.
Vós enviastes a Sabedoria do santo céu,
do trono da vossa glória,
e com a vossa voz derrubastes
os cedros e abalastes o deserto;
Atendei às inquietações dos nossos jovens,
aos seus gritos e sussurros,
e despertai neles um amor pela Igrtreja,
vosso templo e corpo do vosso Filho,
para que, sem complexos nem angústias,
tenham coragem e discernimento
para responder com um sim entusiasmado
à ternura do vosso abraço.
Senhor Jesus Cristo, Filho de Maria, a serva da Palavra,
Vós semeastes a palavra com abundância
para que frutificasse e pelo sangue que derramastes,
sangue que não tinge mas branqueia,
fostes digno de tomar o livro
escrito por dentro e por fora
e de abrir as suas páginas seladas;
Derramai o vosso Espírito sobre os nossos seminários
e fazei com que,
acolhendo as vossas palavras de vida eterna,
sejam centelhas de esperança
e semente de futuro para a Igreja,
no seguimento fiel e generosso da vossa vontade.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Ámen.

AVISOS

DOMINGO 16
Dia dos Seminários
Encerramos hoje a Semana dos Seminários. O ofertório das missas deste fim de semana destina-se ao Seminário Diocesano.

SEGUNDA 17
SANTA ISABEL DA HUNgRIA (mo)

QUARTA 19
SÃO RAFAEL KALINOWSKY DE S. jOSÉ (MO)

SEXTA 21
APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA (MO)

SÁBADO 22
SANTA CECÍLIA (MO)
» 15h.00: Eucaristia de Encerramento do Ano Jubilar do Carmelo de Cristo Redentor, em São Bernardo, presidida pelo D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro.
» 18H.30 Missa nesta Igreja do Carmo pelos defuntos daIrmandade de Nosso Senhor Jesus dos Passos

DOMINGO 23
SOLENIDADE DE JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

OS TALENTOS

O cristão, independentemente de ter tido uma vida longa ou curta, só Deus o sabe, pois a Ele pertencemos, unicamente se deve preocupar em saber se viveu em plenitude, se se sentiu realizado, em relação ao que Deus pretendia de cada um.

O Evangelho deste penúltimo Domingo do Tempo Comum fala-nos de um Senhor que ao partir de viagem, chama os seus servos e confia-lhes os seus bens. Entregou a um cinco talentos, a outro dois e a um outro um, conforme a capacidade de cada um.
Em primeiro lugar convém saber o que é um "talento". Depois de uma pequena investigação podemos dizer que o "talento" (denominado em hebraico "kippar") era um peso e moeda antiga da antiga Grécia e Roma, valendo 60 minas, e a mina 100 dracmas, sendo assim um talento correspondia a 6000 dracmas, o que correspondia a 36 quilogramas. Ora tendo o denário (que era o salário de um dia de trabalho) o valor de duas dracmas, podemos chegar à conclusão que um talento correspondia ao salário de 3000 dias, ou seja a quase 10 anos dos rendimentos de um trabalhador.
Quando, muito tempo depois, regressou o senhor, chamou os seus servos pediu-lhes conta da administração dos bens que lhes confiara. O que recebera cinco talentos pô-los a render e ganhou outros cinco, sucedendo o mesmo com o que recebera dois, enquanto o que recebera um, temendo fazer maus negócios, para nada perder, escondera o talento na terra para evitar uma eventual punição!

Esta parábola descrita por Jesus - sempre um modelo de um grande pedagogo - lembra-nos que devemos fazer frutificar os dons rece- bidos. Não é suficiente usá-los mal, pois nenhum dos três servos o fez, mas sim multiplicar os seus frutos.
Quando regressar o Senhor pedirá conta dos dons que nos confiou, não importando a quantidade, mas sim a diligência que empregámos para administrar o pouco ou muito que recebemos.
É que ao escutar esta parábola, talvez tenhamos a tentação de pensar, como muitas vezes acontece, que é dirigida aos outros, e no caso concreto ao povo judeu, que como povo eleito, depois de muitos séculos não soube dar os devidos frutos.
Também nós nos devemos sentir admoestados pela Palavra de Deus, porque todos temos muitos talentos para administrar. É que Jesus não nos fala somente dos dons do Reino, dos valores da fé cristã que d’Ele herdamos como comunidade eclesial: a fé, a verdade, a graça, a nova aliança, os sacramentos, a força profética da sua palavra, o perdão, mas muitos outros valores, humanos e cristãos, dos quais Deus nos pedirá contas. E podemos citar: a vida que é um dom fundamental, o nosso corpo com a sus forças e saúde, as
nossas capacidades intelectuais e espirituais, a inclinação que cada um tem para a arte, para a técnica, para o ensino, a própria natureza, (e hoje que tanto se fala de ecologia!), da qual somos donos e administradores.
Tudo nos foi dado por Deus, até o progresso da ciência e da técnica não são feitos contra ou a favor de Deus, pois Ele mesmo encomendou ao homem potenciar tudo o que Ele nos entregou, pois ao homem foi encomendado todo o universo.
Perante isto devemo-nos interrogar:
Tenho feito render as qualidades que possuo? Há muito que fazer na sociedade e na Igreja: Tenho dado a minha colaboração, ou pelo contrário tenho-me inibido, deixando o trabalho para os outros?
A saúde, a vida, as qualidades foram confiadas como bens para administrar; não importa se foram dez ou cinco talentos: Estou a fazê-las render ou tenho-me refugiado na preguiça e na satisfação?
No fim do nosso peregrinar, não sabemos se é muito ou pouco tempo, ser-nos-ão pedidas contas: Vamo-nos apresentar com as mãos vazias?
O cristão, independentemente de ter tido uma vida longa ou curta, só Deus o sabe, pois a Ele pertencemos, unicamente se deve preocupar em saber se viveu em plenitude, se se sentiu realizado, em relação ao que Deus pretendia de cada um, sabendo que um dia o Senhor, depois de uma longa viagem, regressará, e como aos servos da parábola pedirá conta da gestão dos talentos que entregou a cada um de nós, e unicamente espera que não os tenhamos enterrado!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

AVISOS

DOMINGO 09 - Dedicação da Basílica do Salvador e de São João de Latrão (Festa)
» 18H.00: Oração de Vésperas
» 18H.00: Festa da Fraternidade Nuno Álvares, com procissão, com a imagem do Beato Nuno, da Igreja da Vera Cruz para a Igreja do Carmo
» 18H.30: Eucaristia do Dia da Fraternidade Nuno Álvares (FNA), presidida pelo nosso bispo, Dom António Francisco dos Santos

SEGUNDA 10 - SÃO LEÃO MAGNO (Mo)

TERÇa 11 - SÃO MARTINHO (Mo)

QUARTA 12 - SÃO JOSAFAT (Mo)

SEXTA 14 - TODOS OS SANTOS CARMELITAS (Festa)
» Exposição do Santíssimo das 15H.00 até às 21H.45

SÁBADO 15 - COMEMORAÇÃO DE TODOS OS DEFUNTOS DA ORDEM CARMELITA (Todas as missas deste dia serão em sufrágios de todos os defuntos do Carmo)
» 18H.00: Ofício de Vésperas pelos Defuntos

SEMANA DOS SEMINÁRIOS: Iniciamos hoje a Semana dos Seminários. O ofertório das missas do próximo domingo, dia 16, destina-se ao Seminário Diocesano.

O EXEMPLO DE SÃO MARTINHO

Celebramos no próximo dia 11 a memória de São Martinho de Tours, um dos Santos mais populares da Europa.
Nasceu na Panónia (Hungria) por volta do ano 317 e faleceu em Candes (França) no dia 8 de Novembro de 397.
Filho de militar também ele seguiu a carreira militar, e aos dezoito anos de idade, sendo oficial do exército, e quando ainda era catecúmeno, cavalgando pelos campos, viu um pobre a tiritar de frio; compadecido com o mesmo partilhou a sua capa, o único vestido que levava, pois tinha pelo caminho repartido as suas roupas com outros pobres.
O seu discípulo e biógrafo, Sulpício Severo, conta que naquela noite Martinho, dormiu mais sossegado, e teve um sonho: Viu Cristo vestido com a metade da sua capa que dera ao mendigo e, sorridente, lhe disse: "Ainda catecúmeno, Martinho, deste-Me metade da tua capa".
Mas a bondade e caridade de Martinho manifestou-se abundantemente ao longo da sua vida, procurando ser um autêntico imitador de Cristo, curando milagrosamente muitos doentes e expulsando demónios, defendendo os débeis, e quando foi necessário não hesitou enfrentar-se com os poderosos deste mundo, intercedendo igualmente pelos prisioneiros, e resgatando muitos escravos.
Tudo isto foi possível porque o amor a Deus, a oração constante e a sua profunda fé eram as fontes da bondade de Martinho e de toda a sua actividade, já que "a sua alma estava sempe orientada para o Céu... Não passava nenhuma hora nem nenhum instante sem que se entregasse à oração... orava sem cessar, inclusive quando parecia estar a fazer outra coisa".
Procuremos nós, também, imitar São Martinho!

PEDRAS VIVAS

CADA UM DE NÓS DEVE ESFORÇAR-SE POR SER UM TEMPLO VIVO, E COMO TAL, SEREMOS PEDRAS VIVAS DO ÚNICO TEMPLO QUE É A IGREJA DE CRISTO
Neste 32º Domingo do Tempo Comum, dia 9 de Novembro, ocorre este ano a Festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão.
Esta Basílica foi a primeira fundada por Constantino, o primeiro Imperador Cristão, para ser a mais importante Igreja de Roma, sendo então a única dentre as três grandes basílicas construídas, que se encontrava no interior dos muros que cercavam a cidade, pois quer a Basílica do Vaticano quer a de São Paulo, fora dos muros, encontravam-se fora das muralhas. Por essa razão, começou a servir de Catedral.
A Basílica de Latrão inicialmente foi dedicada ao Salvador, sendo posteriormente dedicada a São Baptista e a São João Evangelista.
Ainda hoje é a Catedral de Roma, e como tal a sede episcopal do Pontífice Romano, do Papa, de tal forma que ao lado da Basílica se situava a residência papal até ao ano 1309; nela foram entronizados todos os papas até ao século XIX, e nos dias de hoje o Papa ainda aí celebra a Missa Crismal, com o clero de Roma, em Quinta-feira Santa.
No monumental frontispício da Basílica, auge do estilo barroco, pode contemplar-se o "balcão das bençãos", e no interior da mesma o altar papal, no qual apenas o Papa pode celebrar a Eucaristia.
Ao celebrarmos a Festa da Dedicação da Basílica de Latrão outra coisa não fazemos senão manifestar a nossa comunhão com a Igreja de Roma, a Cabeça das Igrejas, e com o Romano Pontífice.
No entanto, embora hoje celebremos a dedicação da Catedral de Roma verificamos que a Liturgia da Palavra de hoje convida-nos mais a reflectir no templo feito por "pedras vivas".
São Pedro, o primeiro papa, recorda-nos que todos "como pedras vivas entrareis na construção do templo do Espírito, formando um sacerdócio sagrado para oferecer sacrifícios espirituais que Deus aceita por Jesus Cristo"; isto é, o lugar preferencial da morada de Deus é o coração do homem. Aí se encontra, verdadeiramente "em sua casa".
A Igreja feita de pedras ou de tijolo pode-nos oferecer o perigo de responder ao nosso instinto de manter Deus à distância, circunscrevendo a sua presença a lugares e tempos bem definidos.
É verdade que nem todos assim pensam, e alguns insistem em apregoar que a Igreja é o lugar obrigatório do encontro com Deus. A
esse respeito Noordmann, um teólogo alemão, adverte: "não podemos dizer que quando vamos a uma Igreja também Deus vem connosco".
De facto se entramos numa Igreja distraídos, se não quisemos reconhecer a Deus na rua, se nos manifestamos indeferentes quando Ele nos chamava, porque necessitava da nossa ajuda, como é que Ele pode entrar connosco na Igreja?
Quando o astronauta soviético Gagarin se saiu com a famosa piada de que tinha percorrido milhares de quilómetros na sua viagem espacial e que não tinha encontrado o bom Deus, um sacerdote de Moscovo replicou-lhe: "É natural! Se não O encontrates na terra, jamais O encontrareis no céu!"
O mesmo se pode dizer de nós; se não sabemos estabelecer um contacto com Deus, quando aparece como um de nós, temos poucas possibilidades de O encontrar de outra maneira, e certamente dificilmente suportaremos um eventual e inquietante olhar cara a cara, pois as negligências fora, pagam-se inevitavelmente com a ausência de Deus na Igreja.
Hoje podemos ter a certeza que Deus se encontra sacramentalmente no Sacrário da Basílica de São João de Latrão, e, também, em todos os Sacrários das Igrejas do mundo inteiro, mas o seu lugar preferido é o coração do homem, por isso cada um de nós deve esforçar-se por ser um templo vivo, e como tal, seremos pedras vivas do único Templo que é a Igreja de Cristo, porque Ele, como a Zaqueu repete-nos:"Hoje quero ficar em tua casa!". Pensa bem, pensa em consciência, qual é a tua resposta?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

AVISOS

TERÇA-FEIRA, 04
São Carlos Borromeu, (mo)

QUARTA-FEIRA, 05
Bem-Aventurada Francisca de Amboise (MF)

QUINTA-FEIRA, 06
» Beato Nuno de Santa Maria (Festa)
» Devoção da Primeira Quinta-feira do Mês
»17h.45 Adoração do Santíssimo Sacramento

SEXTA-FEIRA, 07
Bem-Aventurado Francisco Palau (MF)

SÁBADO, 08
» Bem-Aventurada Isabel da Santíssima Trindade (MF)
» 16H.30: Magusto de S. Martinho
» 18H.00: O Grupo das "Isabeis" reza a coroa de Nossa Senhora do Carmo

DOMINGO, 09
Dedicação da Basílica do Salvador e de São João de Latrão (Festa)
» 18H.00: Oração de Vésperas
» 18H.00: Procissão dos Escuteiros desde a Igreja da Vera Cruz para a Igreja do Carmo
» 18H.00: Eucaristia do Dia dos Escuteiros

PRECE PELOS DEFUNTOS

Lembra-te, Pai, que era frágil
O barro de que os fizestes.
Compadecido, recebe-os
Na tua glória celeste.


Senhor da vida e da morte,
Nos Te louvamos, ó Pai,
De quem todo o homem vem
A quem todo o homem vai.

Acolhe na tua casa
Os que se foram de nós.
Arrancados deste mundo,
Respondendo à tua voz.

Purificados no Sangue
De Jesus Cristo, teu Filho,
Resplandeça para eles
Do teu rosto o eterno brilho.

Dos que ainda não entraram
Nas alegrias eternas
Compadece-te, Senhor,
Alivia suas penas.

E a nós que andamos ainda
Em falsa vida enredados
Concede, por tua graça,
A contrição dos pecados.

Que todos juntos um dia
Gozemos tua beleza,
Saboreemos o pão
Sentados à tua mesa.

(Dos hinos do Ofício de Defuntos)

A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

A morte é o fim da peregrinação terrena do homem, do tempo da graça e da misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrena segundo o plano divino e para decidir o seu destino último.


No dia de hoje, um pouco por todo o mundo, as nossas Igrejas enchem-se de fiéis para participar na Eucaristia rezando pelos seus mortos.
Talvez uns o façam numa atitude de saudade daqueles que já partiram e, inclusive, não consigam deixar de verter umas lágrimas, com a triste recordação daqueles a quem perderam, sobretudo, quando a mágoa ainda está muito presente.
Se devemos aceitar e compreender tal comportamento, cremos, no entanto, que esse não é o modo mais correcto de viver este dia de "Fiéis Defuntos", porque este é um dia de fé, de esperança e, também, de caridade.
Para que possamos compreender, esta maneira de pensar, queremos expor alguns parágrafos do Catecismo da Igreja, que nos explicam um dos artigos do Credo Niceno-Constantinopolitano, que afirma: "Creio na ressurrreição da carne".
"Nós cremos firmemente, e assim o esperamos, que, tal como Cristo ressuscitou dos mortos e vive para sempre, assim também os justos, depois da morte viverão para sempre com Cristo Ressuscitdo, e que Ele os ressuscitará no último dia. Tal como a de Cristo, a nossa ressurreição será obra da Santíssima Trindade" (nº 989).
E o referido Catecismo no nº 992 e nº 993 prossegue: "A ressurreição dos mortos foi revelada progressivamente por Deus ao seu povo. A esperança na ressurreição corporal dos mortos impôs-se como consequência intrínsica da fé num Deus criador do homem total, alma e corpo. O Criador do Céu e da Terra é também Aquele que mantém a sua aliança com Abraão e a sua descendência. É nesta dupla perspectiva que começará a exprimir-se a fé na ressurreição [...] Os fariseus e muitos contemporâneos de Jesus esperavam a ressurreição. Jesus ensina-a firmemente. E aos saduceus, que a negavam, responde: ‘Não andareis vós enganados, ignoranando as Escrituras e o poder de Deus?’ A fé na ressurreição assenta na fé em Deus, que ‘não é Deus de mortos mas de vivos’ (Mc 12,27)" .
E continua: "Unidos a Cristo pelo Baptismo, os crentes participam já realmente na vida celeste de Cristo Ressucitado. Mas esta vida
continua ‘escondida com Cristo em Deus’ [...] Alimentados pelo seu Corpo na Eucaristia, nós pertencemos já ao Corpo de Cristo" (nº 1003).
Mais à frente é dito: "Graças a Jesus Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. ‘Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro’ (Fil 1,21)" (nº 1010), e prossegue: "Na morte, Deus chama o homem a Si. É por isso que o cristão, pode experimentar, em relação à morte, um desejo semelhante ao de S. Paulo: ‘Desejaria partir e estar com Cristo’ (Fil 1,23)".
E ensina-nos: "A morte é o fim da peregrinação terrena do homem, do tempo da graça e da misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrena segundo o plano divino e para decidir o seu último destino. Quando acabar ‘a nossa vida sobre a terra, que é uma só’ (LG 48), não voltaremos a outras vidas terrestres. ‘Os homens morrem uma só vez’ (He 9, 27). Não existe ‘reincarnação’ depois da morte" (nº 1013).
E, quase a terminar este tema, afirma o Catecismo da Igreja Católica: "A Igreja exorta-nos a prepararmo-nos para a hora da nossa morte. ‘Duma morte repentina e imprevista - livrai-nos, Senhor’ (Ladainha de Todos os Santos); a pedirmos à Mãe de Deus que rogue por nós ‘na hora da nossa morte’ (Oração de Ave-Maria); e a confiarmo-nos a S. José, padroeiro da boa morte" (nº 1014).
Confiando na misericórdia de Deus, hoje, e sempre, oremos pelos nossos defuntos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

REZAR COM OS SALMOS

Os salmos que todos os dias a Igreja canta e reza no Ofício Divino e que na Eucaristia, após a primeira leitura, são proclamados, foram e são a oração dos judeus, mas também são uma oração priveligiada da Igreja.
Infelizmente, nem sempre, saboreamos o seu conteúdo e a sua doutrina, por isso deixamos aqui o salmo deste domingo, para que com ele também possamos meditar na bondade de Deus, e orar.

Salmo 17 (18)
Eu Vos amo, Senhor, minha força,
minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador.
Meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança,
meu protector, minha defesa e meu salvador.

Na minha aflição invoquei o Senhor
e clamei pelo meu Deus.
Do seu templo Ele ouviu a minha voz,
e o meu clamor chegou aos seus ouvidos.

Viva o Senhor, bendito seja o meu protector;
exaltado seja Deus, meu salvador.
O Senhor dá ao Rei grandes vitórias
e usa de bondade para com o seu ungido.

AVISOS

TERÇA-FEIRA, 28
» Festa dos apóstolo S. Simão e S. Judas.
» 395º Aniversário da fundação do Carmo de Aveiro

SEXTA-FEIRA, 31
Sexta-feira do Menino Jesus
18H.00: Coroinha do Menino Jesus

TODOS OS SANTOS, 1 DE NOVEMBRO
No dia 1 de Novembro, Sábado, Solenidade de todos os Santos, o horário das missas será o mesmo dos domingos. Haverá a missa vespertina no dia 30 às 18H.30, e no sábado missa às 10H.00, 11H.30 e 18H.30 e Vésperas às 18H.00.

FIÉIS DEFUNTOS, 2 DE NOVEMBRO
No dia 2 de Novembro, Domingo, o horário das celebrações será o seguinte:
10H.00: Missa de Defuntos
11H.30: Missa de Defuntos.
17H.30: Ofício de Defuntos (Vésperas)
18H.00: Terno de Missas (serão celebradas três missas
seguidas).

OFERTÓRIO PARA AS MISSÕES
O ofertório para as missões realizado nas missas do passado fim de semana rendeu €798,48.

INDULGÊNCIA PLENÁRIA
A quem devotamente visitar o cemitério e nele orar pelos defuntos, concede-se indulgêcia aplicável somente às almas do Purgatório; esta indulgênica é plenária nos oito primeiros dias de Novembro e parcial nos restantes dias do ano.

A LEI DO AMOR

Para o cristão a LEI DO AMOR não é só um mandamento, mas deve ser a razão de todo o seu ser, de toda a sua vida.

O trecho do Evangelho que hoje a Liturgia nos oferece é demasiado conhecido e parece simples, no entanto, e à luz que nos oferece a leitura do Êxodo, podemos descobrir a força sempre actual e difícil que conleva em si a Lei do Amor.
Talvez deveríamos agradecer àqueles fariseus, por terem dado a Jesus a oportunidade de condensar de uma maneira tão simples todo o seu projecto de vida.
Um doutor da Lei aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe: "Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?", ou seja qual o caminho que deveria percorrer para alcançar a vida eterna.
Também nós hoje, entre tantas direcções em que se movem os nossos interesses, nos deveríamos perguntar o que é verdadeiramente importante, e Jesus dar-nos-á a mesma resposta: amar a Deus é o primeiro mandamento e o segundo, igual ao primeiro, é o amor ao próximo.
O amor a Deus é o primeiro mandamento de todos, que se formula biblicamente como "não terás outro deus além de Mim": um mandamento que segue sendo o mais radical de todos, contra os ídolos de antes y os de agora. Amar a Deus não é só o não blasfemar,
ou o santificar as "festas", é pôr o projecto de vida como uma prioridade absoluta nos nossos programas e na nossa mentalidade, é escutar a sua Palavra, encontrarmo-nos com Ele na oração, amar o que Ele amou!

Amar a Deus é colocá-lo por cima de qualquer outro valor (também como razão de ser do mesmo amor ao próximo, que para muitos parece ser mais prioritário, mas que Cristo põe como consequência do primeiro, o amor a Deus).
Contudo,Jesus, comparando o segundo mandamento ao primeiro, situa-os ao mesmo nível: amar a Deus, "obriga-nos" a amar o próximo como a nós mesmos, como consequência e semelhança do amor a Dios.
As questões sociais, hoje tão badaladas, são já muito antigas, como nos recorda o livro do Êxodo, de tal forma que os exemplos elencados na primeira leitura continuam a ser actuais: o desamparo das viúvas e dos orfãos, o aproveitar-se dos forasteiros (imigrantes, turistas, etc.) ou dos pobres. A ameça de Deus é dura: "se os explorais e eles gritam por Mim, Eu os escutarei", "porque sou compassivo".
Jesus une as duas direcções do amor, nada serve amar a Deus (ou dizer que se ama a Deus), e descurar o amor horizontal, sobretudo o amor dos mais pobres. Hoje, mais do que nunca, podemos enumerar os mais necessitados da sociedade, aqueles que todos marginalizam para se aproveitarem
deles e das suas debilidades, umas vezes no campo económico, outras no âmbito cultural, mas alguns pagam sempre a factura da ambição e usura de outros.
Também não podemos esquecer a dignidade da pessoa humana, que tantas vezes é humilhada, quer por motivos sociais, raciais, ideológicos ou religiosos, pois Deus assume como próprias essas humilhações.
Nos tempos que correm, muitos são os movimentos e instituições, ou mesmo partidos políticos, especialmente em períodos eleitorais, que se propõem estar ao lado dos mais carenciados e dos mais pobres, mas o discípulo de Cristo não o pode fazer por puro altruismo, e muito menos por interesses pessoais, mas sim como consequência do amor de Deus e do amor a Deus.
Muitos são os momentos em que podemos observar a LEI DO AMOR: na família, na comunidade eclesial, na sociedade, na escola, no trabalho.
Mil vezes ao dia temos ocsião de nos interrogar e de nos examinarmos: amamos verdadeiramente a Deus e ao nosso próximo? Quem nos pode dar a melhor resposta é Cristo: basta recordar como obedeceu, amando, a Deus, seu Pai, e como lidou com os demais, especialmente com os deserdados do Reino!
Para o cristão a LEI DO AMOR não é só um mandamento, mas deve ser a razão de todo o seu ser, de toda a sua vida. À tarde seremos examinados no amor, como dizia São João da Cruz.

sábado, 18 de outubro de 2008

AVISOS

DOMINGO, 19
» É o Domingo ds Missões. O ofertório das missas deste fim de semana destina-se às missões.
» Hoje em Lisieux serão beatificados os veneráveis Luís Martin e Célia Guerin, pais de Santa Teresinha.
» Realiza-se a XI ASSEMBLEIA DIOCESANA do Renovamento Carismático, no Salão D. Evangelista Lima Vidal, a partir das 14H.00.

MUDANÇA DE HORA
No próximo fim de semana, na noite de Sábado para Domingo há a alteração da hora legal. Assim à 01H.00 do dia 26, os relógios devem ser atrasados uma hora.

TODOS OS SANTOS, 1 DE NOVEMBRO
No dia 1 de Novembro, Solenidade de todos os Santos, o horário das missas será o mesmo dos domingos.


FIÉIS DEFUNTOS, 2 DE NOVEMBRO
No dia 2 de Novembro, Domingo, o horário das celebrações será o seguinte:
10H.OO: Missa de Defuntos
11H.30: Missa de Defuntos.
18H.00: Ofício de Defuntos (Vésperas)
18H.30: Terno de Missas (serão celebradas três missas
seguidas).

Dia Mundial das Missões

Neste dia, juntamente com o Papa, transcrevendo algumas passagens da sua Mensagem deste 82º Dia Mundial das Missões, meditemos na causa missionária.
O tema da mensagem é "Servos e apóstolos de Cristo".
O Santo Padre diz: "Por ocasião do Dia Mundial das Missões, gostaria de vos convidar a reflectir sobre a urgência actual de anunciar o Evangelho também nestes nossos tempos. O mandato missionário continua a ser uma prioridade para todos os baptizados, chamados a ser ‘servos e apóstolos de Jesus’ neste início de Milénio".
Depois Bento XVI apresenta-nos São Paulo como modelo deste comprromisso apostólico: "É o Ano Paulino, que oferece a oportunidade de nos familiarizar com este Apóstolo insigne, que teve a vocação de proclamar o Evangelho aos gentios, segundo o Senhor lhe havia preanunciado".
E o Papa recorda que é "um dever para todos anunciar a Cristo e a sua mensagem salvífica" pois a "redenção e a missão são obra de Deus e do seu amor".
Sua Santidade reteira que "continuam necessária e urgente a primeira evangelização em muitas regiões do mundo" e recorda: "Hoje, inúmeras pessoas aguardam o anúncio do Evangelho, aqueles que têm sede de esperança e de amor".
E termina, recordando: "A colecta que é feita em todas as paróquias no Dia Mundial das Missões, deve ser sinal de comunhão e solicitude mútua entre as Igrejas. Que se intensifique, sempre mais no povo cristão, a oração, meio espiritual indispensável para difundir entre os povos a luz de Cristo".

Os beatos Luís e Célia

Neste Dia Mundial das Missões, certamente, Santa Teresa do Menino Jesus Co-Padroeira das missões, estará feliz no Céu, porque na terra os homens podem contar com a intercessão de seus pais, os Beatos Luís e Célia, para proteger por todos os missionários.
Como anunciara o então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal José Saraiva Martins, por ocasião do 150º aniversario do casamento de Luís Martin e Célia Guérin, pais de Santa Teresinha, no dia 12 de Julho, em Alençon (França), local onde os se consorciaram, em 13 de Julho de 1853 , hoje, dia 19 de Outubro, Dia Mundial das Missões, são beatificados na cidade de Lisieux.
Luís Martin de caracter contemplativo, nasceu em Bordéus, no dia 22 de Âgosto de 1823 e sempre sonhou ser monje cartuxo. No entanto não foi aceite porque não sabia latim! Então regressou a Alençon, onde vivia com os pais, e montou uma relojoaria.
Célia também quis ser religiosa, tentando entrar no mosteiro das visitandinas, mas a Superiora logo intuiu que aquela jovem não era chamada à vida religiosa.
Após o casamento permaneceram
convivendo como se fossem monjes, mas um confesssor convenceu Célia a ter filhos, e assim preparar almas para o céu. E o Senhor abençoou-a com numerosa prole, mas também com a dor da morte de alguns filhos ainda crianças. tendo sobrevivido cinco filhas que se fizeram religiosas entre as quais Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face.
Luís e Célia viveram profundamente a espiritualidade do seu tempo, ou seja com os aspectos da vida quotidiana de uma família do século XIX. Ambos, no entanto, tinham uma particular preocupação em exercer a justiça e o respeito com os seus empregados, procurando igualmente auxiliar os pobres.
Unidos no amor, também estiveram unidos no sofrimento. Célia sofreu de câncer, que a vitimou, e Luís teve uma enfermedade cerebral que o obrigou a ser internado em psiquiatria.


As virtudes heróicas destes novos
Beatos foram reconhecidas em 26 de Março de 1994 por João Paulo II.
O milagre atribuído a Luís Martin e Célia Guérin foi a cura de uma criança italiana, Pietro Schiliro.
O menino curado havia nascido com uma má-formação dos pulmões, perante a qual os médicos concluiram que seria impossível a sobreviência. Um carmelita, o Pe. Antonio Sangalli, sugeriu então aos pais que fizessem uma novena aos pais de Santa Teresinha, que perderam 4 filhos em tenra idade, para obter a força de enfrentar o sofrimento. Mas a mãe foi mais longe e decidiu-se a pedir a cura de seu filho. E na verdade, ele é hoje uma criança em plena forma, tendo já peregrinado a Lisieux, com seus pais, para agradecer a Luis e Célia Martin.
Esta será a segunda vez nos últimos séculos em que a Igreja beatifica um casal. O primeiro casal foram os italianos Luigi Beltrame Quattrocchi e Maria Corsini, beatificados por João Paulo II, a 21 de Outubro de 2001.
Neste Dia Mundial das Missões, certamente, Santa Teresa do Menino Jesus, Co-Padroeira das missões, estará feliz no Céu, porque na terra os homens podem contar com a intercessão de seus pais, os Beatos Luís e Célia, para amparar todos os missionários.

domingo, 12 de outubro de 2008

CAMINHAR COM TERESA!

TERESA FOI SEMPRE UMA MULHER EM CAMINHO. PRIMEIRO PERCORREU OS CAMINHOS DA FÉ PROCURANDO A DEUS. QUANDO O ENCONTROU PERCORREU OS CAMINHOS DE CASTELA E ANDALUZIA FUNDANDO OS SEUS CONVENTOS.
COM ELA APRENDAMOS A CAMINHAR PARA DEUS!
Nas abas da serrra de Gredos, em plena Castela, no dia 28 de Março de 1515 nasceu na cidade de Ávila (dos Cavalheiros) uma menina, a penúltima de onze irmãos. No baptismo puseram-lhe o nome de Teresa, contra a vontade de sua avó, pois então, como ainda hoje persite, nessa zona de Espanha, costumava-se dar aos recém-nascido o nome do santo do dia do nascimento, de forma que muitos são aqueles que celebravam o dia do seu "Santo" e não o dia do aniversário. A avozinha não concordava com tal escolha, pois então não havia nenhuma santa com esse nome. No entanto gracejou... "talvez esta seja a primeira santa com este nome"!
Aquela menina, no entanto, evidenciou ser a mais inteligente e agradável no realcionamento com os demais, tornando-se por isso a mais querida dos pais e a mais amada dos irmãos. No entanto, na precoce adolescência ficou tremendamente abalada com o falecimento de sua mãe. Seu pai, que no meio de tanto sofrimento, aumentado pela partida de todos os seus filhos varões, para o novo mundo, para a América, após o casamento de sua filha Maria, a mais velha das irmãs, não com pouco sofrimento, enviou a sua Teresinha para o convento de Nossa Senhora das Graças, das Agostinhas. Aquela jovem rapariga, talvez, não tenha gostado muito da opção de seu pai, mas, como os desígnios de Deus são insondáveis, asim se abriram os caminhos para a afirmação, e obra, de Teresa de Ahumada, a nossa Santa Teresa e Jesus.
De facto, embora tenha confessada não desejar ser religiosa (ela diz mesmo "ser inimiga de ser monja"), um belo dia bateu à portaria do Convento das Carmelitas do Convento da Encarnação, onde já se encontrava uma das suas amigas. A Encarnação é uma majestoso e imponente Convento, que albergava mais de cento e cinquenta religiosas, algumas, as mais ricas, com as suas aias, chegando ao ponto de algumas passarem fome; enquanto umas viviam na abundância outras passavam privações. No entanto, nem tudo era mau, pois havia um horário em que muito tempo era dedicado à oração. Quem quisesse ser santo podia sê-lo...
Mas este ambiente não entusiasmou Teresa de Ahumada, e ela mesmo, deixando-se conduzir pelo Espírito, decide criar um novo estilo de vida, aproveitando, certamente o que de bom encontrara na Encarnação, e substituindo por algo de novo o que a não a
convencia naquela forma de vida religiosa.
Levando consigo algumas das suas companheiras aventura-se na fundação do convento de São José de Ávila. Seriam poucas religiosas, inicialemnte 12, no máximo, para imitar o colégio apostólico, vivendo em estricta pobreza e em constante oração, e vivendo do fruto do seu trabalho, ainda que com muita alegria também aceitavam as esmolas que lhes iam chegando.
Para erguer o seu primeiro convento, muito ajudaram os amigos e familiares, com as ofertas que lhe enviavam das Américas.Foi inaugurado mo dia 24 de Agosto, dia de São Bartolomeu, do ano 1562. Mas a cidade de Ávila, por não concordar com a reforma por ela iniciada e por já exixtirem muito conventos na cidade quis destruí-lo! Mas como era obra de Deus, e com a ajuda dos amigos, a sua obra foi por diante.
Depois seguiu-se a fundação de Medina del Campo, e aí conhece aquele que viria a ser o seu braço direito na reforma dos Carmelitas Decalços, S. João da Cruz.
Embora, contrariando as determinações do Concílio de Trento, mas com o apoio de Bispos, dos Superiores da Ordem, mesmo do Núncio Apostólico, ela prossegue a sua obra fundacinal, praticamente nunca parando, com a excepção dos três anos em que foi colocada como Prioresa no Convento da Encarnação, precisamente aquele onde ela se fez religiosa. Fundou ao todo 17 conventos sendo o último o de Burgos, pouco tempo antes de falecer, em 1582.
Com Teresa de Jesus aprendamos a percorrer também os caminhos de Deus.

sábado, 11 de outubro de 2008

Recomeçando

É neste fim de semana que fazemos a Abertura de um Novo Ano Pastoral. Naturalmente que não haverá gandes alterações no modelo de comunidade que temos vivido ao longo destes últimos anos.
No entanto, e procurando responder a algumas inquietacções que se nos vão apresentando, e procurando solucionar outras situações, podemos desde já avançar algumas propostas de renovação.
Assim, regressamos ao antigo modelo, na primeira Quinta-feia de cada mês, às 17H45, haverá a Exposição e Adoração do Santíssimo, orando pelas vocações à Igreja e especialmente à nossa Ordem.
Uma vez por mês, em data que oportuamnete será comunicada, os "Amigos da Eucaristia" irão promover um tempo de Adoração mais longo, mas com a Benção do Santíssimo a ser feita num horário mais acessível, ou seja um pouco mais cedo do que era habitual no passado ano pastoral. Estes dias de Adoração serão escolhidos procurando fazê-los coincidir com algumas festas litúrgicas.
Continuaremos com a devoção ao Menino Jesus de Praga, procurando fazer crescer o "Clube do Menino". Assim na última Sexta-feira de cada mês rezaremos a Coroinha do Menino Jesus. No entanto, durante a Quaresma, e devido à devoção da Via Sacra, será em princípio adianta para a Quinta-feira anterior.
Estas são algumas pequenas alterações que são feitas neste Ano Pastoral, que com a colaboração de todos ajudar-nos-ão a viver melhor a nossa fé, como membros da Igreja.

AVISOS

DOMINGO 12
Na Eucaristia das 11H.30 os elementos dos vários grupos da nossa comunidade farão o seu compromisso.

QUARTA-FEIRA 15
SOLENIDADE DE SANTA TERESA DE JESUS
08H.00 - Eucaristia
18H.00 - Oração teresina
18H.30 - Concelebração eucarística
Após a Eucaristia o Santíssimo ficará em Exposição, até às 21h.30.

QUINTA-FEIRA 16
Nas missas desse dia rezaremos pelos defuntos da Família Carmelita.

DOMINGO 19
»É o Domningo ds Missões. O ofertório das missas desse Domingo destinam-se às missões.
» Neste mesmo dia serão beatificados os veneráveis Luís Martin e Célia Guerin, pais de Santa Teresinha. »» Realiza-se a XI ASSEMBLEIA DIOCESANA do Renovamento Carismático Carismático, no Salão D. Evangelista Lima Vidal.

NOVENA DE SANTA TERESA DE JESUS
Continuamos a novena de preparação para a solenidade de Santa Teresa de Jesus.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

S. Teresinha do Menino Jesus (1873 - 1897)

Nasceu no dia 2 de Janeiro de 1873, em Alençon, França. Desde pequenina, rodeada de todo o carinho familiar, começou a ser chamada Rainha. Sua mãe morreu quando ela era ainda muito pequena.Na sua Autobiografia, Teresinha diz que bastava olhar para seu pai para saber como rezam os santos. A sua primeira escola de todas as virtudes foi a sua família. Nos passeios que dava com seu pai, gostava imenso de dar esmolas aos pobres.Quando a sua irmã mais velha entrou no Carmelo, Teresinha não resistiu. Caiu doente com uma enfermidade estranha que por pouco não a conduziu à morte. Eram insistentes as orações de todos. Por fim, Teresa melhorou, depois de ter visto sorrir uma imagem de Nossa Senhora que se encontrava no seu quarto.Tinha quase 15 anos, quando também ela decidiu entrar no Carmelo. Diante das dificuldades que encontrou, decidiu ir a Roma pedir ao Papa que a deixasse entrar antes da idade estabelecida na lei. Assim o conseguiu.Tinha sido a Rainha no seu lar, por isso, sentindo-se também a Rainha de Jesus, aproveitava para Lhe pedir favores para todos.Na Sexta-feira Santa de 1896 teve uma hemorragia pulmonar e alegrou-se por sentir que depressa estaria no Céu. No dia 30 de Setembro de 1897, quando os sinos tocavam as Ave Marias da tarde, Teresinha sentiu o mesmo sorriso de Maria da sua infância e exclamando: "Meu Deus, quanto Vos amo!", voou nos braços de Jesus ao Céu. Faltavam três meses para fazer 24 anos.A sua mensagem que repetiu antes de morrer, deixou-a nos seus escritos: "Não espero estar inactiva no Céu. Depois da minha morte farei cair sobre a terra uma chuva de rosas. Agora que eu morro é que a minha missão vai começar: a missão de fazer as almas amarem a Deus como eu O amo. Eu quero passar o meu Céu a fazer bem à terra".Foi proclamada, por todo o seu amor e zelo apostólico, Padroeira das Missões, juntamente com S. Francisco Xavier.
Os seus pais, Luis e Célia, sobem com ela a glória dos altares no dia 19 de Outubro de 2008, Dia Mundial das Missões, ao serem beatificados.

sábado, 12 de julho de 2008

CARMELO: BELEZA DE MARIA!

NOSSA SENHORA É COMPARADA AO CARMELO PELA SUBLIMIDADE DA SUA CONTEMPLAÇÃO, PELA SUA DOÇURA, PELA SUA BELEZA...

Estamos a celebrar a festa da nossa Mãe, e Padroeira, Nossa Senhora do Carmo, e esta invocação convida-nos também a procurar o seu significado. Mas, por mais estranho que nos pareça esta invocação tão carmelitana é muito anterior à fundação da nossa Ordem.
De facto "Carmelo" quer dizer "vinha do Senhor", "jardim de Deus", mas também significa por antonomásia a Beleza de Maria, a "Esposa " de Deus.
A aproximação simbólica entre o Carmelo e Maria é muito anterior aos carmelitas; intui-se através da leitura do Cântico dos Cânticos e de outros livros vetero-testamentários, especialmente Isaías e o 1º Livro dos Reis, e também através da Liturgia. Algumas interpretações aplicam à Igreja tudo quanto o Esposo do Cântico dos Cânticos louva na Esposa. Mais tarde a Esposa do Cântico dos Cânticos é identificada com a Virgem Maria, e então "a cabeça da Virgem", isto é a sua intenção e o seu aspirar às coisas do alto faz com que Maria mereça o nome da sublime montanha do Carmelo, pois Carmelo também significa "ciência da circuncisão", e Maria é justamente chamada Carmelo porque não foi sujeita aos desejos carnais, e ao gerar o Filho
Estamos a celebrar a festa da nossa Mãe, e Padroeira, Nossa Senhora do Carmo, e esta invocação convida-nos também a procurar o seu significado. Mas, por mais estranho que nos pareça esta invocação tão carmelitana é muito anterior à fundação da nossa Ordem.
De facto "Carmelo" quer dizer "vinha do Senhor", "jardim de Deus", mas também significa por antonomásia a Beleza de Maria, a "Esposa " de Deus.
A aproximação simbólica entre o Carmelo e Maria é muito anterior aos carmelitas; intui-se através da leitura do Cântico dos Cânticos e de outros livros vetero-testamentários, especialmente Isaías e o 1º Livro dos Reis, e também através da Liturgia. Algumas interpretações aplicam à Igreja tudo quanto o Esposo do Cântico dos Cânticos louva na Esposa. Mais tarde a Esposa do Cântico dos Cânticos é identificada com a Virgem Maria, e então "a cabeça da Virgem", isto é a sua intenção e o seu aspirar às coisas do alto faz com que Maria mereça o nome da sublime montanha do Carmelo, pois Carmelo também significa "ciência da circuncisão", e Maria é justamente chamada Carmelo porque não foi sujeita aos desejos carnais, e ao gerar o Filho
Estamos a celebrar a festa da nossa Mãe, e Padroeira, Nossa Senhora do Carmo, e esta invocação convida-nos também a procurar o seu significado. Mas, por mais estranho que nos pareça esta invocação tão carmelitana é muito anterior à fundação da nossa Ordem.
De facto "Carmelo" quer dizer "vinha do Senhor", "jardim de Deus", mas também significa por antonomásia a Beleza de Maria, a "Esposa " de Deus.
A aproximação simbólica entre o Carmelo e Maria é muito anterior aos carmelitas; intui-se através da leitura do Cântico dos Cânticos e de outros livros vetero-testamentários, especialmente Isaías e o 1º Livro dos Reis, e também através da Liturgia. Algumas interpretações aplicam à Igreja tudo quanto o Esposo do Cântico dos Cânticos louva na Esposa. Mais tarde a Esposa do Cântico dos Cânticos é identificada com a Virgem Maria, e então "a cabeça da Virgem", isto é a sua intenção e o seu aspirar às coisas do alto faz com que Maria mereça o nome da sublime montanha do Carmelo, pois Carmelo também significa "ciência da circuncisão", e Maria é justamente chamada Carmelo porque não foi sujeita aos desejos carnais, e ao gerar o Filho
de Deus, não agradou a nenhum homem, mas agradou indivisa e somente ao Único Deus!
Maria entra na constelação simbólica da família do Carmo, através da "via da beleza". Na verdade o nome Carmelo é conhecido em todas as partes do mundo, é familiar como nenhum outro, e a sua beleza natural parece estar em harmonia perfeita com os seus graciosos atributos. O seu tranquilo perfil parece emergir das águas do Mediterrâneo; do seu alto os olhos podem deleitar-se sobre a vasta planície do Esdrelão que se estende ao longo, enquanto a alma contemplativa olha para baixo para o mistério de Nazaré. O Carmelo é lugar natural de retiro para os contemplativos. O Monte Carmelo "é a mais bela das montanhas" pela fertilidade das árvores e a beleza das flores, pela abundância das fontes e pelo murmúrio das suas águas!
A Maria se aplica o elogio à Esposa, no citado libro Cântico dos Cânticos "a mais bela entre as mulheres" cuja "cabeça é majestosa como o Carmelo". Desta analogia simbólica da cabeça de Maria com o Carmelo passa-se à aplicação de todos os atributos do Carmelo a Maria, e assim Ela mesma recebe e torna-se senhora e dona do Monte, tornando-se ela mesma
"formosura e esplendor" do Carmelo.

Assim Maria "sobe" ao Carmelo desde o "mar" da humanidade pecadora, simbolizada na "nuvenzinha", sob o olhar profético-contemplativo de Elias, consumando-se aí as núpcias místicas de Maria com o Filho de Deus, no momento da Encarnação, e deste modo Ela converte-se na Esposa de Deus, em Esposa de Cristo, o "monte" no qual agrada a Deus habitar, e este monte é o Carmelo-Maria. Por isso, o monte Carmelo é já nos primeiros séculos da vida da nossa Ordem o símbolo da união com Deus como nos lembra São João da Cruz.
Nossa Senhora é comparada ao Carmelo pela sublimidade da sua contemplação, pela sua doçura...
Hoje, continuamos a chamar-nos "Irmãos da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo", mas tal título não deve ser uma referência histórica ao local daquela montanha sagrada, ou uma simples devoção, mas um compromisso de nos unirmos ao Mistério da Virgem Mãe, ao Mistério da Encarnação, ou antes, como Maria sermos belos ao olhos de Deus e, como Maria tornarmo-nos "Esposas" do Altíssimo.
É isto que espera e nos pede Maria, a Senhora do Carmo! Ela quer que cada um dos seus devotos seja imitador daqueles que a amaram e seguiram: Teresa de Jesus, João da Cruz, Teresa do Menino Jesus, Teresa dos Andes, Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), Rafael Kalinowsky, Maravilhas de Jesus, Isabel da Trindade, Dionísio da Natividadee Redento da Cruz, Isidoro Bakanja e tantos outros Santos do Carmo, seus Filhos!

O CARMO E AS MISSÕES

Santa Teresa de Jesus, nossa Mãe e Fundadora, teve uma especial predilecção pela actividade missionária, tendo chegado a afirmar que mil vidas daria para salvar uma só alma das muitas que se perdiam nas Índias (América do Sul)
Ainda em vida teve a alegira de ver partir para África a primeira expedição missionária do Carmelo Descalço, que infelizmente não chegou ao seu destino, porque a embarcação naufragou e faleceram todos os religosos. Outras expedições se seguiram até que os carmelitas aportassem no Reino Congo (actual estado de Angola), onde permaneceram por longos anos.
Após a extinção das Ordens Religiosas em Portugal, também a nossa presença na então Africa Portuguesa se extinguiu até que na década de sessenta do século passado, partiram de Aveiro os primeiros misionários, que a nossa província enviou para o Limpopo (Moçambique), presença, essa, que se manteve mesmo depois da indepência daquele país.
Também há dois anos a nossa comunidade de Aveiro, que conta com dois pequenos grupos missionários, enviou para aquele país uma réplica da imagem de Nossa Senhora do Carmo que no século XX os carmelitas levaram para aquela missão.
A nossa Província continua a colaborar com as missões em Moçambique, concretamente com a Missão de São Roque, perto do Maputo, apadrinhando algumas crianças. Para continuar com essa ajuda as Edições Carmelo editram um CD duplo, com textos da Beata Isabel da Trindade e música do nosso estudante de Teologia, Fr. João Rego.
Isabel da Trindade encontrou um tesouro, descobriu dentro do seu coração urna riqueza tão grande, que não se cansará de anunciar esse segredo àqueles que ama. Este cd quer ser uma ajuda à procura desse tesouro escondido, a deixarmo-nos amar, até encontrarmos como ela "o Céu na terra", a nossa morada, o Amor. O amplo conjunto de cânticos que vos são oferecidos pretende ser sobretudo uma ajuda à oração e ao trabalho pastoral.O lucro da venda deste cd reverte a favor das missões
O mesmo pode ser adquirido na sacristia.

sábado, 5 de julho de 2008

FESTAS DE NOSSA SENHORA DO CARMO

05 Julho (SÁBADO)
(Início da Novena de Nossa Senhora do Carmo)
* Peregrinação Carmelitana a Fátima
* 18H.00: Oração Mariana (Carmelitas Seculares)
* 18H.30: Eucaristia

06 Julho (DOMINGO)
* 10h.00 - Eucaristia
* 11h.30 - Eucaristia
* 18h.00 - Oração Mariana
(Confraria de Nossa Senhora do Carmo)
* 18.30 - Eucaristia

07 Julho (SEGUNDA-FEIRA)
* 8h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana
(Grupo Adoramus Te)
* 21h.30 Eucaristia


08 Julho (TERÇA-FEIRA)
* 8h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana
(Coro Cântico Espiritual, Coro Lauda Carmeli e Coro Aurora da Manhã)
* 21h.30 Eucaristia


09 Julho (QUARTA-FEIRA)
* 8h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana
(Zeladoras dos Altares, Visitadoras dos deoentes e Grupo de Liturgia)
* 21h.30 Eucaristia

10 Julho (QUINTA-FEIRA)
* 8h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana
(Voces Carmeli e Paris Carmeli)
* 21h.30 Eucaristia

[nesta celebração teremos presente todos os defuntos da família carmelita, de um modo especial os defuntos da Confraria de Nossa Senhora do Carmo, bem
como todos os devotos do Escapulário]


11 Julho (QUINTA-FEIRA)
* 8h.00 - Eucaristia
* 21h.00 - Oração Mariana
(Ministros da Comunhão e Leitores)
* 21h.30 Eucaristia


12 Julho (SÁBADO)
* 8h.00 - Eucaristia
* 17H.00 - Consagração das Crianças
* 21h.00 - Procissão em honra de Nossa Senhora do Carmo

(Percorre as seguintes ruas: Rua do Carmo, Rua Eng. Oudinot, Rua Dr. Alberto Souto, Rua Guilherme Gomes Fernandes, Rua do Carril e Rua do Carmo)
* Após a Procissão seguir-se-á a Eucaristia.

13 Julho (DOMINGO)
* 10h.00 - Missa Festiva
* 11h.30 - Missa Festiva
* 18h.00 - Oração Mariana
* 18h.30 - Missa Festiva

16 Julho (QUARTA-FEIRA)
* 8h.00 - Eucaristia de N.S. Carmo
* 18h.00 - Oração Mariana
* 18h.30 - Solene Concelebração Eucarística
No final far-se-á a Procissão do Silêncio com a Consagração a Nossa Senhora

N.B: Quem participar pelo menos em cinco dias da Novena, e quem visitar a Igreja do Carmo no dia 16 de Julho poderá obter Indulgência Plenária.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

EM LOUVOR DE PEDRO E PAULO

Com o sangue dos Apóstolos
Este dia se consagra
Em que S. Pedro e S. Paulo
São coroados de glória.
A mesma sorte os uniu
No mesmo penhor de sangue:
Por Cristo deram a vida,
Cristo lhes deu o diadema.
Pedro ouviu a voz de Cristo,
Foi pastor do seu rebanho.
Paulo, de perseguidor
Transformou-se em vaso eleito.
Braços pregados na cruz,
Na cruz suspenso, Simão,
A Deus honrando, alcançou
As palmas do testemunho.
Por isso Roma, orgulhosa
Do seu martírio, lhe ergueu,
Em sinal de devoção,
O mais belo monumento.
E de todo o mundo acorrem
Até Roma os peregrinos:
Roma que é centro dos povos,
Cabeça da Cristandade.
Nós Vos pedimos, Senhor,
Nos junteis aos dois Apóstolos
Na alegria incorruptível
Da Vossa eterna presença.

(Hino do Ofício Divino)

UNIDOS NA FÉ E NO MARTÍRIO!

PEDRO E PAULO SÃO PARA NÓS DOIS EXEMPLOS DE UMA E ÚNICA FÉ EM JESUS CRISTO. SER FIEL À FÉ É VIVÊ-LA COMO FUNDAMENTO INCONDICIONAL, COMO COMUNHÃO ENTRE TODOS OS CRISTÃOS
A liturgia oferece-nos ao longo do ano algumas solenidades; umas caem em Domingo, outras acontecem em feriado, dia Santo de Guarda, utilizando a linguagem tradicional, e outras em qualquer outro dia da semana, o que tantas vezes leva a que sejam "esquecidas" , por muitos cristãos.
Mas, felizmente, acontece que às vezes as tais solenidades menos celebradas também ocorrem em Domingo, como acontece, este ano com a Solenidade do Martírio de São Pedro e São Paulo.
Embora, neste fim de semana se inicie o Ano Paulino, o qual, certamente, será recordado, ao longo do ano, não queremos menosprezar a grandeza e singeleza deste dois baluartes da Igreja.
É verdade que Pedro e Paulo não morreram juntos, mas Igreja quis juntar a celebração destes dois apóstolos, porque eles são de facto duas colunas da Igreja, embora muito diferentes, no entanto complementam-se reciprocamente.
Pedro e Paulo são personagens muito diferentes pelo seu modo de ser e agir, mas muito iguais na sua fé e no seu amor a Jesus Cristo. São também idênticos pela sua entrega incondicional até à morte, pelo afã de reunir uma comunidade que vivesse da fé e do amor de Jesus cristo. Ainda que um e outro tivessem realizado essa tarefa de um modo bastante distinto, ambos são exemplos vivos para cada um de nós.
Em relação a Pedro, os evangelhos parecem empenhados em sublinhar duas coisas (aparentemente contraditórias) é o primeiro a confessar a sua fé em Cristo, mas também o primeiro a enganar-se e a desaconselhar Cristo a seguir o caminho que leva à Cruz (um caminho que era demasiado difícil para Pedro e por isso negou aquela fé que antes generosamente proclamara). O equívoco de Pedro, convertem-no, no entanto, num homem de fé radical. Por isso Jesus o escolhe para ser a pedra, a rocha, o fundamento da Igreja.
E Simão Pedro, desde o princípio assumiu a missão que Jesus lhe confiara, e na Última Ceia, quando o Mestre decide lavar os pés aos discípulos é ele quem recusa tal gesto, pois lhe parecia indigno que a Aquele a quem seguiam tivesse um gesto de tanta humildade. Pedro que confessara que daria a vida por Cristo é o mesmo que no Jardim das Oliveiras, puxa da espada para defender Jesus, enfrentando sozinho um batalhão!
Mas como bem dizia Jesus, "Eu não vim chamar os justos mas os pecadores", evidencia também as fraquezas dos seus seguidores, o que também se revela em Pedro, quando junto à fogueira, nega o Mestre, dizendo desconhecê-l’O!
Mas, se Pedro negou a Cristo, não foi no entanto, deserdado da missão que o Mestre lhe confiara, antes pelo contrário foi confirmada junto às margens do lago de Genesaré, quando por três vezes teve de responder à pergunta do Mestre: "Simão, filho de Jonas, tu amas-Me", e ele entristecido teve de responder: "Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo!".
Se outrora Jesus escolhera gente humilde para serem seus discípulos, também escolhe para apóstolo Paulo, um judeu que esforçadamente perseguia a Igreja, para o converter no mais eficaz anunciador da fé e do amor de Jesus, construindo uma Igreja aberta a todos os povos, e culturas de todas as latitudes.
Paulo, o apóstolos dos gentios, não tem medo de aventurar-se, de ultrapassar todos os obstáculos para levar a fé de Jesus Cristo. Sem este Apóstolo a primitiva Igreja teria, talvez, ficado confinada ao pequeno círculo do povo judeu, (ainda que tenha sido Pedro a acolher o pagão Cornélio no seio da Igreja). Por isso não é de estranhar que estes dois apóstolos por vezes tenham entrado em choque na resolução de problemas que iam surgindo na Igreja nascente, tendo por mais e uma vez Paulo censurado Pedro por este não querer cortar com algumas das tradições judaicas.
Pedro e Paulo são para nós dois exemplos de uma mesma e única fé em Jesus Cristo. Ser fiel à fé é vivê-la como fundamento incondicional, como comunhão entre todos os cristãos.
E ser fiel à fé é também vivê-la com liberdade, como fermento que pode levedar o mundo inteiro em qualquer época da História.
Chama nº 679 ­ - 29 Junho ‘08