sábado, 28 de maio de 2011

AVISOS

TERÇA | 31
Visitação de Nossa Senhora (Festa)

QUARTA | 01
São Justino, mártir  (MO) 

QUINTA | 02
Quinta-feira da Ascensão do Senhor
»  17H.45: Exposição e Adoração do Santíssimo. Neste   oração, orientado pelos Ministros Extraordinários da Comunhão, rezaremos pelas vocações, e de um modo especial pelas vocações à nossa  Ordem e à nossa Província. 
» 18h.30: Celebração das Rogações
» Após a Eucaristia da tarde o Santíssimo ficará Exposto até às 21h.45

SEXTA | 03
São Carlos Lwanga e Comapnheiros, mártires  (MO)  

Peregrinação Nacional ao  Santuário do Menino Jesus de Praga. 
As pessoas que se inscreveram para a  Peregrinação ao Santuário do Menino Jesus de Praga já podem levantar os respectivos bilhetes.
A partida será no próximo Domingo, dia 5, às 7h.30, junto à pastelaria “Latina”.

Chama n.º 798 | 29 Maio ‘11

COMENTÁRIO

Continuamos a viver o tempo Pascal, e o nosso olhar enfrenta um pequeno dilema: não sabemos se olhar par trás, ou seja, para a Ressurreição do Senhor, ou  mirar em frente, isto é para a Ascensão do Senhor ao Céu, e a consequente vinda do Espírito Santo, uma promessa do Mestre!
Também o trecho do Evangelho deste Domingo se proporciona a pequenos equívocos, porque foi proferido no contexto da Última Ceia, sendo então um discurso de despedida antes do suplício do Calvário, no entanto,  podemos ser tentados a situá-lo imediatamente antes da Ascensão.
Contudo, esses pormenores pouco interessam, porque o mais importante é a mensagem que hoje Jesus nos transmite.
Ele vai dar-nos a maior prova de amor, e, embora, nada pedisse em troca, para que não se derramassem inúteis lágrimas de despida, diz aos seus amigos:  “Se  Me amardes, guardareis os meus mandamentos”.
Hoje os adolescentes e os jovens, e não só, pensam que são amados quando alguém, de quem gostam,  lhe oferece um ramo de flores, quando recebe um presente ou um felicitação no seu aniversário.
Jesus não espera dos amigos nada disso, porque tudo isso é efémero, murcha e facilmente se esquece; Ele prefere que ponhamos em prática os seus ensinamentos, que guardemos os seus mandamentos, que se  resumem no amor a Deus e ao próximo!
Seguidamente Jesus promete aos seus discípulos: “Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós”.
Esta promessa de Jesus, de regressar, não se refere, neste contexto de despedida na Última Ceia, à sua vinda gloriosa no fim dos tempos, mas sim ao seu regresso à vida, após a morte, com a sua Ressurreição. Por isso diz “dentro de pouco”, ou seja  três dias depois da  sua morte, ainda que nem seja reconhecido por todos, pois até os próprios discípulos tiveram dificuldade em O reconhecer nas diversas aparições!
Embora proferidas  em ordem à sua Ressurreição  estas palavras de Jesus hoje são um convite a  prepararmo-nos para a festa do Pentecostes, a vinda do Espírito Paráclito.

Chama n.º 798 | 29 Maio ‘11

CAMINHAR COM MARIA

Estamos prestes a encerrar o mês de Maio, o mês de Maria. Por feliz escolha da Congregação para a Liturgia  no último dia do mês, dia 31, celebramos a festa da Visitação de Nossa Senhora.
Como Maria se pôs a caminho, mal soube que Isabel estava para ser mãe, também nós devemos pôr-nos a caminho para ajudar os nossos irmãos que necessitam de nós.
Somos, enfim, convidados a caminhar como[o] Maria!

Estamos a chegar ao fim do mês de Maio, o mês de Maria que encerramos com a festa litúrgica da Visitação de Nossa Senhora.
Ainda Maria não estava refeita da Anunciação do Anjo, mal compreendera as palavras que o mesmo lhe dirigira, em que anunciava a sua maternidade, tão inesperada como inexplicável, pois ela “ não conhecia varão”, e ainda mais misteriosa, pois o filho que ela ia gerar “será chamado Filho do Altíssimo”! Mas, o Anjo não se ficara por aqui, talvez para lhe mostrar que a Deus nada é impossível, comunica-lhe que a sua parenta Isabel, que certamente a jovem Maria não conhecia, apesar de ser de avançada idade, também esperava um filho na sua idosa esterilidade.
Maria tinha razões mais que suficientes para cuidar de si mesma, para permanecer tranquila em Nazaré. Necessitava de tempo para assimilar a sua inesperada maternidade. Ninguém podia exigir-lhe que, depois do susto, não reservasse para si alguns momentos para meditar em tudo o que estava a acontecer.
No entanto, ela deixou a aldeia de Nazaré e, sem pensar duas vezes, “apressadamente” diz São Lucas, pôs-se a caminho em direcção a Ain Karim, a povoação da sua parenta Isabel. Não se tinha ainda recuperado do assombro causado pelo anúncio do Anjo e já estava 
pensando na maneira concreta de dar uma ajuda. Os 160 quilómetros que separam Nazaré de Ain Karim foram testemunhas dos passos decididos de uma jovem solidária.
Na sua humildade e simplicidade, entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. Não o fez fazendo-se a importante, queixando-se da quantidade de coisas que teve de deixar em Nazaré para a vir colocar-se ao serviço de Isabel, pondo uma cara de sofrimento, exigindo subtilmente o reconhecimento. Ela entrou saudando; isto é, oferecendo com as mãos cheias a graça e a paz. Transbordou tanta alegria que inclusive o menino que Isabel trazia no ventre se sentiu afectado por essas ondas misteriosas de entusiasmo.
E Maria, como resposta entoa o cântico dos humildes, o “Magnificat”: 
“A minha alma glorifica o Senhor, e o meu  espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para a sua humilde serva. De hoje em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada porque o Senhor olhou para a humildade da sua serva.”
Temos também que aprender a caminhar com(o) Maria. Como ela, todos nós temos os nossos problemas. Talvez não sejam muito grandes, mas mais de uma vez ter-nos-ão servido de pretexto para nos desculparmos, para não complicarmos mais a nossa vida. 
Encontramos tantas razões para nos esquivarmos a ajudar o nosso próximo: Estamos cansados, por isso deixei-nos descansar um pouco mais… e por isso não participamos na Eucaristia dominical; o dinheiro não estica … e, então, recusamos a partilha; as forças vão-nos faltando… e não nos dispomos a visitar o idoso que vive sozinho ou a vizinha que está doente!
De facto vivemos num mundo caracterizado por um profundo egoísmo, onde cada um procura olhar para o seu “umbigo”. Encontramos mil e uma desculpas para cruzarmos os braços, pois, embora, conscientes de que as pessoas que estão ao nosso lado têm tantas dificuldades, sempre encontramos uma justificação: “E, quem é que vai resolver os meus problemas?”.
Olhar para Maria é aprender como Ela a fazer a vontade do Pai; é saber dizer “sim”, mesmo quando o que nos é pedido ultrapasse a nossa inteligência e o nosso entendimento! Mas é também saber estar atento às necessidades dos nossos irmãos. 
Na anunciação Ela teve presente todos os homens, que desde Adão e Eva, estavam privados do paraíso. Na Visitação Ela olha individualmente para cada ser, e vai ao seu encontro, colocando-se ao seu dispor naquilo que ele necessitar.
O gesto de Maria, na visita à sua prima Isabel, não é um acto solitário, pois toda a sua vida Ela estará ao lado dos homens como o fez em Caná ou junto à Cruz de Jesus!
Caminhar com Maria é aproximar-se de Deus, é viver o Evangelho na alegria, mas a união com Deus não nos deve impedir de olhar para o nosso próximo e de estender a mão  a todo o necessitado mesmo que na sua vergonha não o manifeste! 

Chama n.º 798 | 29 Maio ‘11

sábado, 21 de maio de 2011

AVISOS

QUARTA | 25
Santa Maria Madalena de Pazzi, virgem (MO)

QUINTA | 26
Quinta-feira do Menino Jesus
São Filipe de Néri, presbítero (MO)
»  18h.00: O Clube do Menino Jesus reza a coroinha em honra do seu Patrono.
Honremos, o Menino-Deus que também derramará  sobre nós as suas bênções.

Mês de Maria
Neste mês de Maio, durante a semana, procuraremos, solenizar a Oração do Terço em honra  de Nossa  Senhora. E desde já convidamos os fiéis a particiapar nesta oração Mariana.

Peregrinação Nacional ao Santuário do Menino Jesus de Praga. 
Encontram-se abertas as inscrições ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas, Marco de Canaveses,  que terá lugar no dia 5 de Junho p. f. Embora coincida com as eleições, procuraremos   regressar a tempo de os peregrinos poderem de votar.
As mesmas podem ser feitas na sacristia, sendo o preço da viagem €10.00.

Chama n.º 797 | 22 Maio ‘11

B. Maria Clara do Menino Jesus

A Igreja está em festa! Portugal está em festa!
Ontem a nossa Pátria escreveu mais uma página gloriosa da sua História, com a beatificação da Irmã Maria Clara do Menino Jesus, em cerimónia realizada em Lisboa e presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo.
A Nova Bem-aventurada nasceu na Amadora, Diocese de Lisboa, a 15 de Junho de 1843, tendo recebido no  Baptismo o nome de  Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque 
Recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
No dia 10 de Fevereiro de 1870 a “Irmã Clara”  foi enviada para Calais, França, para fazer o noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação.
Abriu a primeira comunidade das Franciscanas Hospitaleiras em S. Patrício,  Lisboa, no dia 3 de Maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de Março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.
A «Mãe Clara», como é popularmente conhecida, morreu em Lisboa, no dia 1 de Dezembro de 1899 e o processo de canonização viria a iniciar-se em 1995.
Os seus restos mortais repousam na Cripta da Casa-Mãe da Congregação, em Linda-a-Pastora, onde acorrem inúmeros devotos a implorar a sua intercessão junto de Deus.
O milagre atribuído à religiosa ocorreu a 12 de Novembro de 2003, em Baiona (Espanha), numa “devota” que, em 1998, foi ao seu túmulo e pediu a cura de um pioderma gangrenoso (doença cutânea ulcerativa).
A nova Beata vem juntar-se, assim, a cinco portugueses beatificados nos últimos dez anos: os Pastorinhos Francisco e Jacinta, de Fátima (13 de Maio de 2000); frei Bartolomeu dos Mártires (4 de Novembro de 2001); Alexandrina de Balasar (25 de Abril de 2004, no Vaticano) e Rita Amada de Jesus (28 de Maio de 2006, em Viseu). Também neste período foi  canonizado São Nuno de Santa Maria (26 de Abril de 2009) e foi beatificado o Imperador Carlos de Áustria (3 de Outubro de 2004), que faleceu no Funchal.
Louvemos  o Senhor por mais este modelo de santidade, e pelo legado que nos deixou na obra de suas filhas, as Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

Chama nº 797 | 22 Maio ‘11

VISÕES E COMPROMISSO

Embora vivamos num mundo macerado pelo consumismo e pelo laicismo, há, no entanto, muitos cristãos  ávidos de novas “revelações”, e correm céleres para os locais onde supostamente houve uma “aparição”. Respeitamos  essas pessoas, mas  seria preferível, que cada cristão se   disponibilizasse e empenhasse, antes, a exercer um serviço na Igreja à semelhança dos primeiros Diáconos.

Os jornais não o noticiaram e, parece-me que também não mereceu qualquer espaço nos blocos informativos dos nossos canais de televisão. Talvez, se tivesse ocorrido nos Estados Unidos da América os nossos “mass media” tivessem feito disso notícia, como, infelizmente temos constatado em algumas “peças jornalísticas”  que unicamente nos são oferecidas porque ocorrem em países onde se encontram os “correspondentes” ou os “enviados especiais” das estações televisivas.
Desta vez aconteceu em Fátima, e até lá estavam, pelo menos duas estações de televisão nacionais a fazer a transmissão! Sim, aconteceu em Fátima, e embora não tivéssemos estado presentes, alguém que nem sequer conhecemos pessoalmente, e certamente sem a menor pretensão, nos enviou uma mensagem para o nosso endereço electrónico, como o fizera para muitos amigos. 
Passo a transcrever:
“Partimos rumo a Fátima, agradecer pelas melhoras do nosso Guillaume, por este já estar consciente e pedir a sua plena recuperação. A caminhada até ao Santuário dos Milagres não foi fácil, fazia tanto calor, cheguei mesmo a sentir-me muito mal, por causa das quedas de tensão e a pensar que não conseguiria lá chegar, mas conseguimos chegar a tempo à recitação do Terço e á Procissão das velas. As cerimónias não terminaram aqui e a noite de vigília foi linda e passou muito depressa, pudemos participar em várias missas, recitações do terço e procissões. 
A missa do dia treze, era aguardada com grande ansiedade por milhares de peregrinos (cerca de 35 mil peregrinos, de 25 países, chegaram a pé até Fátima) e muitos, passaram a noite a “guardar o lugar”, para verem passar por perto a imagem linda de Nossa Senhora de Fátima. A procissão, teve início pelas 10h00 e a seguir assistimos à tradicional missa do 13 de Maio, debaixo de um sol escaldante, esta foi celebrada pelo Cardeal americano Sean O’Malley, arcebispo de Boston (EUA), que emocionou todos os presentes. […]
A beatificação do Papa João Paulo II, a 1 de Maio, em Roma, foi o tema central da celebração dos 94 anos das aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos na cova da Iria, no dia 13 de Maio de 1917 e muitos foram os aplausos ao Beato João Paulo II.
Antes da tradicional procissão do adeus, tal como escrevi anteriormente éramos milhares de peregrinos presentes naquele recinto, concentrávamos os nossos olhares nos vários ecrãs onde era exibido um filme de 13 minutos que relatava momentos da vida de João Paulo II e da sua ligação ao Santuário da Cova da Iria. O filme também relembrou o momento em que ele depositou a bala do atentado sofrido na Praça de São Pedro, no Vaticano, no altar de Nossa Senhora de Fátima, levando às lágrimas os milhares de fiéis.
Quando as primeiras imagens do nosso querido Beato João Paulo II, surgiram nos ecrãs, e a sua voz ecoou, dirigimos o olhar para o céu, onde uma auréola, com as cores do arco-íris, circulava o sol, várias andorinhas voavam dentro daquele círculo, foi lindo, é inexplicável. Houve muitas, muitas lágrimas de emoção a rolar pelos  nossos rostos e nos rostos de muitos peregrinos que diziam verem um ‘milagre’, eu mesma exclamei: ‘É um milagre de Deus, o papa veio visitar-nos’, muitas pessoas dirigiam os telemóveis para o sol para registar o momento em fotografia, nós também, mas as fotos que temos, não são comparáveis ao que pudemos presenciar ali. Tal como já disse é inexplicável, tenho consciência de que as pessoas que não são crentes irão associar o que ali se passou, a um fenómeno meteorológico, mas eu afirmo que é demasiada coincidência.”
Este foi um fenómeno (não lhe chamaria “milagre”), testemunhado  por muitas outras pessoas.
Estou em crer que se o fenómeno fosse previamente anunciado, como fora o denominado “milagre do Sol” de Outubro de 1917, muitos mais milhares de pessoas ter-se-iam deslocado a Fátima.
De facto há muitas pessoas, que se dizem cristãs, que vivem apegadas a revelações e  à procura de manifestações divinas! Acorrem a todos os locais onde há presumíveis aparições, e esquecem-se de fazer da sua vida um “evangelho vivo”.
Neste Quinto Domingo de Páscoa, o trecho do livro dos Actos dos Apóstolos, convida-nos a exercer graciosa e desinteressadamente o nosso ministério.
Perante um desentendimento entre cristãos devido às suas origens, onde as viúvas de uma facção eram bem atendidas, ao contrário do que acontecia com as viúvas helenistas, os Apóstolos, porque acharam que era preferível continuar a pregar a Palavra de Deus, decidiram escolher, de acordo com a comunidade, sete homens “de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria” para desempenhar o “serviço das mesas”, nascendo assim o ministério da diaconia.  
Hoje, sem descurar o aprofundamento da nossa fé,  devemos estar disponíveis para exercer o ministério em favor dos irmãos!  

Chama n.º 797 | 22 Maio ‘11

sábado, 14 de maio de 2011

AVISOS

DOMINGO | 15
Neste Domingo do Bom Pastor celebramos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
» Exposição do Santíssimo desde as 15h.00 até às 21h.45.
                     
SEGUNDA | 16
São Simão Stock, religioso carmelita a quem Nossa Senhora entregou o Escapulário do Carmo  (MF)

SÁBADO | 21
Beata Maria Clara do Menino Jesus
Em Cerimónia presidida  pelo Cardeal-Patriarca D. José Policarpo, será hoje elevada à glória dos altares a Irmã Maria Clara do Menino Jesus, fundadora das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

Peregrinação ao Menino Jesus de Praga
Encontram-se abertas as inscrições ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas Marco de Canaveses,  que terá lugar no dia 5 de Junho p. f. Embora coincida com as eleições, procuraremos   regressar a tempo de os peregrinos poderem de votar.

Mês de Maio
Continuaremos a  honrar Maria, a Mãe de Deus, rezando o Terço em sua honra às 18h.00

Chama n.º 796 | 15 MAIO'11

COMENTÁRIO

Neste Domingo do Bom Pastor, o trecho do Evangelho que nos é proposto põe mais de relevo a figura da porta, quase esquecendo a figura do pastor.
É evidente que o pastor é uma figura imprescindível para a manutenção do rebanho. É ele quem conduz as ovelhas, as leva aos melhores prados e às fontes refrescantes. Também lhe cabe a tarefa de as defender das feras, especialmente dos lobos, e enfrenta os ladrões! Mas o pastor também é aquele que recolhe as ovelhas no aprisco, abrindo e fechando a porta do mesmo.
Além de se apresentar como “pastor” Cristo também se identifica com a “porta” por onde têm de passar as ovelhas, dizendo, ao mesmo tempo, que aquele que não entra pela porta, mas entra  por qualquer ouro lado, não é o pastor mas sim  ladrão e salteador!
Cristo é o pastor que conhece as suas ovelhas, e estas conhecem a sua voz e por isso O seguem! Ele converteu-se na “porta das ovelhas”,  no único Mediador que pode salvar todos os homens em virtude da sua morte e ressurreição.
Antes de subir para o Pai, Cristo ressuscitado confiou a alguns homens a sua missão pastoral, para que a sua obra salvadora se tornasse eficazmente presente em todas as gerações. Os novos “pastores” não O substituem nem O suplantam; são sinais da sua presença e testemunhas da sua entrega, porque Jesus continua a ser o único e autêntico Pastor, presente na sua Igreja  através da actividade ministerial dos seus representantes.
A todos eles Jesus põe uma condição: “entrar pela porta”, ou seja percorrer o mesmo caminho de Jesus, caminhando à frente do rebanho, numa atitude de serviço e de doação, a exemplo do Mestre, para que como Ele possam ser verdadeiros pastores.
Também os verdadeiros pastores da Igreja têm a obrigação de comunicar a “vida  em abundância” às suas ovelhas, à imitação do Cristo!

Chama n.º 796  | 15 MAIO ‘11

CONHECER, ESCUTAR, ENCONTRAR!

Em Domingo do Bom Pastor, o 4º do Tempo de Páscoa, celebra A Igreja o Dia Mundial de Oração Pelas Vocações. Bento XVI diz, na sua Mensagem, que para seguir a Cristo é necessário conhecê-Lo intimamente, escutá-Lo na Palavra e encontrá-Lo nos Sacramentos. Recorda-nos ainda que o dever de fomentar vocações pertence a toda a comunidade cristã!

A Igreja celebra no 4º Domingo de Páscoa o Dia do Bom Pastor, porque neste Domingo o Evangelho Dominical apresenta-nos um excerto que nos fala de Cristo, como o Bom Pastor. Também muitos fiéis neste dia manifestavam o seu apreço àqueles que tinham a missão de os apascentar, e de uma maneira especial aos seus párocos, cujo título varia de paróquia para paróquia e de região para região! 
Por essa razão este Domingo foi escolhido para comemorar o Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Hoje queremos partilhar convosco alguns excertos da mensagem que Bento XVI, dirigiu a toda a Igreja, e também a cada um de nós, 
O Santo Padre escolheu para este 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o tema: ‘Propor as vocações na Igreja local’, escrevendo:
“A arte de promover e cuidar das vocações encontra um luminoso ponto de referência nas páginas do Evangelho, onde Jesus chama os seus discípulos para O seguir e educa-os com amor e solicitude. Objecto particular da nossa atenção é o modo como Jesus chamou os seus mais íntimos colaboradores a anunciar o Reino de Deus. Para começar, vê-se claramente que o primeiro acto foi a oração por eles: antes de os chamar, Jesus passou a noite sozinho, em oração, à escuta da vontade do Pai, numa elevação interior acima das coisas de todos os dias. A vocação dos discípulos nasce, precisamente, no diálogo íntimo de Jesus com o Pai. As vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente que se eleva ao ‘Dono da messe’ quer nas comunidades paroquiais, quer nas famílias cristãs, quer nos cenáculos vocacionais.”
E Santo Padre prosegue:
“O Senhor, no início da sua vida pública, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: ‘Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens’.
A proposta, que Jesus faz às pessoas ao dizer-lhes ‘Segue-Me!’, é exigente e exaltante: convida-as a entrar na sua amizade, a escutar de perto a sua Palavra e a viver com Ele; ensina-lhes a dedicação total a Deus e à propagação do seu Reino, segundo a lei do Evangelho”. 
Bento XVI continua:
“Também hoje, o seguimento de Cristo é exigente; significa aprender a ter o olhar fixo em Jesus, a conhecê-Lo intimamente, a escutá-Lo na Palavra e a encontrá-Lo nos Sacramentos; significa aprender a conformar a própria vontade à d’Ele. Trata-se de uma verdadeira e própria escola de formação para quantos se preparam para o ministério sacerdotal e a vida consagrada, sob a orientação das autoridades eclesiásticas 
competentes. O Senhor não deixa de chamar, em todas as estações da vida, para partilhar a sua missão e servir a Igreja no ministério ordenado e na vida consagrada.
É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens. 
Sua Santidade recorda-nos quais cabe a todos fomentar as vocações:
“O Concílio Vaticano II, explicitamente, que o ‘dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover sobretudo mediante uma vida plenamente cristã’. Por isso, desejo dirigir uma fraterna saudação de especial encorajamento a quantos colaboram de vários modos nas paróquias com os sacerdotes. Em particular, dirijo-me àqueles que podem oferecer a própria contribuição para a pastoral das vocações: os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores. Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos novos rebentos de vocações sacerdotais. Que as famílias sejam ‘animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade’, capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada”. 
E, conclui:
“A capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local. Invoquemos, com confiança e insistência, a ajuda da Virgem Maria, para que, seguindo o seu exemplo de acolhimento do plano divino da salvação e com a sua eficaz intercessão, se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer ‘sim’ ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe”. 

Chama n.º 796 | 15 MAIO ‘11

sábado, 7 de maio de 2011

AVISOS

DOMINGO | 08
Iniciamos hoje a  XLVIII Semana de Oração pelas Vocações.
                   
QUINTA | 12
Santa Joana Princesa, virgem e Padroeira da Diocese de Aveiro (Solenidade, na cidade de Aveiro, e festa nas demais paróquias).
» 16h00:  Início da Procissão de Santa Joana

SEXTA | 13
Nossa Senhora de Fátima (Festa)

SÁBADO | 14
São Matias,  apóstolo (Festa)

Peregrinação ao Menino Jesus de Praga
Encontram-se abertas as inscrições para a Peregrinação ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas,  que terá lugar no dia 5 de Junho p. f. Embora coincida com as eleições, procuraremos   regressar a tempo de os peregrinos poderem  votar.

Contributo Penitencial
Entregamos na Cúria Diocesana o montante de €1412,60,  montante que fomos recolhendo dos envolpes distribuídos para esse fim.

Chama n.º 795 | 08 MAIO ‘11

CAPÍTULO PROVINCIAL (3)

Como  noticiávamos na Chama Viva da passada semana a comunidade de Aveiro será constituída por três novos religiosos.
Atendendo à sugestão de alguém aqui deixamos alguns dados biográficos dos novos  religiosos que formarão a nova comunidade.
Fr. António Fernando Sá dos Reis, que  será o novo superior, nasceu em 7 de Março de 1948 em Riomeão, concelho de Santa Maria da Feira. Ingressou no Seminário Carmelitano de Viana do Castelo em 1959. Fez o Noviciado em Avessadas e fez os seus estudos teológicos em Vitória (Espanha) e ISET (Porto),   frequentado posteriormente a Pontíficia Universidade Salesiana  (PUS), em Roma.  Fez a sua Profissão Solene no  dia 10 de Junho de 1973, na capela de Santa Anastácia na Foz do Douro (Porto), sendo ordenado sacerdote no dia 21 de Abril de 1974, na Capela do Teresianum, em Roma. 
No triénio passado desempenhou o ofício de Superior na nossa comunidade da Foz do Douro.
O Fr João de Sousa nasceu no dia 1 de maio de 1939 em São Cristóvão de Selho (Pevidém), concelho de Guimarães. Ingressou no nosso Seminário menor em 1953;  fez o noviciado em Larrea (Espanha)  e os estudos teológicos em Vitória (Espanha) e em Begoña-Bilbau, onde emitiu a sua Profissão Solene  em 12 de Março de 1965, tendo sido aí, também, ordenado sacerdote em 18 de Março de 1967.
Foi um dos três primeiros carmelitas que partiram para a missão de Freixiel (Limpopo) em Moçambique, em 1968, regressando a Portugal alguns anos após a independência daquele país.
Nos últimos anos foi conventual de Braga.
Finalmente o Fr. José Carlos Vechina, que alguns já conhecem, nasceu  na Gafanha da Nazaré em 14 de Outubro de 1942. Ingressou no nosso Seminário Preparatório em 1956; fez o noviciado em Avessadas tendo realizado os seus estudos de Filosofia e Teologia em Vitória e em Begoña- Bilbao (Espanha). Fez a sua Profissão Solene em 21 de Dezembro de 1968 em Begoña ( Bilbao), tendo sido ordenado sacerdote no dia 8 de Setembro de 1969 na Gafanha da Nazaré. 
Era conventual de Braga e Pároco de São Vicente, naquela cidade.

Chama n.º 795 | 08 MAIO ‘11

DA CORTE PARA O CONVENTO

Celebramos no próximo dia 12 a Solenidade de Santa Joana Princesa, Padroeira da diocese e cidade de Aveiro. Embora tenha vivido há mais de cinco séculos, nem por isso deixa de ter uma mensagem para os homens de hoje, que poderíamos resumir na renúncia às riquezas e  honras deste mundo, na reafirmação da vida consagrada e na sua opção pelos mais pobres! 

Celebramos no próximo dia 12, Quinta-feira, a Solenidade de Santa Joana Princesa, Padroeira da diocese e cidade de Aveiro. Como todos os Santos, também Santa Joana é filha do seu tempo, e, embora tenha vivido há mais de cinco séculos, nem por isso deixa de ter uma mensagem para os homens de hoje, que poderíamos resumir na renúncia às riquezas e  honras deste mundo, na reafirmação da vida consagrada e na sua opção pelos mais pobres!
Santa Joana nasceu em Lisboa no dia 6 de Fevereiro de 1452, sendo filha do rei D. Afonso V e da sua primeira mulher, D. Isabel.
O seu nascimento causou o maior entusiasmo e alegria na corte, pois era a primogénita, sendo por isso, ainda no berço jurada em cortes por princesa herdeira do reino, título que pela primeira vez se aplicava em Portugal. Até então só os varões poderiam ser jurados príncipes, sendo esta lei  alterada, segundo se crê, por influência  D. Filipa de Lencastre.
Desde muito nova mostrou uma inclinação pela vida religiosa, talvez devido à educação que a sua mãe lhe transmitiu. 
Tinha apenas quinze anos quando faleceu a sua mãe. D. Afonso V entregue-lhe o governo da casa com a mesma grandeza e fausto de outrora, com o respectivo mordomo. Mas a princesa continuou a sua vida  de piedade, sendo admirada por todos pelas suas elevadas virtudes, e pela forma e decoro como aliava à sua vida pessoal os rigores de uma grande austeridade, porque em público parecia uma “princesa”, mas  sob as nobres vestes ocultava a estamenha grosseira, o cilício e outros instrumentos de penitência. Participava nas festas e nas danças com o semblante alegre, mas não perdia um só momento para se entregar com humildade ao jejum, à oração, e sobretudo às muitas esmolas que repartia com largueza, e por sua própria mão, aos pobres. Tinha uma grande devoção à paixão do Senhor, escolhendo como brasão uma coroa de espinhos, mandando-a pintar em todas as salas do seu paço, e fazendo-a gravar em toda a sua baixela, e esmaltar em todas as suas jóias. 
Alguns príncipes pretenderam contrair casamneto com a Princesa, porém ela a todos se negou, porque o seu maior desejo era desposar-se com Cristo.  
Em 1471, quando D. Afonso V regressou da campanha de África, tendo conquistado  Arzila e Tanger, Joana tomou a decisão de cortar com tudo que se opusesse à sua vocação, e de tomar o hábito de religiosa. Esperou o pai, vestida com as melhores roupas, e adornada com as jóias mais belas, beijou-lhe reverentemente a mão, pedindo-lhe que o Rei, seu pai, lhe concedesse,em acto agradecimento a Deus, que lhe permitisse a sua consagração na vida claustral. Embora, contrariado, o D. Afonso V acedeu à vontade de sua filha querida.
Ingressou então no mosteiro de Odivelas, onde já se encontrava a sua tia de D. Filipa de Lencastre, mas desejando abraçar uma vida mais austera e observante, resolveu recolher-se no convento de Jesus, da ordem dominicana na nossa cidade de Aveiro. Entrou solenemente no referido convento a 3 de Agosto de 1472. Passados dois anos e meio após a sua entrada, a 25 de Janeiro de 1475, vestiu o hábito com todas as cerimónias da religião, com a intenção de fazer a sua Profissão.
Esta opção da princesa não foi do agrado de D. Afonso V e de seu filho, o príncipe D. João, que se opuseram energicamente,aliás como os Pares do Reino, pois da decisão da princesa, poderia surgir uma crise política, caso viesse a falecer o Príncipe, pois não haveria sucessor à Coroa.
É verdade que não pode professar, pois uma junta de teólogos (certamente a pedido do Rei) decidiu que Joana em consciência tinha de abandonar tal pretensão, mas ela, impedida de realizar o seu desejo mais profundo, contentou-se em continuar no convento  de Jesus como secular.
Após a morte do pai, e tendo subido ao trono o seu irmão, D. João II, vez voto solene de castidade em 25 de Novembro de 1481, continuando com os rigores conventuais até à sua morte, em 12 de Maio de 1490.
Desde então o povo começou a venerá-la como Santa, tendo sido beatificada a 4 de Abril de 1693, por Inocêncio XII. O Papa Paulo VI proclamou-a Padroeira Principal da Diocese de Aveiro, pelo Breve Sanctitatis Flos de 5 de Janeiro de 1965.

Chama n.º 795 | 08 MAIO ‘11