Neste Domingo do Bom Pastor, o trecho do Evangelho que nos é proposto põe mais de relevo a figura da porta, quase esquecendo a figura do pastor.
É evidente que o pastor é uma figura imprescindível para a manutenção do rebanho. É ele quem conduz as ovelhas, as leva aos melhores prados e às fontes refrescantes. Também lhe cabe a tarefa de as defender das feras, especialmente dos lobos, e enfrenta os ladrões! Mas o pastor também é aquele que recolhe as ovelhas no aprisco, abrindo e fechando a porta do mesmo.
Além de se apresentar como “pastor” Cristo também se identifica com a “porta” por onde têm de passar as ovelhas, dizendo, ao mesmo tempo, que aquele que não entra pela porta, mas entra por qualquer ouro lado, não é o pastor mas sim ladrão e salteador!
Cristo é o pastor que conhece as suas ovelhas, e estas conhecem a sua voz e por isso O seguem! Ele converteu-se na “porta das ovelhas”, no único Mediador que pode salvar todos os homens em virtude da sua morte e ressurreição.
Antes de subir para o Pai, Cristo ressuscitado confiou a alguns homens a sua missão pastoral, para que a sua obra salvadora se tornasse eficazmente presente em todas as gerações. Os novos “pastores” não O substituem nem O suplantam; são sinais da sua presença e testemunhas da sua entrega, porque Jesus continua a ser o único e autêntico Pastor, presente na sua Igreja através da actividade ministerial dos seus representantes.
A todos eles Jesus põe uma condição: “entrar pela porta”, ou seja percorrer o mesmo caminho de Jesus, caminhando à frente do rebanho, numa atitude de serviço e de doação, a exemplo do Mestre, para que como Ele possam ser verdadeiros pastores.
Também os verdadeiros pastores da Igreja têm a obrigação de comunicar a “vida em abundância” às suas ovelhas, à imitação do Cristo!
Chama n.º 796 | 15 MAIO ‘11
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