sábado, 27 de junho de 2009

AVISOS

SEGUNDA I 29
Solenidade de São Pedro e São Paulo
QUARTA I 01
» 18H.00: Ofício de Defuntos
» 18H.30: Missa de 7º Dia pelo eterno descanso do Pe. Pereira
QUINTA I 02
Primeira Quinta-feira do mês
» 17H.45: Exposição e Adoração do Santíssimo. Neste momento orante, orientado pelos Ministros da Comunhão, rezaremos pelas vocações e, de um modo especial, pelas vocações à nossa Ordem e à nossa Província.
SEXTA I 03
São Tomé , apóstolo (Festa)
SÁBADO I 04
Início da Novena de Nossa Senhora do Carmo
A s pessoas que se inscreveram na Peregrinação a Fátima já podem levantar os respectivos bilhetes. A partida está agendada para as 7H.45, do próximo Sábado, dia 4, junto à Pastelaria "Latina".

Estão em distribuição as listas de Leitores e de Ministros da Comunhão para os próximos meses.
Chama nº 719 I 28 Junho ‘09

COMENTÁRIO

No passado Domingo, escutávamos no Evangelho como Jesus, aos gritos dos Apóstolos, acorda e acalma o mar enfurecido, quando navegavam para a outra margem do lago. Hoje temo-l’O de regresso ao lugar de partida, após de ter sido convidado a abandonar aquela terra depois ter curado aquele jovem possesso por uma "legião" de demónios, com a consequente morte da vara de porcos que se tinha lançado do precipício.
Para quem já estava habituado a ser seguido por uma multidão de ouvintes a viagem à outra margem poderia parecer um fracasso, devido aos escassos resultados! No entanto uma agradável surpresa aguardava por Jesus! Muitos o esperavam na margem do lago, e entre a multidão encontrava-se um dos chefes da Sinagoga, chamado Jairo. Certamente Jairo já conhecia Jesus e alguns dos seus milagres, pois mais de uma vez Jesus frequentara a Sinagoga de Cafarnaum. Agora é o chefe da Sinagoga que se lança aos pés de Jesus e pede-Lhe que vá impor as mãos sobre a filha que está a morrer.
Jesus não recusa nenhum pedido e põe-se a caminho! Mas, entretanto, uma mulher que há doze anos sofria de hemorragias, uma mulher que sofrera muito nas mãos de vários médicos, e que gastaras todos os seus bens, sem ter obtido qualquer resultado, aproxima-se de Jesus, e apoiada na sua fé, está convencida que se tocar ao menos nas vestes de Jesus, ficará curada! Se bem o pensou, melhor o fez, e, para seu espanto, e admiração de Jesus ficou imediatamente curada…
Continuava Jesus a viagem quando os criados de Jairo, vêm ao seu encontro e pedem que não incomode mais o Mestre porque, infelizmente, a filha já tinha morrido e nada havia a fazer! Mas Jesus continua a viagem... chega a casa de Jairo e ressuscita a filha que falecera.
Como a mulher que tinha o fluxo de sangue, ainda hoje há quem gaste o tempo, e o dinheiro, em bruxos e curandeiros, quando Jesus é o único capaz de nos conceder a saúde e a vida, como fez com aquela mulher e com a filha de Jairo!
Chama nº 719 I 28 Junho ‘09

PEDRO E PAULO: DOIS AMIGOS DE JESUS

Celebra a igreja no próximo dia 29 a solenidade de São Pedro e São Paulo. A estes dois apóstolos, homens como nós, e portanto também pecadores (um negou a cristo e o outro perseguiu os discípulos de Cristo) se deve de um modo especial a difusão do evangelho de jesus cristo, não só entre os judeus, mas também entre os pagãos, pelo que justamente são considerados duas colunas da igreja.

Na próxima Segunda-feira, celebramos a solenidade do martírio de São Pedro e São Paulo, certamente, depois a Cristo, as duas figuras mais proeminentes na difusão do cristianismo. Assim achamos por bem, lembrar estes dois amigos de Cristo na nossa Chama Viva.
Pedro, filho de Barjonas, nasceu em Betsaida, mas ter-se-á mudado para Cafarnaum, onde junto do pai, exercia a profissão de pescador.
Segundo o relato no Evangelho de São Lucas, Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu para utilizar uma das suas barcas, de forma a poder pregar à multidão, que O seguia. Pedro, que estava a lavar redes com Tiago e João, seus colegas, concedeu-Lhe o lugar na barca que, entretanto, se afastou um pouco da margem.
No final da pregação, Jesus convidou-os a deixarem tudo e a segui-l’O, dizendo-lhes que doravante seriam "pescadores de homens". E, eles deixando tudo e seguiram Jesus.
Segundo a tradição, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, tornou-se o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e aí permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria de voltar a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os ritos judaicos no chamado Concílio de Jerusalém. Segundo o livro dos Actos dos Apóstolos após esta reunião, Pedro ficou em Antioquia. A tradição da Igreja afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro terá sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C.
Quando Jesus estava a ser julgado no Pretório, por três vezes Pedro O negou, mas depois da Resssurreição, junto ao lago de Teberíades, por três vezes confessou, no meio de lágrimas de arrependimento, o seu amor ao Mestre. E Jesus confiou-lhe as chaves do Reirno: "Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus; e o que desligares na terra será desligado nos céus".
A São Pedro são atribuidas as duas cartas, ditas católicas, que levam o seu nome.
Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, na actual Turquia, numa família judaica da Diáspora. Nasceu numa data desconhecida mas, provavelmente pelo ano 9 da nossa era. Embora o seu pai, tenha adquirido a cidadania romana, educou Saulo na religião judaica. Frequentou as escolas mais famosas de Jerusalém, tendo por mestre o famoso Rabino Gamaliel.
Ainda jovem Paulo participou, em Jerusalém, no apedrejamento de Estêvão, um dos primeiros sete Diáconos, de origem helenista, um seguidor da doutrina de Jesus Cristo. E desde então Paulo converter-se-á num feroz perseguidor dos sequazes de Cristo, com o argumento da defesa da "tradição dos pais" e da lei mosaica, que ele via ameaçada com as novas doutrinas dos seguidores de Jesus. Foi precisamente numa dessas viagens persecutórias, a caminho de Damasco, que se dá o encontro com Cristo, e a respectiva conversão de Saulo, que muda o nome para Paulo, como sinal da missão que o Senhor lhe confia.
Após muitos anos de actividade missionária, com três grandes viagens apostólicas descritas no livro dos Actos do Apóstolos (incluindo Grécia, Macedónia e Ásia Menor nos itinerários), onde fundou diversas comunidades, foi preso em Jerusalém por volta do ano 61 d.C. sob a falsa acusação de estar a admitir gentios no Templo de Jerusalém, o que era punido com a morte pelos judeus. Conseguindo desvencilhar-se das mãos das autoridades do templo, e apelou para o Imperador, sendo enviado a Roma, onde, após um naufrágio e uma rápida paragem na Ilha de Malta, teria sido julgado, tendo sido libertado depois de dois anos de prisão.
Contudo traído por um ferreiro, de nome Alexandre, foi repentinamente preso e, mais uma vez, reenviado a Roma, sendo encarcerado na prisão Mamertina.
Foi julgado e condenado à morte por Nero que, então perseguia ferozmente os cristãos. Porque tinha a cidadania romana, não foi crucificado, mas sim decapitado por volta do ano 64 d.C.,
O nome de Paulo aparece como autor de 13 cartas do Novo Testamento dirigidas às diversas comunidades cristãs por ele fundadas.
Chama n.º 719 I 28 Junho ‘09

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O funeral do Pe. Pereira

Cumprindo o nosso dever com esperança pascal, informamos que o funeral do P. António José Pereira, nosso irmão Carmelita, se realiza-se hoje às 18:30, no Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Morreu o Pe Pereira

Esta tarde, Frei António José Pereira, 68 anos, carmelita descalço faleceu no Hospital de S. João no Porto, vítima de doença prolongada. Era natural de Soutelo do Douro, S. João da Pesqueira.
Foi conventual desta comunidade de Aveiro durante 2 triénios no inícios dos anos 80.
O funeral será em dia e hora ainda a determinar, no Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas.
Confiamos que com júbilo celebre no céu a Festa do Precursor da Alegria.

sábado, 20 de junho de 2009

AVISOS

QUARTA I 24
Solenidade do Nascimento de São João Baptista Sagrado

QUINTA I 25
Quinta-feira do Menino Jesus

» 18H.00: Os Meninos do Clube do menino Jesus rezam a coroinha em honra do Divino Infante. Convidamos a trazer as vossas crianças para participar nesta oração.

DOMINGO I 28
Dia da Igreja Diocesana
As celebrações terão lugar no Santuário de Nossa Senhora de Vagos

Estão abertas as inscrições para a Peregrinação Carmelitana a Fátima que se realiza no dia 4 de Julho, Sábado e 5 de Julho, Domingo.

Viagem ao sul de Itália
De 18 a 25 de Julho vai realizar-se uma viagem a Itália , visitando Roma * Monte Cassino * Nápoles * Pompeia * S. Giovanni Rotondo * Lanciano (Milagre Eucaristico) * Loreto * Assis, etc.

O ANO SACERDOTAL

Ao celebrarmos o 150º aniversário da morte do santo Cura d’Ars, São João Maria Vianney, que será proclamado padroeiro de todos os sacerdotes do mundo, o Papa convocou um Ano Sacerdotal. A abertura do mesmo ocorreu na passada Sexta-feira, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Relacionado com o mesmo, aqui deixamos um excerto da mensagem do Prefeito da Congregação do Clero, o Cardeal Cláudio Hummes.
"Caros Sacerdotes:
O Ano Sacerdotal, anunciado por nosso amado Papa Bento XVI, para celebrar o 150º aniversário da morte de S. João Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars, está às portas. O Santo Padre [presidiu à abertura do mesmo] no dia 19 de Junho, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e Dia Mundial de oração pela santificação dos sacerdotes.
Deverá ser um ano positivo e propositivo, em que a Igreja quer dizer antes de tudo aos sacerdotes, mas também a todos os cristãos, à sociedade mundial, através dos meios de comunicação global, que ela se orgulha de seus sacerdotes, os ama, os venera, os admira e reconhece com gratidão o seu trabalho pastoral e o seu testemunho de vida. Realmente, os sacerdotes são importantes não só pelo que fazem, mas também pelo que são. Na sua imensa maioria, os sacerdotes são pessoas muito dignas, dedicadas ao ministério, homens de oração e de caridade pastoral, que investem toda a sua vida na realização de sua vocação e missão, muitas vezes com grandes sacrifícios pessoais, mas sempre com amor autêntico a Jesus Cristo, à Igreja e ao povo, solidários com os pobres e os que sofrem. Por isso, a Igreja está orgulhosa dos seus sacerdotes em todo o mundo.
Que Este ano seja também ocasião para um período de intenso aprofundamento da identidade sacerdotal, da teologia do sacerdócio católico e do sentido extraordinário da vocação e da missão dos sacerdotes na Igreja e na sociedade. Isso exigirá congressos de estudo, jornadas de reflexão, exercícios espirituais específicos, conferências e semanas teológicas nas nossa faculdades eclesiásticas, pesquisas científicas e respectivas publicações.
O Santo Padre, no seu discurso de anúncio, durante a Assembleia Plenária da Congregação para o Clero, a 16 de Março, disse que com este ano especial pretende-se "favorecer esta tensão dos sacerdotes para a perfeição espiritual da qual sobretudo depende a eficácia do seu ministério". Por esta razão, deve ser, de modo muito especial, um ano de oração dos sacerdotes, com eles e por eles, um ano de renovação da espiritualidade do presbitério e de cada presbítero. A adoração eucarística pela santificação dos sacerdotes e a maternidade espiritual das monjas clausura, das religiosas consagradas e de leigas referente a sacerdotes, como já proposto, tempos atrás, pela Congregação para o Clero, poderiam ser desenvolvidas com frutos reais de santificação.
Seja um ano em que se examinem de novo as condições concretas e a sustentação material em que vivem nossos sacerdotes, às vezes submetidos a situações de dura pobreza.
Seja, ao mesmo tempo, um ano de celebrações religiosas e públicas, que levem o povo, as comunidades católicas locais, a rezar, a meditar, a festejar e a prestar uma justa homenagem aos seus sacerdotes. A festa na comunidade eclesial constitui uma expressão muito cordial, que exprime e nutre a alegria cristã, uma alegria que brota da certeza de que Deus nos ama e festeja connosco. Será uma oportunidade para desenvolver a comunhão e a amizade dos sacerdotes com a comunidade que lhes foi confiada.
Muitos outros aspectos e iniciativas poderiam ser nomeados para enriquecer o Ano Sacerdotal. Aqui deverá entrar a justa criatividade das Igrejas locais. Por esta razão, convém que cada Conferência Episcopal, cada Diocese, cada Paróquia e cada comunidade local estabeleçam, quanto antes, um verdadeiro e próprio programa para este ano especial. Obviamente, será muito importante começar o ano com um evento significativo. As Igrejas locais são convidadas a participar, de algum modo, quiçá com um acto litúrgico específico e festivo. Deus, sem dúvida, abençoará este empenho com grande amor. E a Santíssima Virgem Maria, Rainha do Clero, intercederá por todos vós, caros sacerdotes!"
Esperamos que este Ano Sacerdotal produza abundantes frutos.
Chama nº 718 I 21 Junho ‘09

sábado, 13 de junho de 2009

AVISOS

SEXTA I 19
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
* Exposição e Adoração do Santíssimo desde as 15H.00 até às 22H.00
* Início do Ano Sacerdotal 2009

SÁBADO I 20
Imaculado Coração da Virgem Santa Maria (MO)

CONVÍVIO DO CARMO (SARDINHADA)
No próximo Sábado, dia 20, vamos realizar o Convívio do Carmo, a partir das 20H.00. Será no recinto anexo ao Antigo Convento, e como é habitual haverá sardinha assada, fêveras, broa, caldo verde e certamente um bom vinho para acompanhar. Contamos com a tua presença.

Estão abertas as inscrições para a Peregrinação Carmelitana a Fátima que se realiza no dia 4 e 5 de Julho.

Viagem ao sul de Itália
De 18 a 25 de Julho vai realizar-se uma viagem a Itália , visitando Roma * Monte Cassino * Nápoles * Pompeia * S. Giovanni Rotondo * Lanciano (Milagre Eucaristico) * Loreto * Assis, etc.

O CORAÇÃO DE JESUS

Na próxima Sexta-feira, dia 19, celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. A Vida de Jesus é um hino ao amor, mas, Jesus no seu coração é a profundidade mesma do homem. N’Ele está a fonte do Espírito que brota como água fecunda até à vida eterna.

Una pessoa com coração é uma pessoa profunda e ao mesmo tempo próxima, compreensivo, capaz de sentir emoções e de ir ao fundo das coisas e dos acontecimentos.
O coração tem simbolizado para a grande maioria de das culturas o centro da pessoa, donde volta à unidade e concentra a múltipla complexidade das suas faculdades, dimensões, níveis, estratos: o espiritual o material, o afectivo y o racional, o instintivo e o intelectual. Uma pessoa com coração é, no a dominada pelo sentimentalismo mas sim a que alcançou uma unidade y una coerência, um equilíbrio de maturidade que lhe permite ser objectivo e cordial, lúcido y apaixonado, instintivo y racional; e a que nunca é fria mas sempre cordial, não é cega mas sim sempre realista.
Ter coração equivale para os antigos ser uma pessoa íntegra.
Em fim, o coração é o símbolo da profundidade. Só quem chegou a uma harmonia consciente com fundo do seu ser, consegue alcançar a unidade a maturidade pessoal.
Jesus, o homem para os demais, tem coração porque toda sua vida é como um fruto amadurecido, um fruto suculento de sabedoria e santidade. O seu coração não é de pedra mas sim de carne. A sua vida é um sinal do bem amar, do saber amar.
Mas sobretudo, Jesus no seu coração é a profundidade mesma do homem. N’Ele está a fonte do Espírito que brota como água fecunda até à vida eterna.
Ao celebrarmos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, outra coisa não fazemos que contemplar a humanidade de Jesus.
Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: "Beberemos da água que brotaria de seu Coração....quando saiu sangue e água"
Na Idade Média começaram a considera-Lo como modelo de nosso amor, paciente pelos nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-lhe o nosso coração (santas Lutgarda, Matilde, Gertrudes a Grande, Margarita de Cortona, Ângela de Foligno, São Boaventura, etc.).
No século XVII estava muito expandida esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração.
Em 1673, Santa Margarida Maria de Alacoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar um grupo de apóstolos desta devoção. Com o seu zelo e empenho conseguiram um enorme impacto na Igreja.
Foram divulgados inúmeros livros e imagens.
As associações do Sagrado Coração subiram n um século, desde meados do XVIII, de 1000 a 100000; umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram fundados para expandir a sua devoção nas mais variadas formas.
O apostolado da Oração, que pretende conseguir a nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo, passando de um milhão na Espanha; as suas 200 revistas tinham 15 milhões de assinantes, tornando-se na instituição do mundo.
A aposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII por parte dos jansenistas, e recebeu um forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773).
Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração; o imperador da Áustria deu ordem que retirasssem de todas as Igrejas e capelas as suas imagens. Nos seminários era ensinado: "a festa do Sagrado Coração provocou um grave mancha sobre a religião".
A Europa oficial rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução francesa e das guerras napoleónicas. Mas depois da purificação, ressurgiu de novo com mais força que nunca.
Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus.
Em Portugal a sua devoção surge o mais tardar em 1728, ano em que D. Maria I recebeu um rescripto que tornava a sua festa obrigatória em todo o Reino, e a mesma rainha ergueu a basílica da Estrela, em Lisboa, em honra do Sagrado Coração de Jesus.

Chama nº 717 I 14 Junho ‘09

sábado, 6 de junho de 2009

O CORPO E O CORAÇÃO

Na próxima Quinta-feira, dia 11 de Junho, celebramos a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, mais conhecida entre nós portugueses, como a Festa do Corpo de Deus. Neste dia Santo de guarda, e simultaneamente feriado nacional, um dos chamados "dias que brilhavam mais que o Sol" somos convidados a meditar sobre o dom da Eucaristia.
Quando falamos do Corpo de Deus, e o imaginamos como o corpo humano logo nos vem à mente necessidade desse corpo ter um coração!
Assim pensou Santa Teresinha do Menino Jesus, quando quis encontrar a sua missão na Igreja composta por muitos membros e ela escolheu ser o "coração", e então exclama: "No Coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o Amor".
Unida à Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, há na Igreja a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, instituída na Sexta-feira seguinte à festa do Corpo de Deus, de acordo com o pedido que Jesus fez a Santa Maria Margarida Aloque.
As relíquias desta Santa, a quem o Sagrado Coração de Jesus apareceu em várias ocasiões se revelou, vieram a Portugal para estar presentes nas comemorações do Cinquentenário da Inauguração do Monumento-Santuário de Cristo Rei erguido em Almada, e simultaneamente para percorrer as dioceses portuguesas.
Por feliz coincidência estarão na nossa diocese no dia do Corpo de Deus, pelo que podemos dizer que se vão encontrar o Corpo e o Coração.
Assim chegarão à Sé de Aveiro no próximo dia 10, às 10H.30. Daí sairão às 21H00 para o Seminário de Aveiro, onde terá lugar uma Vigília de Oração às 21H.30, presidida pelo Sr. D. António Francisco dos Santos.
No dia 11, festa do Corpo de Deus estarão para Veneração, desde as 12H.00 até às 18H.30, no Carmelo de Cristo Redentor, em São Bernardo, partindo então para os a Casa dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), onde se manterão até ao dia seguinte. Aí, no dia 12, será celebrada; às 10H.00, Eucaristia Votiva do Coração de Jesus, e após a celebração da a Hora de Nona às 15H.00, partirão para a Diocese de Braga.
Os devotos do Sagrado Coração de Jesus têm uma oportunidade para Lhe manifestar o seu amor!  

AVISOS

QUARTA I 10
Santo Anjo da Guarda de Portugal (MO)

* Em cerimónia presidida pelo Sr. Bispo e Aveiro no jardim do Coração de Maria será feita a renovação da Consagração da Cidade de Aveiro.

QUINTA I 11
Solenidade do CORPO DE DEUS
É Dia Santo de Guarda, sendo o horário das missas o mesmo dos domingos. Assim haverá missa às 10h.00; 11h.30 e 18H.30. A missa das 18H.30 de Quarta-feira serve para cumprir o preceito.
* 16H.00 : Missa na Sé, seguida da Procissão do Corpo de Deus.

SÁBADO I 13
Santo António de Lisboa, doutor da Igreja (Festa)
* 16H.30: Reunião de avaliação do Ano Pastoral.

Estão abertas as inscrições para a Peregrinação Carmelitana a Fátima que se realiza no dia 4 de Julho, Sábado

O ROSTO DE DEUS

A Liturgia deste Domingo da Santíssima Trindade convida-nos "ver" um Deus diferente; diferente da imagem de Deus oferecida por outras religiões, que também dizem adorar o Deus Único e Criador. A Trindade é Deus-Pai que está nos céus, é Deus-Palavra que se nos revela, é Deus-Espírito que continua no nosso interior a presença do nosso irmão Jesus Cristo e faz com que Deus seja realmente um Deus próximo, um Deus-connosco.

Neste Domingo, o primeiro após a Solenidade de Pentecostes, celebramos a festa da Santíssima Trindade. Talvez para muitos cristãos, mormente os que se julgam mais esclarecidos, possa parecer estranho ter sido instituída uma festa específica em honra da Santíssima Trindade, pois a mesmo pode parecer desnecessária. De facto a teologia Ocidental ou Latina apresenta a Trindade de um modo bastante metafísico: Três pessoas distintas, mas uma só natureza divina. É que por muitos esforços que se façam esta concepção continua a ser muito abstracta.
Não sabemos ao certo quando esta festa foi introduzida na Igreja. No entanto já no século IX encontramos igrejas dedicadas à Santíssima Trindade, como é o caso do mosteiro de São Bento de Aniano. No entanto pouco se encontra acerca da instituição desta festa. Contudo já no ano 1030 se celebrava a festa da Santíssima Trindade, que rapidamente se propagou pela Igreja ainda que tenha encontrado a oposição de muitos bispos e inclusive tenha tido a oposição do papa Alexandre II no século XII. Mas apesar de tudo isso, a festa continuou a celebrar-se sendo cada vez mais do agrado dos fiéis, sendo finalmente aprovada pelo papa João XXII no ano 1334, estendendo a sua celebração à Igreja Universal, tendo sido fixada no Domingo a seguir ao Pentecostes.
A Liturgia deste Domingo da Santíssima Trindade convida-nos "ver" um Deus diferente; diferente da imagem de Deus oferecida por outras religiões, que também dizem adorar o Deus Único e Criador, mas também diferente da Teologia Especulativa. A liturgia, quer a latina quer a oriental, não se cansam de mostrar a actividade das Três Pessoas divinas na obra da salvação e na reconstrução do mundo, mas a teologia grega tem a vantagem de expor de uma maneira vital o que é a Trindade.
Já Israel nos oferece uma imagem diferente da que tinham os povos de então. No trecho do livro do Deuteronómio que a Liturgia hoje nos oferece, vemos que o povo hebreu chega ao conhecimento de Deus, não pela via da inteligência mas através da História: "Quem é Deus? Recorda a tua história, Israel, e contempla como Ele se comportou contigo; reconhece, pois, hoje, e contempla no teu coração que o Senhor é o único Deus…, e segue os caminhos que Ele te indica para que sejas feliz". É um Deus que intervém pessoalmente na acção da história livrando-o da escravidão. E assim surge o contraste do Deus de Israel com o deus dos povos vizinhos: Israel experimentou Deus através da sua realidade histórica.
O livro do Deuteronómio apresenta-nos aquilo que Israel considerava a sua grande honra, o seu grande tesouro: ter um Deus próximo do povo, um Deus que falou ao povo por Sua iniciativa. A mesma prerrogativa tem a liturgia: mostrar-nos a actividade das Pessoas Divinas. Já desde os primeiros tempos da Igreja, a Liturgia faz finca-pé na actividade da Trindade ou no nosso louvor em sua honra. Assim o vemos nas doxologias, como o Glória ao Pai..., alguns hinos antigos t como o Glória a Deus nas alturas ou o "Te Deum", etc. Mas a honra de Israel não era mais que a preparação para o que essa honra em plenitude não fosse já de um povo, mas sim de toda a humanidade: Deus não é já somente o Deus que se aproxima, mas é o Deus que se faz um de nós; Deus não liberta já o povo desde fora, mas liberta os homens colocando-se junto deles; Deus já não diz aos homens o que é que têm que fazer, mas veio aqui à terra mostrar-nos o que devemos fazer! Deus é mesmo assim; Deus não é somente Deus-Pai que está nos céus, mas também é Deus-Palavra que se nos revela. Esta proximidade tem uma nova nuance. Jesus Cristo, o Deus-Palavra, diz: "Eu estou convosco todos os dias, até ao fim dos tempos". Está connosco não como una recordação, mas como algo muito profundo que se entranha no coração de cada homem. O seu Espírito penetrou no nosso interior e converte-nos em filhos como Ele. Temos igualmente aquele Espírito que une Jesus ao Pai, o Espírito que não deixou que Ele experimentasse a corrupção do sepulcro.
A Trindade é tudo isto: é Deus-Pai que está nos céus, é Deus-Palavra que se nos revela, é Deus-Espírito que continua no nosso interior a presença do nosso irmão Jesus Cristo e faz com que Deus seja realmente um Deus próximo, um Deus-connosco.
Chama nº 716 I 07 Junho ‘09