sábado, 27 de março de 2010

Celebrações e horários do triduo pascal

QUINTA-FEIRA SANTA
(01 de Abril)

08H:00 » Oração de Laudes
Com esta oração encerramos o Tempo da Quaresma.



18H:30 » Celebração da Ceia do Senhor
Recordamos a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Ministerial, e o gesto fraterno de Jesus na cerimónia do Lava-pés. No final da Eucaristia far-se-á a transladação do Santíssimo para o Trono, seguindo-se a Adoração.

19H.30 - 20H:30 » Cântico Espiritual
20H:30 - 21H:00 » Aspirantes da OCDS
21H:00 - 21H:30 » Lauda Carmeli
21H:30 - 22H:00 » Voces Carmeli
22H:00 - 22H:30 » Adoramus Te
22H:30 - 23H:00 » Leitores e Visit. Doentes
23H:00 - 23H:30 » Ministros da Comunhão
23H:30 - 24H:00 » Fraternidade OCDS
00H:00 » Oração a Jesus Encarcerado
N.B: Os restantes grupos que não constam desta lista podem associar-se a outros grupos.

SEXTA-FEIRA SANTA
(02 de abril)



[Primeiro dia do Tríduo Pascal]
09H:00 » Via Sacra


15H:00 » Oração da Hora de Noa

18H:30 » Celebração da Paixão e Morte do Senhor
Haverá a liturgia da Palavra, com a narração da Paixão do Senhor, segundo o Evangelho de São João, a Adoração da Cruz e finalmente distribuição da Reserva Eucarística.
Levando a cruz, Jesus saiu para o chamado Lugar do Calvário. Ali O crucificaram, e com Ele mais dois: um de cada lado e Jesus no meio. Depois sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: ‘tenho sede’. Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou: ‘Tudo está consumado’. E, inclinando a cabeça, expirou (Jo 19,17-18. 28. 30)

N.B.: Neste dia a Igreja convida os fiéis à prática do Jejum e da abstinência.


SÁBADO SANTO

(03 de abril)
[Segundo dia do Tríduo Pascal]



09H:00 » Celebração da Sepultura do Senhor

Um homem rico de Arimateia, chamado José, que também se tornara discípulo de Jesus, foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos ordenou que Lho entregassem. José tomou o corpo, envolveu-O num lençol limpo, e depositou-O num túmulo novo que tinha mandado talhar na rocha (Mt 27, 57-60).

Cristo como o grão de trigo, foi enterrado, mas como a semente que é lançada à terra germina e dá fruto, há-de ressuscitar e comunicar-nos-á a vida.
(Pedimos a quem participar nesta cerimónia que trag uma flor branca para colocar junto de Jesus morto)

16H:00 » Oração Mariana em honra de Nossa Senhora das Dores



Domingo de Páscoa
(04 de Abril)
[Terceiro dia do Tríduo Pascal]


21H:30 (Sábado à noite) Solene Vígilia da Ressurreição
Esta é a grande celebração dos cristãos. Haverá a benção do Lume Novo; canta-se o Precónio Pascal, que anuncia a Páscoa. Escutaremos os textos do Antigo Testamento, que nos recordam os grandes momentos da História da Salvação. Há a benção da água e a renovação das Promessas do Baptismo...
Também os religiosos da comunidades farão a renovação dos votos.

Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele. Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus (Rom 6, 8-9. 11).
10H:00 » Eucaristia da Ressurreição
11H:30 » Eucaristia da Ressurreição
18H:00 » Oração dos Discípulos de Emaús (Vésperas)
18H:30 » Eucaristia da Ressurreição


nº 747 I 28 Março ‘09

AVISOS

Domingo I 28
» Hoje Domingo de Ramos celebramos o Dia Mundial da Juventude, decorrendo as ce1ebrações a nível diocesano na Murtosa. Oremos por todos os jovens para que se disponham a seguir e percorrer os caminhos do Evangelho.

quinta-feira santa I 01
» 08:00 Oração de Laudes
» 09:00 - 10:00 Confissões
» 10:00 Missa Crismal na Sé
» 16:00 - 18:00 Confissõões
» 18:30 Celebração da Ceia do Senhor

sexta-feira santa I 02
» 09:00 Via Sacra
» 10:00 - 11:00 Confissões
» 15:00 Oração da Hora de Noa
» 16:00 -18:00 Confissões
» 18:30 Celebração da Paixão do Senhor

sábado santo I 03
» 09:00 Celebração da Sepultura do Senhor
» 10:00 - 11:00 Confissões
» 16:00 Oração em honra de Nª Sª das Dores
» 17:00 - 18:00 Confissões
» 21:30 Solene Vigília Pascal

nº 747 I 28 Março ‘09

sábado, 20 de março de 2010

A ANUNCIAÇÃO: SERVIR É AMAR


O Anjo Gabriel, foi enviado por Deus a uma jovem chamada Maria, e então ocorreu o acontecimento mais importante da História da humanidade: a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade no seio puríssimo de Maria. Se a misericórdia de Deus é infinita, também a disponibilidade de Maria é incomensurável, ao aceitar ser a “Serva do Senhor”, aceitando a missão que Deus lhe mendigava; fê-lo pois sabia perfeitamente que servir é amar!

Celebramos na próxima Quinta-feira, dia 25, a Solenidade da Anunciação do Senhor.
Tudo aconteceu numa pequena aldeia (ou cidade) chamada Nazaré, na Galileia, quando o Anjo Gabriel, foi enviado por Deus a uma jovem chamada Maria, e então ocorreu o acontecimento mais importante da História da humanidade: a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade no seio puríssimo de Maria. Se a misericórdia de Deus é infinita, também a disponibilidade de Maria é incomensurável, ao aceitar ser a “Serva do Senhor”, aceitando a missão que Deus lhe mendigava; fê-lo pois sabia perfeitamente que servir é amar!
E, possivelmente, poderemos compreender melhor a missão de Maria, e o seu imenso amor à humanidade, lendo o texto da Anunciação, que são Lucas nos oferece, compactando-o com o anúncio do nascimento de João Baptista, que o mesmo Gabriel fez a Zacarias,
O texto começa por dizer que naquele tempo o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a “uma cidade chamada Nazaré», enquanto no anúncio do nascimento do Baptista se subentendia que se tratava de Jerusalém, onde se situava o templo, embora São Lucas se tenha limitado a mencionar no relato “o santuário” como lugar apropriado para as manifestações divinas.
O contraste entre “o santuário” e a “cidade de Nazaré” é intencional. Nazaré nunca é citada no Antigo Testamento: não está ligado a promessa ou a qualquer expectativa messiânica, o que significa que esta segunda intervenção divina não vai representar uma continuidade com o passado.
Ainda que o mensageiro seja o mesmo, a primeira mensagem ia dirigido à instituição religiosa; a segunda, a uma rapariga do campo. Igualmente, em contraste com a primeira cena, o anjo Gabriel não se dirige a um homem, Zacarias, casado com una mulher, Isabel, já entrado em idade, mas sim a uma virgem, Maria, desposada, mas sem conviver ainda com um homem (José). Zacarias e Isabel estavam intimamente entroncados com a tradição sacerdotal de Aarão, pelo lado de Isabel, enquanto Maria e José pertenciam à linhagem de David, pela linhagem masculina, “José da estirpe de David”. Isabel era “estéril” e “de idade avançada”, Maria é “virgem” e recém-desposada.
A propósito de Maria, não se menciona qualquer ascendência, Maria representa “os pobres de Israel”, o Israel fiel a Deus.
Seis meses depois de Isabel ficar grávida, Deus enviou de novo o seu mensageiro, recordando “o dia sexto” da criação, em que Deus vai formar o Homem.
O Anjo “entra” na casa onde se encontra Maria
(no santuário do templo não entrou, mas unicamente “apareceu de pé à direita do altar do incenso”) e saúda-a: “Alegra-te, oh cheia de graça, o Senhor está contigo”. A salvação já se adivinha no horizonte, o que justifica essa saudação de alegria; Maria beneficia do pleno favor divino, pela sua constante fidelidade à promessa feita por Deus a Israel. Esta saudação não provoca qualquer temor a Maria, mas somente a perturba pela magnitude do seu conteúdo, ao contrário de Zacarias, que ficou perturbado com a aparição do Anjo.
Ao contrário de Isabel que tinha esperado, em vão, ter um filho, Maria vai dar à luz um filho quando ainda não o esperava, pois, embora seus pais já a tivessem desposado com José, ela segue sendo “virgem”, cumprindo-se assim a profecia anunciada por Isaías: “uma virgem conceberá e dará à luz um filho, que será chamado Emanuel»
Igualmente, ao contrário Zacarias, que devia dar ao filho o nome de “João”, agora é Maria, contra todos costumes, a que porá ao seu filho o nome de “Jesus” (“Deus salva”).
Diz-nos São Lucas, que tanto João como Jesus serão “grandes”, mas o primeiro sê-lo-á “aos olhos do Senhor”, já que será «o maior dos nascidos de mulher”, pela sua vida ascética e pela sua condição de profeta exímio, superior aos antigos, por se ter “cheio do Espírito Santo ainda no ventre de sua mãe”. Jesus, será “grande” pela sua filiação divina, por isso O reconhecerão como o “Filho do Deus Altíssimo” e receberá das mãos de Deus o trono de seu pai David.
Hoje, nesta caminhada quaresmal, somos convidados a contemplar Maria. Como ela, não nos devemos fechar nos nossos interesses pessoais, para que Deus possa também fazer maravilhas em cada um de nós!

nº 746 I 21 Março ‘10

COMENTÁRIO


O evangelho deste quinto Domingo da Quaresma apresenta-nos a passagem da mulher adúltera.
A cena tem lugar no Templo, numa manhã. Ali está Jesus sentado no chão rodeado por um grupo de discípulos, ensinando o povo. O tribunal julgava habitualmente no âmbito do templo. Alguns fariseus e escribas observam Jesus que estava também ali. Eles sabem muito bem como Jesus tratava os pecadores, e estavam escandalizados com a sua conduta, e criticavam-n’O por se sentar a comer com os publicanos e pecadores. Estes escribas e fariseus compreendem que não devem deixar fugir a ocasião para comprometer o Mestre diante do povo. Pensavam que Jesus não ia ser capaz de condenar a mulher adúltera porque a sua misericórdia ia ser maior que o peso da lei de Moisés. Esperam, então, acusá-l’O de desacato à lei diante do Sinédrio. Assim, sem perda de tempo, levam a mulher adúltera e colocam-na no meio dos presentes acusando-a ante Jesus e de todos os presentes.
Escribas e fariseus, para que Jesus não tenha tempo de reagir, recordam-Lhe as penas prescritas contra as mulheres surpreendidas em adultério (o livro do Deuteronómio condena a mulher casada que tenha cometido adultério com um estranho na sua própria terra a que seja lapidada; o Levitico condena tanto o homem como a mulher adúltera à pena de morte, enquanto o livro de Ezequiel pressupõe que todos os adúlteros devem ser condenado à morte por lapidação).
Mas Jesus, em vez de lhes dar uma resposta, começa, com o dedo, a escrever no chão, pois seria em terra batida, onde naturalmente não faltaria o pó.
O seu gesto, possivelmente, manifesta um total desinteresse, em relação à causa que lhe é proposta. Mas perante o silêncio de Jesus escribas e publicanos interpelam-n’O de novo, e Jesus levanta-se, não para condenar a mulher adúltera mas sim para denunciar a má fé daqueles escribas e fariseus, convidando-os a executarem a pena, isto é a apedrejarem a mulher até à morte, mas somente os que não tivessem pecados... e dos mais velhos aos mais novos todos desapareceram!
Mais um vez podemos ver a bondade e a misericórdia de Jesus, mas ao mesmo tempo devemo-nos interpelar como é que nós nos comportamos com os que erram na vida. É fácil ver os pecados alheios, mas muito mais dificil contemplar as nossas próprias fraquezas!

nº 746 I 21 Março ‘10

AVISOS


QUINTA I 25
Anunciação do Senhor (Solenidade)
Quinta-feira do Menino Jesus
» 18H.00. O Clube do Menino Jesus reza a Coroinha em honra do Divino Reizinho
» Exposição do Santíssimo: o Santíssimo Sacramento estará exposto desde o fim da eucaristia das 18h.30 até às 21h.45.


SEXTA I 26
» 18h.00: Devoção da Via-sacra
Procuremos nesta Oração viver mais intimamente a Paixão do Senhor.


SÁBADO I 27
» 21H.30: Concerto de Páscoa, nesta nossa Igreja do Carmo, pela Filarmonia das Beiras.

DOMINGO I 28
Domingo de Ramos: Haverá a bênção dos ramos em todas as missas dominicais.

MUDANÇA DE HORA: No próximo fim de semana haverá a alteração da hora legal. Entraremos na chamada Hora de Verão. Assim na noite de Sábado para Domingo do próximo fim de semana, à uma hora da madrugada, os relógios devem ser adiantados sessenta minutos (uma hora).

nº 746 I 21 Março ‘10

sábado, 13 de março de 2010

SÃO JOSÉ: SERVO FIEL E JUSTO



Ocorre na próxima Sexta-feira, dia 19, a Solenidade de São José, esposo de Maria e Patrono da Igreja. Embora a Bíblia seja parca em palavras em relação à figura de São José, nas poucas palavras que lhe dedica, deixa ver a grandeza deste Santo, pois grande foi a sua missão nos desígnios salvíficos de Deus. No entanto o seu culto só surge no Oriente no século IV, e ao Ocidente no século XII graças à acção dos Carmelitas e dos Beneditinos, sendo Santa Teresa de Jesus uma grande impulsionadora do seu culto.

Celebramos na próxima Sexta-feira, dia 19, a Solenidade de São José, esposo de Maria e Patrono da Igreja. Embora a Bíblia seja parca em palavras em relação à figura de São José, nas poucas palavras que lhe dedica, deixa ver a grandeza deste Santo. Diz-nos a Sagrada Escritura que São José era descendente de David, e que estava desposado com Maria, ou seja Maria estava "comprometida" com José (então o noivado era um compromisso definitivo, embora a noiva ficasse ainda algum tempo em casa dos pais). Ainda não coabitavam quando Maria ficou grávida pelo poder do Espírito Santo, o que faz estranhar José, pelo que pensou repudiá-la em segredo, porque sendo um homem justo, não a queria expor ao opróbrio dos homens. É então que lhe aparece, em sonhos, o Anjo do Senhor, e lhe revela a missão que Deus lhe confia: ser na terra o "pai" do próprio Filho de Deus.
Embora tenha sido grande a missão de São José nos desígnios salvíficos de Deus, a sua figura ocupa um lugar muito discreto nos Evangelhos pois a sua está totalmente em função de Cristo e não por si mesmo pelo que o poderia cognominar o homem silencioso.
Talvez isso explique o facto do culto a São José, nos primeiros séculos da Igreja, tenha passado praticamente desapercebido. O culto a São José surge no Oriente por volta do século IV, supondo-se que Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, lhe tenha dedicou uma Igreja em Belém nesse século. No Ocidente a devoção a São José ainda surge mais tarde, tendo sido divulgado a partir do século XII pelos carmelitas, que foram forçados a abandonar a Terra Santa, devido às incursões dos Turcos, e pelos beneditinos.
Por isso não admira que São José ocupe um lugar de feição na Ordem Carmelita, sendo Santa Teresa de Jesus (ou deveria chamar-se Teresa de São José?) uma grande difusora do seu culto, como se pode ler no excerto do capítulo 6 do "Livro da Vida", de Santa Teresa, que transcrevemos:
"Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e encomendei-me muito a ele. Vi claramente que, tanto desta como de outras de honra e perda de alma, este Pai e senhor meu me tirou com maior bem do eu lhe sabia pedir. Não me recordo até agora de lhe ter suplicado coisa que tenha deixado por fazer. É coisa de espantar as grandes mercês que Deus me tem feito por meio deste bem-aventurado Santo e dos perigos de que me tem livrado, tanto no corpo como na alma. A outros santos parece ter dado o Senhor graça para socorrerem numa necessidade; deste glorioso Santo tenho experiência que socorre em todas. O Senhor nos quer dar a entender que, assim como lhe foi sujeito na terra, pois como tinha nome de pai, embora sendo aio, O podia mandar, assim no Céu faz quanto Lhe pede. Isto têm visto, por experiência, algumas outras pessoas, a quem eu dizia para se encomendarem a ele. E assim há muitas que lhe são devotas, experimentando de novo esta verdade.
Eu gostaria de poder convencer todos a serem devotos deste glorioso Santo, pela grande experiência que tenho dos bens que alcança de Deus. Não tenho conhecida pessoa que deveras lhe seja devota e lhe presta particulares obséquios, que a não veja mais aproveitada na virtude; porque aproveita de grande modo às almas que a ele se encomendam. Parece-me que há alguns anos que, cada ano no seu dia, lhe peço uma coisa e sempre a vejo realizada; se a petição vai algo torcida ele a endireita para maior bem meu.
Se eu fora pessoa que tivesse autoridade para escrever, de boa vontade me alongaria a dizer muito por miúdo as mercês que este glorioso Santo me tem feito a mim e a outras pessoas. Mas, para não fazer mais do que me mandaram, em muitas coisas serei mais breve do que quisera. Só peço, por amor de Deus, que faça a prova quem não me acreditar e verá, por experiência, o grande bem que é o encomendar-se a este glorioso Patriarca e ter-lhe devoção. Em especial, as pessoas de oração sempre lhe haviam de ser afeiçoadas. É que não sei como se pode pensar na Rainha dos Anjos, que tanto tempo conviveu com o Menino Jesus, sem dar graças a São José pela como ele os ajudou. Se alguém não conseguir encontrar um mestre para ensiná-lo a orar, tome este glorioso Santo como seu mestre e não errará no caminho."


nº 745 I 14 Março ‘10

COMENTÁRIO


O Evangelho de São Lucas dedica todo o capítulo 15 às denominadas parábolas da misericórdia: a da ovelha perdida, a da dracma perdida e a do filho perdido, ou parábola do filho pródigo.
A parábola do Filho Pródigo, ou melhor, do Pai Misericordioso, é certamente um dos mais belos textos bíblicos. Em poucas palavras podemos resumi-la a um Pai que tem dois filhos. Um dia o mais novo, talvez cansado da monotonia da vida familiar, vai ter com o Pai e pede-lhe a parte que lhe cabia em herança (hoje há muitos filhos que exigem isso em vida aos pais, e alguns lá acedem…). Também o pai de que nos fala a parábola condescendeu, e não digo contrafeito mas sim contristado, e viu o seu filho partir para longe.
O jovem, com muito dinheiro nos bolsos, sentiu-se a pessoa mais feliz do mundo, e não lhe faltaram amigos em comezainas e na vida dissoluta. Mas, quando só se gasta, depressa terminam os recursos… e tudo vem a faltar!
Vê-se obrigado a procurar trabalho e encontrou um: ser guardador de porcos, o pior que poderia acontecer a um judeu, tratar de animais impuros. A fome era muita e eis que um dia reflecte e olha para o passado, e facilmente descobre que os trabalhadores de seu pai estão em situação muito melhor do que a sua, pois não lhes falta comida. Eis que decide regressar a casa e pedir ao pai que o aceite como um simples assalariado, como mais um trabalhador!
Em boa hora o fez, porque todos os dias o pai olhava para o horizonte esperando o regresso daquele filho. Por isso não admira a alegria que sentiu ao ver regressar o seu “menino” vivo e salvo, pelo que fez uma festa com boa comida, música e danças...
Decorria a festa quando, do trabalho, chega o filho mais velho, aquele que sempre esteve com o pai, a quem sempre obedeceu, e que parecia o filho perfeito e “santo”. Quando se inteira do que está a acontecer não quer entrar em casa, e é o pai que vem ao seu encontro, tendo de ouvir do filho um valente “sermão”.
Todos somos “filhos pródigos” quando nos afastamos de Deus, mas também somos o “irmão mais velho” quando julgamos que temos direito a tudo, só porque, por medo de nos condenarmos, vivemos ritualmente a nossa fé!

nº 745 I 14 Março ‘10

AVISOS

SEXTA I 19
São José Esposo da Virgem Maria e Patrono da Igreja (Solenidade)
» 18h.00: Devoção da Via-sacra
Procuremos participar nesta devoção tão enraizada na Igreja, que nos convida a orar, percorrendo os passos de Jesus desde a sua condenação até à sua sepultura, passando pela sua morte no alto do Calvário.

DOMINGO I 21
A Eucaristia das 10H.00 será animada, conjuntamente, pelo grupo “Aurora da Manhã” e pelo Kica (Koro Infantil do Carmo de Aveiro).

CONTRIBUTO PENITENCIAL: À saída da Igreja encontram-se os envelopes para o Contributo Penitencial, que iremos recolhendo ao longo da Quaresma.
Este ano, por decisão do Sr. Bispo D. António Francisco dos Santos. o mesmo destina-se a ajudar a Igreja de Cabo Verde e o Fundo Diocesano de Emergência Social.

CÁRITAS: O ofertório para a Cáritas realizado no passado fim de semana rendeu €823,07, quantia entregue na Cáritas Diocesana.

nº 745 I 14 Março ‘10

sábado, 6 de março de 2010

A PARÁBOLA DA FIGUEIRA


No trecho do Evangelho deste Domingo Jesus conta-nos a parábola da figueira. O dono, durante vários anos, no Verão, ia à procura dos frutos e encontrando-a reiteradamente estéril, pretende arrancá-la. Não o faz porque intervém suplicante o vinhateiro que se oferece para a tratar cuidadosamente. Nós, tantas vezes somos como essa figueira que não dá frutos. Só deixaremos de ser estéreis quando verdadeiramente nos convertermos ao Senhor.

Frequentemente ouve-se dizer que a Quaresma é um tempo de conversão, tempo de reflexão, tempo de propósitos.
Se por um lado isso é evidente, convém, no entanto, não esquecer, que a conversão passa por nós mesmos, pelo que devemos rever a nossa vida, e cheguemos à profunda convicção de que sou “eu”, e não os outros, quem tem necessidade de converter-se.
O trecho do Evangelho situa-se dentro da narração da viagem para Jerusalém, isto é, do caminho de Jesus e de todos os que querem ser seus discípulos, e ressalta esta necessidade pessoal de conversão.
Jesus é informado do assassinato de uns galileus, quando ofereciam sacrifícios, pelos soldados romanos, executando ordens de Pilatos. Existia então, a convicção generalizada de que determinadas desgraças pessoais eram consequência de um pecado precedente. Tendo presente este modo de pensar Jesus faz-lhes a seguinte pergunta: “Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus?”. E o próprio Jesus acrescenta um segundo acontecimento: recorda-lhes os mortos causados pela derrocada da torre de Siloé, em Jerusalém. Quer num “acidente” político quer num acidente laboral, as vítimas não eram piores do que os seus interlocutores, que, como nós,

estavam convencidíssimos de que “os outros é que são maus!”. É por isso que tantasvezes, consciente, ou inconscientemente, pensamos que não temos necessidade de mudança, de conversão, mas são os outros que devem mudar.
Então Jesus continua a instruir os seus discípulos sobre a necessidade da conversão pondo diante dos seus olhos a atitude do dono de uma figueira que durante vários anos, no Verão, vai à procura dos frutos e encontrando-a reiteradamente estéril, pretende arrancá-la. Não o faz porque intervém suplicante o vinhateiro que se oferece para a tratar cuidadosamente, e assim a salva conservando-a por mais algum tempo.
Deus quer que demos fruto, que o seu amor frutifique em nós e não se contenta com respostas hipócritas. Mas, ao mesmo tempo, Deus nunca perde a esperança, espera sempre que nos abramos à sua chamada e assim daremos fruto de vida. Deus espera que confiemos mais no seu amor e que não nos atormentemos com o nosso pecado. Não tenhamos medo hoje de reflectir no que exige de cada um de nós esta chamada à conversão. Converter-se é não ficar estéril, seco e morto, é libertar-nos do mal que há em nós para nos abrirmos à vida de Deus; de Deus que nos espera no caminho quotidiano de cada um. E o fruto, que devemos produzir, segundo as palavras de Jesus são o amor, lutar pela justiça, a fé, aprender a viver como filhos do Pai que é bom.
Todos os dias Deus vem ao nosso encontro procurando os frutos da nossa vida, aproxima-se no velhinho, no órfão, no que carece de alegria e de esperança; abeira-se de nós no que sofre para encontrar o lenitivo na dor e possivelmente no que goza para encontrar autêntico sentido para a sua alegria. Deus aproximar-se-á a nós e esperará pacientemente, podemos ter a certeza, que respondamos com o tom com que Ele espera que o façamos.
“Este é o tempo da conversão; este é o tempo é o tempo da renovação”, pois, por estranho que nos pareça, Deus continua, a interpelar-nos. Devemos afastar de nós o modo de pensar dos judeus, que viam nas catástrofes o castigo Divino. Deus é como o vinhateiro que com trabalho amoroso trata da figueira, esforçando-se por tratá-la amorosamente para que dê fruto. Mas, perante as catástrofes naturais que ultimamente se têm abatido sobre a terra, como o sismo no Haiti, com cerca de meio milhão de mortos, as chuvas e deslizamentos de terras na Madeira, o violento tremor de terra no Chile, com algumas centenas de mortos e milhões de desalojados, a tragédia recente dos Açores, ou o vendaval ou tempestade Xynthia, que devastou a Europa, provocando mais de mais de meia centena de mortos, ou ainda outras catástrofes recentes, causando muito danos materiais no nosso país, já para não lembrar outras, que um pouco têm acontecido, um pouco por todo o mundo.
Naturalmente que não devemos ver isso como um castigo de Deus, pois Deus é Amor, mas sim como um apelo de Deus a meditar no sentido da nossa vida.

nº 744 I 07 Março ‘10

DIA DA CÁRITAS

Cebramos neste Terceiro Domingo da Quaresma o “Dia da Cáritas”. É normal que quando se faz um peditório para uma instituição, saibamos um pouco o que é e quais os seus objectivos, Nesse intuito, visitei o “sítio” da Cáritas, e encontrei o texto que aqui vos deixo, esperando que vos seja elucidativo, e vos ajude a descobrir o papel e a digna missão desta instituição da Igreja Católica;
A Cáritas Portuguesa é uma instituição oficial da Conferência Episcopal, para a promoção e dinamização da acção social da Igreja.
Visa a assistência, a promoção, o desenvolvimento e a transformação social.
Luta por uma sociedade mais justa, com a participação dos que são atingidos por qualquer forma de pobreza, exclusão social ou emergência, sem olhar a crenças, culturas, etnias ou origem.
A Cáritas, rege-se por estatutos próprios, tem personalidade jurídica, civil e canónica.
Integra a Plataforma Portuguesa das ONGDs.
Compete à Cáritas Portuguesa a representação nacional e internacional da Cáritas em Portugal.
Vincula-se aos princípios da universalidade e da radicalidade em favor dos mais pobres, o que implica: a animação social, a comunhão cristã de bens e a formação. Promove a animação da pastoral social, estimulando a existência de grupos de acção social nas paróquias.
A Cáritas pretende: informar, denunciar e sensibilizar a sociedade, propondo medidas de solução para problemas sociais graves, através de:
- Assistência e apoio nas emergências
- Promoção da autonomia de cada homem e mulher
- Processos de desenvolvimento local
- Intervenção junto dos centros de decisão política
- Formação de agentes de voluntariado
- Empenho na conservação do meio ambiente sustentável.
A Cáritas fundamenta a sua actuação no respeito pela dignidade de cada pessoa, no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja.
Faz parte de um movimento global, a Caritas Internationalis.

nº 744 I 07 Março ‘10

AVISOS


DOMINGO I 07
Se o tempo o permitir pelas, 16H.00, sairá desta nossa Igreja do Carmo a Procissão dos Passos, que percorrerá o itinerário habitual. Depois de recolher à nossa Igreja, será proferido o Sermão do Calvário

» CÁRITAS: Celebramos neste Domingo o Dia da Cáritas. O ofertório das missas deste fim de semana reverte para a Cáritas Portuguesa

SEXTA I 12
» 18h.00: Devoção da Via-sacra
Procuremos participar nesta devoção tão enraizada na Igreja, que nos convida a orar, percorrendo os passos de Jesus desde a sua condenação até à sua sepultura, passando pela sua morte no alto do Calvário.

Peregrinação à Europa Central
De 20 a 27 de Julho p. f., sob a orientação do Frei Silvino, vai realizar-se uma viagem à Europa Central, concretamente a Hungria, Eslováquia e Áustria, visitando Budapeste, Hollóko, Bratislava, Viena, Dumstein, entre outros locais. Os eventuais interessados podem obter mais informações, falando directamente com o Frei Silvino, ou na sacristia.

nº 744 I 07 Março ‘10