sábado, 3 de janeiro de 2009

GUIADOS PELA ESTRELA

Hoje somos convidados a olhar para o alto e procurar encontrar a Estrela da Fé, a única que nos pode guiar até Jesus


Nos países em que o dia 6 de Janeiro não é dia Dia Santo, a Solenidade da Epifania celebra-se no domingo entre o dia 2 e o 8 de Janeiro.
A Igreja celebra a Epifania doze dias depois do Natal. Trata-se de uma festa que tem um carácter idêntico à anterior. São festas muito parecidas, diríamos são quase gémeas. O nome de "pequeno natal" dado à Epifania expresaa a ideia popular da festa na Igreja ocidental. Parece como uma repetição, a escala menor, das celebrações natalícias. Entre os cristãos do Oriente acontecia precisamente o contrário. Também eles celebram o Natal, mas não lhe atribuem a mesma solenidade que à Epifania. parece-lhes mais apropiado dar ao Natal o título de "pequena Epifania".
Natal e Epifania são o verso e reverso de um mesmo acontecimento: a revelação de Deus aos homens. No Natal, no entanto, essa revelação é feita aos judeus, na pessoa dos pastores, enquanto na Epifania é o mesmo Deus que se revela aos gentios, ou pagãos, na imagem dos magos.
Quando falamos em magos, imediatamente nos vem à memória a cartomância ou artes adivinhatórias,mas na antiguidade eram homens que se dedicavam ao estudo das estrelas, eram astrólogos. E uma noite quando contemplavam o escuro firmamento, centilando de estrelas, descobriram uma estrela de especial fulgor e compreenderm que era una sinal do Céu, uma revelação divina que lhes anunciava o nascimento do Rei Salvador do mundo, há tantos anos esperado.
Os Magos contemplavam as estrelas, talvez esperando descobrir uma nova, mas para sua surpresa descobriram uma diferente, que lhes anunciou o nascimento de um rei muito importante.
Deixaram tudo, e cada um percorrendo caminhos diferentes, encontraram-se às portas de Jerusalém. Imediatamente intuíram que tinha nascido o Rei dos Judeus. "onde está - perguntam eles - o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua Estrela no Oriente e viemos adorá-l’O".
Herodes, que não era judeu, ao ouvir tal notícia ficou perturbado, e como ele todos os habitantes de Jerusalém. Imediatamente consulta todos os príncipes dos sacerdotes, que vão manusear as escrituras, e chegam à conclusão, que segundo as profecias, deveria nascer na pequena cidade de Belém.
Herodes respirou de alívio, e secretamente chama os magos pede-lhes informações precisas sobre o tempo em que apareceu a estrela, enviando-os para Belém com o pedido: "Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino: e , quando O encontrardes, avisai-me, para que eu também vá adorá-l’O".
Após a informação os magos põem-se a caminho e de novo aparece a estrela que os conduz a Belém. Quando a Estrela se deteve entraram em casa, e contrariamente à nossa maneira de pensar e agir, não sentiram qualquer decepção quando diante de si encontraram um pobre Menino, porque os sábios não olham às aparências mas vêem o íntimo de coração, prostraram diante d’Ele e adoram-n’O, e abrindo os seus tesouros ofereceram-Lhe ouro, incenso e mirra.
Hoje celebramos o dia das estrelas, o dia dos sonhos para quem acredita nas fábulas, de quem é capaz de compreender o sentido profundo de um ditado: "quando nasce uma flor, o universo inteiro faz-se primavera"; dia de quem sabe apreciar a grandeza do pequeno, do que não menospreza a luz vacilante da estrela da Fé, e sabe ver naquele criança a Deus e com alegria se ajoelha a seus pés e Lhe entrega todo o que possui.
Hoje somos convidados a olhar para o alto e procurar encontrar a Estrela da Fé, a única que nos pode guiar até Jesus. No entanto, também muitas vezes pensamos que nos falta a fé, quando, afinal, o que nos falta é a simplicidade das crianças para aceitar a estrela que nos leva Deus e a aceitar a Deus na forma de uma criança.
Deixemos que a Estrela de Belém brilhe cada vez mais intensamente no nosso coração!

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