sábado, 29 de novembro de 2008

ADVENTO

Neste Advento, e neste novo Ano Litúrgico, é tempo de nos encontrarmos com Deus, o Sumo Bem, que nos envia Jesus para sermos herdeiros do seu Reino
Por estas alturas do ano, com o primeiro Domingo do Advento (que ocorre no domingo mais próximo do dia 30 de Novembro), iniciamos um novo Ano Litúrgico, começando, assim, a recordar os acontecimentos mais importantes do plano de salvação de Deus para o homem, sendo o primeiro, naturalmente, o Nascimento de Jesus, a sempre esperada festa do Natal.
A redenção do homem deve-se à Morte e Ressurreição de Jesus, isto é, à Páscoa, mas é lógico celebrar o início dessa grande manifestação do amor de Deus, ou seja, a sua vinda ao mundo, o "ADVENTO".
Natal e Advento não são festas separadas; o Advento nasceu como tempo de preparação para celebrar a festa do natal, assim como a Quaresma em relação à Páscoa.
A Igreja ao celebrar o Advento, convida-nos a meditar na vinda do Senhor. Esta vinda apresenta-se-nos em três dimensões:
Advento Histórico: É a espera em que viveram os povos que ansiavam a vinda do Salvador. Vai desde Adão até à Encarnação, abrangendo todo o Antigo Testamento. Escutar os Profetas, deixa-nos um ensinamento importante para preparar os coração para a chegada do Senhor. Aproximarmo-nos à História é identificarmo-nos com aqueles homens e mulheres que com veemencia ansiavam pela chegada do Messias e a libertaçção que esperavam d’Ele.
Advento Místico: É a preparação moral do homem de hoje para a vinda do Senhor. É o Advento actual; é um tempo propício para a evangelização e para a oração que dispõe o
homem como indivíduo, e a comunidade humana, enquanto Igreja, a aceitar a salvação do Senhor que vem. Jesus é o Senhor que vem constantemente ao encontro do homem. É necessário que o homem tome consciência dessa realidade, para estar com o coração aberto, pronto para que o Senhor entre. O Advento, entendido assim, é de de uma profunda actualidade e importância.
Advento Escatológico: É a preparação para a chegada definitiva do Senhor, no fim dos tempos, quando virá coroar definitivamente a sua obra redentora, dando a cada um segundo as suas obras. A Igreja convida-nos a não esperar este tempo com temor e angústia, mas sim com a firme esperança de que, quando tal acontecer, será a felicidade eterna do homem que aceitou Jesus como o seu Salvador.
O Advento mostra-nos como todo o tempo gira à volta de Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre, pois Cristo é o Senhor do tempo e da História.
Durante o Advento, com os seus quatro domingos, são-nos apresentados quatro temas.
O 1º Domingo convida-nos à vigilância enquanto esperamos a vinda do Senhor, podendo-se sintetisar nas palavras do Evangelho: "Velai e estai preparados, porque não sabeis quando chegará o momento".
No 2º Domingo é-nos proposto o tema da conversão, tendo como pano de fundo a pregação de João Baptista, que se pode resumir na frase: "Preparai os caminhos do Senhor".
No 3º Domingo encontramos o testemunho de Maria, que vive servindo e ajudando o próximo, bem patente nas palavras de Isabel: "E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?".
No 4º Domingo encontramos o anúncio do nascimento de Jesus feito a José e a Maria, e convidando-nos a "aprender de Maria a aceitar Cristo que é a luz do Mundo".
Vivemos num mundo em profundas convulsões, com o qual, também nós cristãos temos de lidar. A felicidade fácil e barata que nos últimos tempos a sociedade nos oferecia, e que muitas vezes levou o homem, mesmo os que se confessavam cristãos, a alhearem-se de Deus, faz-nos voltar à realidade, porque a verdadeira felicidade só a pode dar quem a criou; por isso neste Advento, e neste novo Ano Litúrgico, é tempo de nos encontrarmos com Deus, o Sumo Bem, que nos envia Jesus para sermos herdeiros do seu Reino, como é da sua vontade.

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