sábado, 27 de dezembro de 2008

O EXEMPLO DA FAMÍLIA DE NAZARÉ

Nazaré continua a ser uma escola para todos aqueles que ainda querem aprender com Jesus, Maria e José
No Domingo dentro da Oitava de Natal a Liturgia celebra a Festa da Sagrada Família, convindando-nos a deixarmos a nossa sociedade actual, com todas as suas virtudes e defeitos, e a percorrermos milhares de quilómetros e milhares de anos!
Há certamente muitas diferenças,(eram outros tempos), mas também muitas coincidências, pois há ao longo dos anos tudo se vai repetindo, como certamente já nos vamos dando conta.
Deixámos Belém, terna e idílica, os pastores, com os seus cânticos, e os Magos, com os seus presentes; os temores da morte do Menino causados pela inquietação de Herodes, com a consequente fuga para o Egipto, foram ultrapassados, e agora encontramos Jesus, Maria e José na pequena aldeia de Nazaré.
Creio que esta família não se distinguiria muito das famílias de então, sobretudo daquelas que tinhm um filho único. José, como qualquer outro pai de família tinha de trabalhar no seu ofício, cremos, segundo nos narram os textos sagrados, no mister de carpinteiro. Maria, era dona de casa, com todos os trabablhos inerentes: cozinhar, lavar, pontear, fiar, cozinhar... Jesus, enquanto criança, adolescente e jovem, certamente não seria muito diferente das outras crianças, e terá ajudado umas vezes o pai, no seu ofício, Ele mesmo é apelidado de "o carpinteiro", porque terá ajudado e aprendido o ofício com José, a quem chamava pai, e outras vezes terá dado uma ajuda a sua Mãe, nos trabalhos quotidianos, já que cremos que como muitos jovens e crianças não ficaria indeferente às constnantes afazeres e uma mãe.
Na altura ainda não se celebrava o Natal, e penso, também, que não haveria festas de anos, nem festas de amigos, mas acredito que sempre haveria uma prendinha na festa da Páscoa, na festa das colheitas, nem que fosse estrear uma túnica nova, feita pelas mãos amorosas da mãe ou um brinquedo saído da oficina de José, particularmente quando não havia muitas encomendas, porque também naqueles anos, de vez em quando, havia épocas de crise!
Não sei se a casa de José e Maria era alugada, mas na altura também já havia rendas, mas sabemos que então já havia impostos, e alguns muitos pesados, cobrados pelos publicanos, para entregar ao Imperador de Roma.
Afinal, refrescando a memória, as dificuldades de outrora não são muito diferentes dos dias de hoje. Mas, no meio de tudo isto, a Sagrada Família, de Jesus, Maria e José, soube enfrentar e responder a todas essas dificuldades, e transmitir valore ao pequeno Jesus, o Filho de Deus. Estou convicto que muito do que Jesus ensinou e pregou foi fruto do que viveu e aprendeu com os seus em Nazaré, porque família é a primeira escola para os filhos.
O Beato João XXIII, o Papa do sorriso, na véspera de completar cinquenta nos de idade, escreveu um carta aos seus progenitores, da qual podemos fazer um síntese: "Queridos pais, não quero terminar este dia, o primeiro do meu quinquagésimo aniversário, sem uma palavra especial para vós a quem devo a minha vida. Desde que saí de casa li muitos livro e aprendi muitas coisas que vós não podíeis ensinar-me. Mas o pouco que de vós aprendi em casa, é agora o mais precioso e importante, que sustém e dá vida e calor às outras coisas aprendidas depois de tantos e tantos anos de estudo e ensino".
Estas palavras de João XXIII, talvez ignoradas de tantos pais, e muito mais por muitos filhos, certamente nos ajudarão a pensar no papel da família no dias de hoje. Nos tempos que correm muita gente descura o papel da família, e não falta quem a queira destruir, com leis, que agradam à primeira vista, facilitando o divórcio (na hora ou por mútuo consentimento), mas negando a felicidade dos filhos, concebidos, talvez, irresponsalvelmente. Este é o panorama que hoje nos é oferecido por uma sociedade "estúpida" que a pretexto da felicidade de alguém, torna infelizes aqueles a quem dizem amar!
Nazaré continua a ser uma escola para todos aqueles que ainda querem aprender com Jesus, Maria e José, que muitos continuam a quer silenciar.

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