sábado, 3 de abril de 2010

RESSUSITOU! ALELUIA!


A Páscoa pede-nos um grande acto de fé. Acreditamos que Cristo vive; cremos que é o nosso Redentor, o Redentor do homem e de todo homem que não O rejeita; cremos que em Cristo temos a verdadeira Vida, porque Ele, venceu a morte, e por isso somos convidados a gritar: Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!

O Sol radiosos iluminava a manhã daquele dia. Centenas de pessoas aclamavam a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Os Discípulos estavam convictos que chegara a hora de Jesus, e que, finalmente, iriam ver recompensado o seu desapego, quando deixaram tudo para seguir Jesus da Galileia; muitos Judeus acreditaram que iria ser implantado o tão desejado Reino Messiânico, e que finalmente os Romanos iriam ser espezinhados, surgindo uma nova era de verdadeira libertação. Enfim, todos sonhavam…
Mas o sonho converteu-se em pesadelo quando chegou o meio-dia, e “as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde”, e o Nazareno, suspenso na Cruz, dando um grande grito, expirou!
Houve lágrimas de júbilo pela morte de Jesus, de parte dos que nunca compreenderam a sua missão, lágrimas de desespero por quem n’Ele, depositara toda a sua esperança, e lágrimas de amor daqueles que O amaram de verdade.
No entanto, “no primeiro dia da semana, ao romper da manhã, as mulheres… foram ao sepulcro; encontraram a pedra do sepulcro removida e ao entrarem não acharam o corpo do Senhor Jesus”. Estando perplexas com o sucedido apareceram-lhes dois homens com
vestes resplandecentes, que lhes disseram: “Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não Está aqui: Ressuscitou!”
É isto que hoje celebramos, a Páscoa, “a festa das festas”, porque é o dia da Ressurreição do Senhor. Por isso, hoje, céus e terra cantam o aleluia, expressão de alegria que significa “louvai ao Senhor”, antigo grito de louvor litúrgico herdado do culto judaico.
Celebramos hoje - depois de escutar vigília da passada noite o anúncio pascal – o acontecimento central de nossa fé: que Cristo, tal como dizemos no Símbolo da fé, o Credo, depois da sua crucifixão, morte e sepultura, “ressuscitou ao terceiro dia”.
Este facto desconcertou em primeiro lugar as mulheres e os próprios Apóstolos, mas depois entenderam o seu sentido: aceitaram um facto histórico e compreenderam o seu sentido salvífico à luz das Escrituras. O corpo de Jesus, morto na Cruz, já não estava ali. Mas, não porque tivesse sido roubado, mas sim porque tinha Ressuscitado. Aquele Jesus a quem tinham seguido estava vivo; n’Ele triunfava a vida; n’Ele se antecipava o “Dia do Senhor”, no qual os bons israelitas esperavam a ressurreição dos mortos. Cristo era o vencedor da morte!
A Páscoa pede-nos, sobretudo, um grande acto de fé. Acreditamos que Cristo vive; cremos que é o nosso Redentor, o Redentor do homem e de todo homem que não O rejeita; cremos que em Cristo temos a verdadeira Vida...
Cristo ressuscitou por todos nós. Ele é a primícia e a plenitude de uma humanidade renovada. A sua vida gloriosa é como um inesgotável tesouro, o qual todos estamos chamados a partilhar desde agora.
Através do baptismo, ficamos imbuídos da sua presença que, desde já, nós dá, em gérmen, a graça da nossa futura ressurreição.
Em Cristo Ressuscitado tudo adquire um sentido novo. Por isso na Páscoa, como frequentemente nos recordam os “Padres da Igreja”, alegram-se ao mesmo tempo os céus e a terra; os anjos, os homens e a criação inteira: porque tudo está chamado a ser transfigurado, a ser libertado da escravidão do pecado e a partilhar a glória do Senhor Ressuscitado. Se a nossa fé é sincera, a nossa alegria pascal tem que ser profunda e contagiante
Sem a ressurreição de Cristo não se teriam escrito os Evangelhos nem existiria a Igreja. Os Apóstolos foram antes de mais testemunhas da ressurreição de Jesus. E esse testemunho, foi como um fogo que foi dando calor às almas dos crentes até hoje, chegando até nós. E, é por isso, que hoje nos reunimos em festiva assembleia de crentes.
Por isso, sejam quais forem as dificuldades, devemos continuar o dar testemunho da nossa fé, a transmitir, como os Apóstolos, a Boa Nova de que em Cristo, a Vida venceu a morte.
Estamos na Páscoa, não procuremos Jesus entre os mortos! Ele, venceu a morte, e por isso somos convidados a gritar: Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!

nº 748 I 04 Abril ‘10

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