sábado, 3 de janeiro de 2009

À MARGEM

O Evanglho de hoje fala-nos de uns magos do Oriente não dizendo donde eram nem quantos eram.
A designação de "Mago" era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos, no entanto esta palavra também era usada para designar os astrólogos, o que fez que, inicialmente se pensassse que estes magos eram astrólogos, membros da classe sacerdotal de alguns povos orientais, como os caldeus, os persas e os medos.
Posteriormente, a Igreja atriguiu-lhes o apelido de "Reis" a partir de uma leitura livre do Salmo 70.
Mais tarde uma tradição deu-lhes os nomes de Baltasar, Gaspar e Melchior tendo igualmente atribuído a cada um características próprias. Melchior seria o representante da raça branca (europeia) e descenderia de Jafé, Gaspar representaria a raça amarela (asiática), e seria descendente de Sem e, finalmente, Baltasar seria o representante dos povos de raça negra (africana) sendo descendente de Cam. Assim estariam representadas todas as raças bíblicas (e as únicas então conhecidas: semitas, jafetitas e camitas).
Mais tarde, no século XV, sem qualquer base histórica foi-lhes atribuida a idade: Melchior teria 60 anos, Gaspar andaria pelos 40 e Baltasar teria 20 anos de idade.
Em relação ao significado das ofertas, o ouro teria sido oferecido por Belchior, e representava a nobreza do Menino, Gaspar ofereceu o incenso, representando a divindade de Jesus e finalmente Baltasar terá ofertado a mirra, símbolo do sofrimento que Cristo levaria na terra.
Assim os Reis Magos homenagearam Jesus como Rei (ouro), como Deus (incenso) e como Homem (mirra). Para outros as ofertas dos Magos simbolizavam as várias idades do homem: a juventude do trabalhador, a maturidade do guerreiro e a velhice do sacerdote.

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