segunda-feira, 26 de maio de 2008

NATUREZA, BELEZA DE DEUS!

Estamos a chegar ao fim do mês de Maio, o mês mais primaveril! Percorrendo os nossos campos, contemplando as sementeiras, verificamos que começam a mostrar a pujança da natureza e, de alguma maneira, deixando antever quais irão ser os futuros frutos da terra, que serão, de alguma maneira, as fontes do nosso sustento. Os prados apresentam-se floridos, com as mais variadas cores das flores campestres que dão à natureza um ar festivo. É por isso, creio, que Maio é denominado o mês das flores.
Mas a beleza deste tempo torna-se ainda mais evidente ao escutarmos o chilrear das aves, que no seu alegre convívio juntam as suas vozes para executar um hino à mãe natureza, ao Criador.
Tendo em conta tudo isto estou convencido que foi num ambiente primaveril que Jesus proferiu a parábola que nos é apresentado no trecho do Evangelho, que nos oferece a liturgia deste Domingo.
Neste Domingo do Tempo Comum, Jesus alerta-nos para o perigo do apego ao dinheiro. Naturalmente que se Jesus fez tal reparo é porque o mesmo já existia no seu tempo, e eu diria mais, existe desse sempre, mas creio que hoje se torna muito mais premente.
Jesus começa por dizer-nos: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro”, e continua: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
Deus e o dinheiro correm o perigo de ocupar o mesmo lugar no coração do homem. É verdade que o homem de todos os tempos se sente pequeno diante da Divindade, porque sabe que nada pode, que nada consegue sem a ajuda de Deus. No entanto, muitas vezes acontece que o homem procure substituir Deus por outros deuses, feitos à imagem do próprio homem, e os comece a amá-los, com todas as usas forças. Na linguagem bíblica esses deuses são chamados “ídolos”, isto é pequenos deuses, e há muitos, como por exemplo, o prazer, o clubismo, a paixão política, a bebida, as farras , etc. Mas, como nos lembra o Evangelho de hoje o mais perigoso é o dinheiro!
Por dinheiro o homem é capaz de perder a própria dignidade, de enganar, de roubar, de arruinar a vida dos outros, de perder amizades e até de renunciar ao afecto e amor da esposa e dos próprios filhos! Adorar Deus e o dinheiro torna-se impossível, porque ambos nos dão ordens opostas. Deus manda amar o irmão, dar alimento a quem tem fome, vestir quem está nu, acolher quem não tem um tecto, mas o dinheiro, ao contrário, não olha a meios para conseguir os seus fins: escraviza, explora, persegue, mata, se for necessário! O dinheiro, no entanto, é necessário para
a vida do homem. Mas nossa relação com o mesmo não deve ser a de um escravo não nos deixando subjugar pelo mesmo. É isso que nos recorda o Evangelho, pois devemos viver sem obsessões, pensando no amanhã, já que Deus dá alimento às aves do céu, apesar de viverem sem preocupações, e veste com as roupas mais belas as flores do campo, que têm
uma vida tão efémera. O cristão unicamente se deve preocupar em seguir os caminhos do Senhor, porque na sua bondade e beleza Ele saberá providenciar às suas necessidades quotidianas! Se a natureza nos mostra a beleza de Deus, também cada um de nós deve reflectir a beleza do mesmo Deus, como é do seu agrado!

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