O hino “quid sum miser”, em latim, ou “pobre de mim”, na tradução em portugês, é um hino proposto para a Liturgia das Horas, na última semana do Tempo Comum que se inicia com a Solenidade de Cristo Rei, como aliás, o “dies irae” (dia de ira), que no passado ano, por esta altura, então publicamos na nossa Chama. Tendo em conta que a o homem não se pode salvar pelas suas próprias forças, pois a salvação é um dom de Deus, este hino/poema é o grito do homem impotente, que procura “persuadir” o filho de Deus recordando-Lhe a razão da sua encarnção, já que a bondade de Deus supera em muito o pecado do homem.
Para nossa meditação, aqui o deixamos:
Pobre de mim, que direi,
Que patrono invocarei
Ao ver o justo em temor?
Rei de excelsa majestade,
Que salvais só por bondade,
Salvai-me no vosso amor.
Recordai-Vos, bom Jesus:
Por mim deixastes os Céus,
Não me condeneis então.
A buscar-me Vos cansastes,
Pela Cruz me resgatastes;
Tanta dor não seja em vão.
Justo Juiz do castigo,
Usai de graça comigo
Antes de chegar ao fim.
Como réu envergonhado,
Sinto-me tremer, culpado
Tende compaixão de mim.
Jesus, Deus de majestade,
Vivo esplendor da Trindade,
Contai-nos entre os eleitos.
Amen.
nº 729 I 22 Novembro ‘09
Sem comentários:
Enviar um comentário