sábado, 24 de abril de 2010

DAR A VIDA PELAS OVELHAS


Celebramos no Quatro Domingo de Páscoa, o Dia do Bom Pastor. A Tarefa do Bom Pastor foi confiada por Cristo a Pedro e aos seus sucessores. Por isso hoje tal missão encontra-se entregue ao Papa Bento XVI.
Neste Dia somos convidados a dar Graças a Deus, não só pelo Papa, mas também por todos os Pastores que se dedicam com entusiasmo ao seu Ministério Sacerdotal


Todos os anos a Igreja celebra no Quarto Domingo de Páscoa o Dia do Bom Pastor. Nesta festa, outrora tão querida dos féis, somos convidados a fixar o nosso olhar no autêntico, sincero e verdadeiro pastor: Jesus Cristo.
O trecho do Evangelho de hoje faz-nos recuar à festa da purificação do Templo, que se celebrava em Jerusalém, em finais do mês de Dezembro, em que se comemorava o restabelecimento do culto levado a cabo por Judas Macabeu, após a sua vitória contra o rei da Síria, Antíoco IV Epífanes, no século II antes de Cristo.
Esta comemoração é o pretexto e o ambiente escolhido pelo autor do quarto Evangelho para o acalorado diálogo entre Jesus e os judeus. Jesus tinha acabado de dizer aos judeus que eles não eram ovelhas do seu rebanho, contrapondo-os às suas ovelhas, aquelas que O conhecem, O seguem e às quais dá a vida eterna; ovelhas, essas que ninguém as pode arrebatar das suas mãos, porque foi o Pai quem Lhe as confiou, e ninguém as pode retirar a Deus.
A tarefa do Bom Pastor, foi por Cristo confiada a Pedro e aos seus sucessores, pelo que hoje tal missão se encontra entregue ao actual Papa Bento XVI. Infelizmente temos de confessar, como naturalmene é do conhecimento de todos, que a figura do Papa tem sido tão achincalhada nos últimos tempos!
Há forças, não diria “diabólicas”, mas maldosas que pretendem denegrir a imagem do Papa, e, simultaneamente, a imagem da Igreja.
Alguns católicos, e muitíssimos não Católicos, e nos quais não temos pudor em incluir todos os que partilham a “moral” laicista, que vêem a Igreja como uma instituição a abater, pois, felizmente a Igreja não se cala perante tantas aberrações que pretendem impor à sociedade.
É verdade que a Igreja é formada por homens, com as suas virtudes e defeitos, com as suas debilidades (é bom lembrar que até Jesus escolheu para seu discípulo Judas Iscariotes, aquele que O havia de trair).
Mas, eu interrogo-me se aqueles que vociferam contra os escândalos praticados por alguns membros da Igreja, têm autoridade moral para o fazer. Será que todos esses que acusam a Igreja de encobrir tais delitos se esquecem que apenas um por cento é praticada por sacerdotes? (Apetece-me perguntar: Onde estão os outros 99 por cento?). E mais ainda, não será que esses que agora tanto falam tenham praticado, ou pior, praticam ainda tais abominações? Pretenderão encobrir os seus actos apontando o dedo para os outros?
No entanto, não pretendemos com isto passar uma esponja por cima destes tristes factos que ferem o coração da Igreja!
Mas a festa do Bom Pastor, convida-nos a dar graças a Deus pelos pastores que se dedicam de corpo e alma ao seu Ministério Sacerdotal.
Devemos dar graças ao Senhor porque, o Bom Pastor, segue sendo na imensa maioria dos consagrados, um modelo de referência e de coerência. Porque, o Bom Pastor, segue sendo o mais importante e essencial no coração de centenas de milhares de homens que sabem que, na fidelidade, no amor ou no silêncio, no trabalho de cada dia ou no Evangelho, é aí onde encontram o seu apoio e estímulo para seguir em frente.
O Bom Pastor, não é desde logo, aquele que vendo erguidas as orelhas do lobo, foge apavorado. O Bom Pastor não é aquele que prega uma igreja à sua medida ou constrói uma comunidade à sua imagem e esquece que a Igreja é universal ou que, a Igreja não é personalista nem uma instituição ao gosto de cada um.
Hoje, mais do que nunca, peçamos pelos sacerdotes. Estamos quase terminar o Ano Sacerdotal. Infelizmente não foi um ano tão florido como apontavam as expectativas, devido a tantos acontecimentos que feriram, e ferem, o rosto da Igreja.
Peçamos ao Senhor que, neste dia do Bom Pastor, os sacerdotes sejam capazes de conduzir, com entusiasmo e renovada esperança, todos os fiéis a desfrutar desses vales, daquelas pastagens, daquela comida que Jesus, o Bom Pastor, tão entusiasticamente prometera, e oferecera, a tantos dos seus seguidores, e confirmando-o dando a vida, na Cruz, pelas suas ovelhas.

nº 751I 25 AbRil ‘10

Oração pelas Vocações

Neste Domingo do Bom Pastor, em que ocorre o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, apraz-nos reproduzir esta oração pelas vocações, oferecida pela Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios.
Fazemo-lo para que de alguma maneira nos tornemos co-responsáveis nesta missão da Igreja, rezando neste dia esta oração, e simultaneamente, para que tenhamos a mesma sempre à mão para que a possamos rezar muitas vezes ao longo do ano.

“ O Testemunho suscita vocações”

Senhor da messe e pastor do rebanho,
faz ressoar em nossos ouvidos
o teu forte e suave convite: “Vem e segue-Me”!
Derrama sobre nós o teu Espírito:
Que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho
e generosidade para seguir a Tua voz.
Senhor, que a messe não se perca
por falta de operários.
Desperta as nossas comunidades para a missão.
Ensina a nossa vida a ser serviço.
Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino,
na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o rebanho não pereça
por falta de pastores.
Sustenta a fidelidade dos nossos bispos,
padres e ministros.
Dá perseverança aos nossos seminaristas.
Desperta o coração dos nossos jovens
para o ministério pastoral na Tua Igreja.
Senhor da messe e pastor do rebanho,
chama-nos para o serviço do teu povo.
Maria, Mãe da igreja,
modelo dos servidores do Evangelho,
ajuda-nos a responder”sim”. Ámen.

nº 751 I 25 AbRil ‘10

AVISOS

DOMINGO I 25
Domingo do Bom Pastor
» XLVII Dia mundial de Oração pelas Vocações.
» O Kica (Koro Infantil Carmo de Aveiro) realiza hoje o seu primeiro concerto. Terá lugar na Igreja das Barrocas às 17H.00.

QUINTA I 29
Santa Catarina de Sena, Virgem e Doutora da Igreja, Padroeira da Europa, (Festa)

SÁBADO I 01
São José Operário (MF)
» Iniciámos o mês Maio, mês de Maria. Durante o mesmo, procuraremos, durante a semana, solenizar, em sua honra, a oração do Terço.

DOMINGO I 02
Neste primeiro Domingo de Maio celebramos o Dia da Mãe

Peregrinação Nacional ao Santuário do Menino Jesus de Praga.
Encontram-se abertas as inscrições para a Peregrinação Nacional ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas (Marco de Canaveses).
As mesmas podem ser feitas na sacristia, sendo o preço da viagem €9,90


nº 751 I 25 AbRil ‘10

sábado, 17 de abril de 2010

TU SABES, SENHOR, QUE TE AMO!


Pedro amava profundamente Jesus. Num momento de fracasso, e de desânimo, negou três vezes o Amigo. Quando tomou consciência do que fizera, bastou um olhar de Jesus, para que ele derramasse copiosas lágrimas.
Também Jesus exigiu que Pedro Lhe confessasse por três vezes o seu amor, e ele, entristecido, disse: “Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo”.

Já o dissemos, mais de uma vez que, foi terrível para os Apóstolos enfrentarem e conviverem com o drama da Paixão e da morte de Jesus no alto do Calvário. Até aqui achamos que tudo é natural, pois há sempre uma mágoa profunda quando perdemos um amigo, e o tormento torna-se maior, quando do amigo esperávamos uma bela recompensa material. (Mais de uma vez os evangelhos nos apresentam os discípulos altercando entre si, sobre qual deles seria o maior.)
No entanto, torna-se menos compreensível perceber como os discípulos, e os amigos, de Jesus têm tantas dificuldades em aceitar a Ressurreição de Jesus, principalmente, porque ele mais de uma vez anunciara-lhes qual era a sua missão; tinha-lhes dito que o “Filho do Homem”, iria ser rejeitado pelos príncipes dos sacerdotes, que havia de sofrer muito, que seria escarnecido, e que iria ser morto às mãos dos homens… mas passado três dias ressuscitaria!
E, embora, Jesus tenha aparecido por diversas vezes, aos seus amigos mais íntimos, mas também aos doze, ficamos um pouco desconcertados com o Evangelho de hoje. É verdade que os apóstolos eram galileus, e que nada justificaria a sua permanência em Jerusalém, mas pelo menos seria de esperar que regressassem à Galileu e aí prosseguissem
as pisadas do Mestre. O regresso era inevitável, até por medo dos judeus, mas contrariando toda a lógica, os Apóstolos regressaram ao seu antigo trabalho. Eram pescadores e voltaram a pescar.
Agora encontram-se no lago de Tiberíades, e procuram adaptar-se aos antigos misteres (foram cerca de três anos sem exercer a arte, embora tenham cruzado o lago em muitos ocasiões oferendo “boleia” ao Mestre). De novo devem aperfeiçoar a arte, e, como tantas outras vezes, acontecera, tentaram, infrutuosamente, encher as redes de peixes. Toda a noite labutando e nada tinham pescado. De repente, um homem desde a margem diz-lhes: “Lançai as redes para a direita do barco e encontrareis”, e as redes enchem-se de peixes.
Os Apóstolos ficaram assombrados mas só um encontra a resposta para o sucedido. O discípulo Amado grita para Pedro: “É o Senhor!”. E Pedro, decido como de costume, lançou-se ao mar para se encontrar com o Mestre.
Há algo de especial em João que o faz descobrir a presença do Senhor nos acontecimentos. É possível que fosse esse amor de predilecção que nutria por Jesus, e que ele tanto sublinha e enfatiza no Evangelho que leva o seu nome.
João é protótipo e paradigma do discípulo de Jesus. Possui um “sexto sentido” que, guiado pelo Espírito, o leva a reconhecer Jesus em tantas situações da vida.
Aceitar o Espírito é entrar em cheio na dinâmica do risco porque é, nem mais nem menos, que viver a sério a fé, não como um dourado e calculado compromisso; é apostar na paixão radical por Cristo e pelo homem.
É importante para um cristão encontrar-se com Jesus na própria vida. Se não o fazemos corremos o risco de estar na faina “toda a noite” (a vida inteira) e não conseguir nada; corremos o perigo de correr muito, de estar bem preparados, de competir activamente..., mas ter as redes vazias; vazias de dedicação efectiva ao irmão; vazias de alegria no cumprimento dos nossos deveres.
Ser cristão não consiste em fazer coisas distintas, mas em fazer as coisas que todos fazem, mas com um estilo diferente, o estilo de quem é capaz de encontrar-se com o Senhor no trabalho, na amizade, na família, na diversão, no esforço, na alegria, na dor; em resumo: na vida, com toda a riqueza que a vida leva em si.
Foi certamente isso o que descobriu Pedro após aquele diálogo, a sós com o Mestre. Pedro não tinha aquele “sexto sentido” de João, mas amava profundamente Jesus. Num momento de fracasso, e de desânimo, negou três vezes o amigo, mas quando tomou consciência do que fizera, bastou um olhar de Jesus, quando saía do Pretório, com sentença já exarada, para ele derramar copiosas lágrimas.
Também Jesus exigiu que Pedro Lhe confessasse o seu amor, e ele, entristecido, disse: “Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo”.

nº 750 I 18 Abril ‘10

VIAGEM DO PAPA A PORTUGAL

Como já é do conhecimento geral, desde há alguns meses, o Santo Padre Bento XVI virá de visita a Portugal nos dias 12, 13 e 14 de Maio.
Nas poucas visitas que Sua Santidade tem feito fora de Itália, se exceptuarmos a participação em acontecimentos de importância para a vida da Igreja, constatamos que tem privelgiado a visita a santuários Marianos. E, nessa, lógica, o Santuário de Fátima, não podia ficar fora das viagens do Papa. No entanto o Santo Padre não cingirá a sua presença unicamente ao “Altar do Mundo”, mas também estará em Lisboa e Porto, onde presidirá a outras tantas eucaristias, para além de outros encontros.
Assim, de acordo com o programa da visita papal, Bento XVI, visitará o Porto no dia 14 de Maio, onde presidirá à Eucaristia, na Avenida dos Aliados, às 10H.00.
A fim de facilitar a deslocação dos fiéis à Invicta, a C. P. vai organizar viagens especiais. No dia 14 de Maio os comboios circularam toda a noite para o Porto. No entanto a C.P. propôs a diversas paróquias e comunidades viagens programadas, com algumas vantagens:
- Comboio com capacidade para as pessoas inscritas
- Tranquilidade na viagem, dando origem a tempo para convívio, momentos espirituais ou outros que se entendam oportunos.
Procurando ir ao encontro dos fiéis que frequentam a nossa comunidade (e não só), também nos dispusemos a colaborar com a C. P.
De acordo com as informações recebidas as viagens para os grupos serão efectuadas entre as quatro e as seis horas, para que as pessoas possam encontrar, dentro das possiblidades, um lugar mais perto do altar da Celebração.
O regresso será feito após as 14H.00, evitando assim que as pessoas se apinhem na estação de São Bento.
No entender dos responsáveis da C.P., nesta logística, aconselha-se as pessoas a levar o seu farnel para o almoço, porporcionando também desta maneira um convívio durante o repasto.
O preço da viagem, que deve ser feito no acto da inscrição, é de €4,30, bilhete inteiro, e €2,20 , meio bilhete (criança 4 -11 anos e pessoas com mais de 65 anos)
Podem inscever-se na sacristia.

nº 750 I 18 Abril ‘10

AVISOS

DOMINGO I 18
» Início da XLV Semana de Oração pelas Vocações.

SEGUNDA I 19
» 5º aniversário da eleição do Papa Bento XVI.

QUINTA I 22
Quinta-feira do Menino Jesus
» 18H.00: O Clube do Menino Jesus, reza a Coroínha em honra do seu Patrono.

SEXTA I 23
Bem-aventurada Teresa Maria da Cruz, religiosa carmelita, (MF)

SÁBADO I 24
» 367º aniversário da inauguração da Nossa Igreja do Carmo.

DOMINGO I 25
Domingo do Bom Pastor
» XLV Dia mundial de Oração pelas Vocações.

Viagem do Santo Padre a Portugal
A C. P. está a organizar comboios especiais a fim de facilitar o transporte de fièis que queiram participar na missa com Bento XVI, no Porto, no dia 14 de Maio. Os eventuais intessados podem fazer a sua inscrição na Sacristia.

nº 750 I 18 Abril ‘10

sábado, 10 de abril de 2010

TOMÉ, O ESPÍRITO E A MISSÃO


Antes da Ressurreição nunca Jesus infundira o Espírito Santo nos Apóstolos. Fá-lo no Dia de Páscoa para os enviar em missão. Também nós, os crentes, sob a orientação dos sucessores dos Apóstolos, somos convidados a continuar essa missão, ou seja trabalhar por um Mundo Novo.

Todos os anos, no Segundo Domingo de Páscoa, lemos um trecho do evangelho de São João, que nos narra a aparição de Jesus Ressuscitado aos seus discípulos. No entanto, aquilo que mais facilmente retemos na nossa mente é o episódio de Tomé; para além desse pequeno pormenor, o que devemos reter deste trecho do Evangelho, é proeminência do “primeiro dia da semana”, o Domingo.
No primeiro Domingo de Páscoa (e “Domingo” quer dizer Dia do Senhor, “Dies Domini”, em latim) é o dia da manifestação do Ressuscitado, primeiro às mulheres, depois aos Discípulos. A primeira preocupação do Senhor foi reunir os discípulos depois do escândalo da Cruz.
No Domingo seguinte, no primeiro dia da semana, ou seja, hoje, o Ressuscitado novamente reúne os discípulos para os confirmar na fé. Assim, Jesus diz-nos que o seu dia é o Domingo porque escolhera esse dia para estar com os seus Discípulos. Mas no Domingo também celebramos o nosso encontro com os irmãos: é aqui onde pela fé e pela Eucaristia nos encontramos com o Senhor.
Quer numa quer na outra aparição o Ressuscitado, saúda os seus Discípulos dizendo: “A paz esteja convosco”, mas o primeiro gesto, que fez foi soprar sobre eles, dizendo: “Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhe-ão retidos”.
Antes da Ressurreição, nunca Jesus tinha derramado ou infundido nos Discípulos o Espírito Santo. Na tarde daquele primeiro Domingo de Páscoa, Jesus ressuscitado ao soprar sobre os Apóstolos, está a levar a cabo uma nova criação, como outrora fizera na criação de Adão.
O Espírito é o alento da nova criação; o Espírito é a força que recebem os Apóstolos que os transforma em homens novos, que lutam contra o mal, libertadores do pecado, para ir formando no mundo a nova criação.
Na História da Salvação, quem recebe um dom é porque se lhe confia uma missão. Não pode haver um dom em vão. A doação do Espírito por parte do Ressuscitado inclui a missão, como sucede também no final dos três evangelhos: “Como o Pai Me enviou assim também Eu vos envio “. Os discípulos são enviados a prosseguir a missão do Filho de Deus, morto e ressuscitado, missão que Este recebeu do Pai. O Espírito tornará efectiva esta missão para destruir o reino do pecado e da morte, destruindo o pecado, fazendo uma nova criação, na que persista a “paz” para sempre, a “paz” que é um dom messiânico por excelência e que o Ressuscitado comunica também hoje, a seus discípulos.
Nós, todos os crentes, sob a orientação dos sucessores dos Apóstolos, somos convidados a continuar essa missão.
No entanto, nem sempre é fácil essa missão de facto um dos discípulos de Jesus, Tomé, que tinha o cognome de o “Gémeo”, que um dia declarando o seu amor ao Mestre, desafiou os companheiros dizendo: “Vamos nós também para morrer Ele”, apresenta-se como o mais renitente a acreditar na Ressurreição de Jesus.
Quando em dia de Páscoa, Jesus aparecera aos Discípulos, que estavam com as portas fechadas (a sete chaves) com medo dos Judeus, temendo eventualmente igual sorte, ou evitando ser vítimas de chacota, Tomé não estava presente.
Quando se reuniu ao grupo, como é natural, os companheiros, transmitiram-lhe as notícias mais importantes. E, como seria de esperar, a primeira tinha de ser a da aparição de Jesus Ressuscitado. A quem tinha sido testemunha de tantos milagres, podia acreditar em mais um... mas Jesus, ele tinha-o visto, tinha morrido! Já não havia lugar a mais milagres, e Tomé põe as suas condições: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei”.
Não foi preciso, pois oito dias depois, quando Jesus aparece novamente, o primeiro convite que faz a Tomé é fazer o que antes tinha exigido, e o que ele recusa, proferindo a bela mensagem de fé: “Meu Senhor e meu Deus!”
Embora tantas vezes sejamos tentados a reagir como Tomé, disponhamo-nos a aceitar a missão que o Senhor nos confia!

nº 749 I 11 Abril ‘10

REZAR COM OS SALMOS

Embora o saltério seja uma herança vetero-testamentária, alguns salmos assumem um lugar de relevo na liturgia cristã, como é o caso do Salmo 177, no qual encontramos pré-anunciados os mistérios redentores da vida de Cristo.
Jesus cantou este salmo na Última Ceia; assim a liturgia de acção de graças da Nova Aliança, inaugurada com a Eucaristia, encontrou na proclamação deste salmo uma admirável conclusão. Com os sentimentos que o mesmo contém, o Salvador aceitou a via dolorosa da Cruz que conduziria à gloria do Pai.
Já antes Jesus tinha manifestado o significado messiânico deste salmo, numa animada discussão com os sacerdotes fariseus que recusavam admitir na pessoa de Jesus o Messias de Deus

Refrão: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia
Ou: Aclamai o Senhor, porque Ele é bom:
O seu amor é para sempre.

Diga casa de Israel:
É eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Araão:
É eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor.
É eterna a sua misericórdia.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
É admirável a nossos olhos.
Este é o dia que o senhor fez:
Exultemos e cantemos de alegria.

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
Da casa do Senhor nós vos bendizemos.
O Senhor é Deus
E fez brilhar sobre nós a sua luz.


nº 749 I 11 Abril ‘10

AVISOS

SEXTA I 16
» 83º Aniversário do papa Bento XVI

SÁBADO I 17
João Baptista Mantuano, Religioso, (MF)

Jantar (solidário) da Flor
Um Grupo de Senhoras da nossa Cidade, solidárias com as vítimas da catástrofe da Madeira, vai organizar um jantar de solidariedade, na próxima Sexta-feira, dia 16, no salão do Centro Pastoral São João da Cruz. Os interessados podem fazer a sua inscrição na sacristia.

Contributo Penitencial
Ao longo da Quaresma recolhemos dos envelopes do Contributo Penitencial a quantia de €1950,10 que oportunamente entregámos na Cúria Diocesana. A todos o nosso muito obrigado.

Peregrinação Nacional ao Santuário do Menino Jesus de Praga.
Já se encontram abertas as inscrições para a Peregrinação Nacional ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas (Marco de Canaveses).
As mesmas podem ser feitas na sacristia, sendo o preço da viagem €9,90

nº 749 I 11 Abril ‘10

sábado, 3 de abril de 2010

RESSUSITOU! ALELUIA!


A Páscoa pede-nos um grande acto de fé. Acreditamos que Cristo vive; cremos que é o nosso Redentor, o Redentor do homem e de todo homem que não O rejeita; cremos que em Cristo temos a verdadeira Vida, porque Ele, venceu a morte, e por isso somos convidados a gritar: Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!

O Sol radiosos iluminava a manhã daquele dia. Centenas de pessoas aclamavam a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Os Discípulos estavam convictos que chegara a hora de Jesus, e que, finalmente, iriam ver recompensado o seu desapego, quando deixaram tudo para seguir Jesus da Galileia; muitos Judeus acreditaram que iria ser implantado o tão desejado Reino Messiânico, e que finalmente os Romanos iriam ser espezinhados, surgindo uma nova era de verdadeira libertação. Enfim, todos sonhavam…
Mas o sonho converteu-se em pesadelo quando chegou o meio-dia, e “as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde”, e o Nazareno, suspenso na Cruz, dando um grande grito, expirou!
Houve lágrimas de júbilo pela morte de Jesus, de parte dos que nunca compreenderam a sua missão, lágrimas de desespero por quem n’Ele, depositara toda a sua esperança, e lágrimas de amor daqueles que O amaram de verdade.
No entanto, “no primeiro dia da semana, ao romper da manhã, as mulheres… foram ao sepulcro; encontraram a pedra do sepulcro removida e ao entrarem não acharam o corpo do Senhor Jesus”. Estando perplexas com o sucedido apareceram-lhes dois homens com
vestes resplandecentes, que lhes disseram: “Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não Está aqui: Ressuscitou!”
É isto que hoje celebramos, a Páscoa, “a festa das festas”, porque é o dia da Ressurreição do Senhor. Por isso, hoje, céus e terra cantam o aleluia, expressão de alegria que significa “louvai ao Senhor”, antigo grito de louvor litúrgico herdado do culto judaico.
Celebramos hoje - depois de escutar vigília da passada noite o anúncio pascal – o acontecimento central de nossa fé: que Cristo, tal como dizemos no Símbolo da fé, o Credo, depois da sua crucifixão, morte e sepultura, “ressuscitou ao terceiro dia”.
Este facto desconcertou em primeiro lugar as mulheres e os próprios Apóstolos, mas depois entenderam o seu sentido: aceitaram um facto histórico e compreenderam o seu sentido salvífico à luz das Escrituras. O corpo de Jesus, morto na Cruz, já não estava ali. Mas, não porque tivesse sido roubado, mas sim porque tinha Ressuscitado. Aquele Jesus a quem tinham seguido estava vivo; n’Ele triunfava a vida; n’Ele se antecipava o “Dia do Senhor”, no qual os bons israelitas esperavam a ressurreição dos mortos. Cristo era o vencedor da morte!
A Páscoa pede-nos, sobretudo, um grande acto de fé. Acreditamos que Cristo vive; cremos que é o nosso Redentor, o Redentor do homem e de todo homem que não O rejeita; cremos que em Cristo temos a verdadeira Vida...
Cristo ressuscitou por todos nós. Ele é a primícia e a plenitude de uma humanidade renovada. A sua vida gloriosa é como um inesgotável tesouro, o qual todos estamos chamados a partilhar desde agora.
Através do baptismo, ficamos imbuídos da sua presença que, desde já, nós dá, em gérmen, a graça da nossa futura ressurreição.
Em Cristo Ressuscitado tudo adquire um sentido novo. Por isso na Páscoa, como frequentemente nos recordam os “Padres da Igreja”, alegram-se ao mesmo tempo os céus e a terra; os anjos, os homens e a criação inteira: porque tudo está chamado a ser transfigurado, a ser libertado da escravidão do pecado e a partilhar a glória do Senhor Ressuscitado. Se a nossa fé é sincera, a nossa alegria pascal tem que ser profunda e contagiante
Sem a ressurreição de Cristo não se teriam escrito os Evangelhos nem existiria a Igreja. Os Apóstolos foram antes de mais testemunhas da ressurreição de Jesus. E esse testemunho, foi como um fogo que foi dando calor às almas dos crentes até hoje, chegando até nós. E, é por isso, que hoje nos reunimos em festiva assembleia de crentes.
Por isso, sejam quais forem as dificuldades, devemos continuar o dar testemunho da nossa fé, a transmitir, como os Apóstolos, a Boa Nova de que em Cristo, a Vida venceu a morte.
Estamos na Páscoa, não procuremos Jesus entre os mortos! Ele, venceu a morte, e por isso somos convidados a gritar: Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!

nº 748 I 04 Abril ‘10

UM HINO PASCAL

Na Liturgia das Horas, que a Igreja, recita ou canta, várias vezes ao dia, a recitação, ou canto, dos salmos (salmodia), é precedida sempre por um hino.
Se por um lado a maioria dos cristãos, está mais familiarizada com os salmos, pois em cada Eucaristia há sempre o Salmo Responsorial (por vezes não é um salmo propriamente dito, mas sim um cântico bíblico), o mesmo não sucede com os hinos litúrgicos pois na maior parte das vezes só são conhecidos pelos que rezam o Ofício Divino.
Hoje publicamos um, que por sinal até é bastante conhecido, pois frequentemente é ouve-se cantar também nas missas, que nos descreve o acontecimento pascal.
Lê-lo e meditá-lo, é também uma forma de orar:

Nasceu o sol da Páscoa gloriosa,
Ressoa pelo Céu um canto novo.
Exulta de alegria a terra inteira.

Dos abismos da morte e da tristeza
Sobe o Senhor Jesus à sua glória,
Libertando os antigos Patriarcas.

Sem saber que o sepulcro está vazio,
A guarda, vigilante, testemunha
O poder do Senhor ressuscitado.

Rei imortal, contigo glorifica
Neste dia de glória os que em Teu nome
renasceram das águas do Baptismo.

E desça sobre a Igreja e sobre o mundo,
Como penhor de paz e de esperança,
A luz da tua Páscoa esplendorosa.

Cantemos a Deus Pai e a seu Filho,
Louvemos o Espírito de amor,
Agora e pelos séculos sem fim.

nº 748 I 04 Abril ‘10

AVISOS

QUINTA I 08
Exposição do Santíssimo
» O Santíssimo Sacramento ficará exposto desde o final da missa das 18H.30m até às 21H.45m.

Listas de Leitores e Ministros da Comunhão
Encontram-se em distribuição as Listas de Leitores e dos Ministros da Comunhão para os próximos meses.
As mesmas podem ser procuradas na sacristia.

Peregrinação à Europa Central
De 20 a 27 de Julho p. f., sob a orientação do Frei Silvino, vai realizar-se uma viagem à Europa Central, concretamente a Hungria, Eslováquia e Áustria, visitando Budapeste, Hollóko, Bratislava, Viena, Dumstein, entre outros locais. Os eventuais interessados podem obter mais informações, falando directamente com o Frei Silvino, ou na sacristia.

Peregrinação Nacional ao Santuário do Menino Jesus de Praga.
Já se encontram abertas as inscrições para a Peregrinação Nacional ao Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas (Marco de Canaveses).
As mesmas podem ser feitas na sacristia, sendo o preço da viagem €9,90

nº 748 I 04 Abril ‘10