sábado, 24 de janeiro de 2009

AVISOS

Domingo 25
Hoje, Festa da Conversão de São Paulo, encerramos o Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
» Exposição do Santíssimo das 15h.00 às 18h.30.

Segunda 26
São Timóteo e São Tito, Bispos (MO)

Terça 27

Santo Henrique de Ossó, Presbitero (MF)

Quarta 28
São Tomás de Aquino, Presbítero e Doutor (MO)
Quarta-feira do Menino Jesus
» 18H.00: Recitação da Coroinha pelo Clube do Menino Jesus de Praga

Sábado 31
São João Bosco, Presbítero (MO)

Hino ao amor

(A partir de um trecho da Primeira Carta aos Coríntios, aqui deixamos este hino ao amor.)

Ainda que eu fale as língua dos homens
e dos anjos,
se não tiver amor,
sou como um bronze que soa
ou um címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios
e toda a ciência,
ainda que eu tenha uma fé tão grande,
capaz de transportar montanhas,
se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua
todos os meus bens
e entregue o meu corpo
para ser imolado
se não tiver amor,
de nada me serve.
O amor é paciente.
O amor é benevolente.
O amor não é invejoso.
O amor não é arrogante nem orgulhoso.
O amor nada faz de inconveniente.
O amor não procura o seu próprio interesse.
O amor não se irrita.
O amor não guarda ressentimento.
O amor não se alegra com a injustiça.
O amor rejubila com a verdade.
O amor tudo desculpa.
O amor tudo crê.
O amor tudo espera.
O amor tudo suporta.
O amor jamais passará!

(Paulo de Tarso)

Paulo, servo de Cristo Jesus

Aquele que era o perseguidor dos cristãos, converteu-se no maior apóstolo de Cristo, e intitulou-se "Servo de Cristo Jesus"; com os seus escritos, as cartas paulinas, ainda hoje continua a ser um dos alicerces da doutrina da Igreja


Estamos a celebrar o Ano Paulino recordando o segundo milénio do nascimento do apóstolo São Paulo, que se intitulou "Servo de Jesus Cristo".
Neste dia em que celebramos Conversão de São Paulo, embora sendo Domingo, por privilégio da Santa Sé, recordamos hoje a figura deste grande apóstolo.

Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, que actualmente pertence à Turquia, numa família judaica da Diáspora (judeus que viviam espalhados pelo mundo, sobretudo na Pérsia, mas também em torno do mediterrâneo, em Alexandria e no norte de África, na Turquia, Grécia e outras partes do Império Romano, incluindo a península Ibérica). Nasceu numa data desconhecida mas, sem dúvida antes do ano 10 da nossa era. O seu pai, em circunstâncias que se desconhecem, adquiriu a cidadania romana mantendo a fé judaica, educou-o no judaismo. Durante toda a sua vida, a condição de cidadão romano foi um meio de protecção eficaz para Paulo. Como ele próprio diz, foi circuncidado ao oitavo dia e mantém-se sempre na lei mosaica. Confessa-se fariseu, tendo feito a sua formação numa escola de cultura grega, como atestam as suas cartas. Mas ele também afirma que frequentou igualmente as escolas dos rabinos tendo sido aluno do famoso Gamaliel em Jerusalém, o que vem confirmar que passou uma parte importante da sua juventude em Jerusalém.
Foi em Jerusalém que Paulo participou no apedrejamento daquele que ficaria conhecido como o primeiro mártir, Santo Estêvão, pelo que não admira que se tenha convertido num perseguidor dos seguidores de Jesus, grupo de cristãos que procuravam difundir a nova fé entre os judeus de Jerusalém.
O argumento de Paulo na sua perseguição aos seguidores dos discípulos de Cristo, era a defesa da "tradição dos pais" e da lei mosaica, que ele via ameaçada pelos discípulos de Jesus.
Saulo, era este seu o nome, que era um fervoroso defensor da tradição judaica (por isso há quem diga que ele pertencia ao grupo dos zelotes), foi enviado a Damasco para perseguir e trazer algemados, para Jerusalém os seguidores do Cristo.
Foi durante esta missão a Damasco que Saulo se converteu a Cristo. Foi aqui que Saulo, indo a caminho de Damasco, já perto da cidade, viu um resplendor de luz no céu que o cercou, e caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, porque Me persegues?". Nesse momento Saulo converte-se a Cristo, mudando o seu nome para Paulo.
Após muitos anos de actividade missionária, com três grandes viagens apostólicas descritas nos Actos dos Apóstolos, passando pela Grécia, Macedónia e Ásia Menor, onde fundou diversas comunidades. Foi preso em Jerusalém por volta do ano 61 d.C., sob a falsa acusação de estar a acolher gentios no Templo de Jerusalém, o que era punido com a morte pelos judeus. Conseguindo desvencilhar-se das mãos das autoridades do templo, apelou ao Imperador Romano, pois tinha a cidadania romana, sendo enviado para Roma, onde, após um naufrágio e uma rápida passagem pela Ilha de Malta teria sido julgado e, depois de estar preso cerca de dois anos, foi libertado.
Segundo a tradição e pelo que é descrito nas suas cartas, reiniciou a sua actividade missionária, sendo que, muito provavelmente, visitou a Hispania (Península Ibérica) e regressou à Ásia Menor, onde, em Trôade, foi denunciado por um ferreiro de nome Alexandre, sendo imediatamente preso e, mais uma vez, reenviado para Roma. Aí, ficou encarcerado nas masmorras da cadeia marmetina.
Foi julgado e condenado à morte pelo imperador Nero que, naqueles tempos, perseguia cruelmente os cristãos. Por ser cidadão romano, em vez de ser crucificado, Paulo terá sido decapitado por volta do ano 67 da nossa era, no local conhecido como "Águas Salvias". O seu túmulo encontra-se na Basílica de São Paulo Extra-Muros, na "Via Ostiense", lugar tradicionalmente aceite como sendo o do seu martírio.
Aquele que era o perseguidor dos cristãos, converteu-se no maior apóstolo de Cristo, e que se intitulou "Servo de Cristo Jesus", com os seus escritos, as cartas paulinas, ainda hoje continua a ser um dos alicerces da doutrina da Igreja.

sábado, 17 de janeiro de 2009

AVISOS

DOMINGO 18
Iniciamos hoje o Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.


TERÇA 20
São Fabião, Papa e Mártir (MF)
São Sebastião, Mártir (MF)

QUARTA 21
Santa Inês, Virgem e Mártir (MO)

QUINTA 22

São Vicente, Diácono e Mártir (MF)

SÁBADO 24
São Francisco de Sales, Bispo e Doutor (MO)

DOMINGO 25
Conversão de São Paulo, Apóstolo (Festa)
» Encerramos o Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
» Exposição do Santíssimo das 15h.00 às 18h.30

Nota: Embora no próximo dia 25 ocorra o 3.º Domingo do Tempo Comum, o Santo Padre, neste Ano Paulino, sugere que se celebre a festa da Conversão de São Paulo. Ao contrário do proposto por Roma para as leituras da Eucaristia, sugerimos que se tome como primeira leitura a do respectivo Domingo e as restantes do próprio da festa litúrgica de São Paulo.

Consagração ao Menino Jesus de Praga

Divino Menino Jesus, Senhor da minha vida eu Vos ofereço todo o meu ser e me consagro a Vós,
para o presente e para o futuro.
Recebei a minha alma e enchei-a com o Vosso amor.
Acolhei o meu coração e guardai-o junto do Vosso.
Guardai a minha boca e fazei da minha vida um louvor.
Sede a luz dos meus olhos e iluminai os meus passos.
Falai aos meus ouvidos e convertei o meu coração.
Estendei a Vossa mão e amparai a minha vida.
Escutai o meu pensar e seja feita a Vossa vontade.
Vede a cruz da minha vida e vinde em meu auxílio; consolai-me na tristeza e abençoai-me na alegria.
Aliviai-me na doença e conservai-me em saúde.

Consagro-me ao Vosso serviço nas coisas do Pai para estar vigilante nas boas obras.
Fazei que eu me perca só em Vós e me encontrem sempre os que Vos procuram.
E quando chegar a minha hora concedei-me, Jesus bendito, o conforto da Virgem Mãe para que, vencida a morte, triunfe a vida e se estabeleça para sempre o Vosso reino de paz e amor. Amen.

O pedido: Divino Menino Jesus de Praga, que prometestes: "Quanto mais Me honrardes, mais Eu Vos oferecerei", pelos méritos da Vossa Santa Infância, concedei-me a graça que Vos peço (nomeia-se a graça).

A benção: Divino Menino Jesus de Praga, abençoai-me e guardai-me de todo o mal.

O Menino Jesus de Praga

Ao longo dos séculos muitos foram as pessoas que viram os seus pedidos atendidos pelo Menino Jesus de Praga. Também nos dias de hoje Ele continua a derramar as suas bençãos sobre os seus devotos.
Se não acreditais, experimentai!

Fernando II, imperador da Alemanha, para expressar a sua gratidão ao Senhor pela insigne vitória alcançada numa batalha contra os calvinistas, construiu em 1620, na cidade de Praga, um convento que ofereceu aos Padres Carmelitas Descalços. A Boêmia (actual República Checa) passava por momentos muito difíceis, assolada por guerras sangrentas. A cidade de Praga era vítima das mais indizíveis calamidades. Neste contexto, chegam estes santos religiosos, cujo mosteiro carecia até do indispensável para a sua sobrevivência. Vivia em Praga a piedosa princesa Polixene de Lobkowitz. Sofrendo na alma as prementes necessidades dos Carmelitas, presenteou-os com uma pequena estátua de cera, de 48 cm, que representava um formoso Menino Deus, de pé, com a mão direita erguida em atitude de bênção. A mão esquerda segurava um globo dourado. O seu rosto era muito amável e gracioso. A túnica e o manto tinham sido confeccionados pela própria princesa. Esta, ao dar a imágem ao Prior da comunidade, disse-lhe: "Meu padre, entrego-lhes o maior tesouro que possuo neste mundo. Prestem muitas honras a este Menino Jesus e nada lhes faltará."
Os Carmelitas, muito agradecidos, receberam a imágem. Colocaram-na no oratório interno do convento, passando a ser venerada por aqueles bons religiosos, especialmente pelo Fr. Cirilo, então noviço, a quem bem lhe assentaria o título de "Apóstolo do Divino Menino Jesus de Praga".
A profecia da piedosa princesa cumpriu-se literalmente. Não tardaram a manifestar-se os efeitos maravilhosos da protecção do Divino Menino. Muito rapidamente, e em várias ocasiões, verificaram-se inúmeros prodígios e as necessidades do mosteiro foram milagrosamente socorridas.
Uma vez mais explode a guerra na Boêmia. Em 1631, o exército da Saxônia apoderou-se da cidade de Praga. Os Padres Carmelitas, prudentemente, acharam por bem transferir-se para Munique. Durante essa época tão desastrosa, especialmente para Praga, a devoção ao Menino Jesus caiu no esquecimento. Os hereges destruíram a Igreja, saquearam o mosteiro, entraram no oratório interno, profanaram a imagem do Menino Jesus e partindo-lhe as mãos, atiram-na, com desprezo, para trás do altar.
No ano seguinte, com a retirada dos inimigos de Praga, os religiosos puderam regressar ao seu convento. Mas ninguém mais se lembrou da outrora tão querida imagem do Menino Jesus. A comunidade passou tempos difíceis, aliás, como a restante população da cidde de Praga.
Em 1637, após sete anos de desolação, o Padre Cirilo regressou a Praga. A Boêmia, cercada de inimigos por todas os lados, corria o risco de sucumbir e, quem sabe, até de perder o dom inestimável da fé. No meio tantas agruras, enquanto o Padre Prior exortava os religiosos para que insistissem junto a Deus para colocar fim a tantos males, o Padre Cirilo aproveita para falar-lhe da inesquecível imagem do Divino Menino. Obtém licença para a procurar e encontra-a, entre os escombros, de trás do altar. Limpou-a e cobriu-a de beijos enquanto as lágrimas lhe corriam pela face. O rosto da imagem, no entanto, estava intacto, e ele mesmo a expôs no coro para que os religiosos a venerassem. Estes, confiantes na sua protecção, ajoelharam-se diante do Divino Infante, implorando para que fosse o seu refúgio, fortaleza e amparo em todos os sentidos.
A partir do momento em que a imagem foi colocada no seu lugar de honra, os inimigos fogem em retirada e o convento foi reabastecido de tudo que os religiosos necessitavam.
Certo dia, o Pe. Cirilo orava diante da imagem, quando ouviu claramente estas palavras: "Tende piedade de mim e eu terei piedade de Vós. Devolvei-Me as minhas mãos e eu vos dar-vos-ei a paz. Quanto mais me honrardes, mais vos favorecerei". Surpreendido, o Pe. Cirilo corre imediatamente para a cela do Padre Prior e contou -lhe o facto, pedindo-lhe para mandar reparar a imagem. O Superior negou-se a atendê-lo, alegando a extrema pobreza do convento. O humilde devoto de Jesus foi chamado a atender um moribundo, Benedito Maskoning, que lhe deu 100 florins de esmola.O Pe. Cirilo levou o dinheiro ao Superior, convicto de que poderia usá-lo para restaurar a imagem. Mas o Superior achou melhor comprar outra imagem, ainda mais bela. E assim fez. O Senhor não tardou a manifestar o seu desagrado; no mesmo dia da benção da nova imágem, um candelabro que estava bem fixo e seguro na parede, soltou-se e caiu sobre a mesma, despedaçando-a .
No entanto o Pe. Cirilo, apesar deste e de outros obstáculos não desanimou esforçando-se por obter meios para restaurtar a imagem. Foi o mesmo Menino que um dia lhe disse que o colocasse à entrada da sacristia pois alguém haveria de se compadecer d’Ele.
Um desconhecido passando diante da imagem, tão bela, mas mutilada, espontaneamente se oferece para a retaurar. Se bem o fez, prontamente se viu recompensado, pois em poucos dias ganhou uma causa considerada perdida, salvando a sua honra e a sua fortuna.
Desde então os favores concedidos pelo Menino Jesus de Praga não cessaram, e nos dias de hoje, também os seus devotos continuam a obter inúmeras graças.
Se não acreditais, experimentai!

(Chama Viva do Carmo nº 696 - 18 Janeiro ‘09)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

AVISOS

DOMINGO 11
Festa do Baptismo do Senhor

Encerramos o ciclo de Natal

SEGUNDA 12
Iniciamos o Tempo Comum, tomando-se as leituras da Segunda-feira da primeira semana.

TERÇA 13
Santo Hilário (MF)

SÁBADO 17
Santo Antão (MO)

DOMINGO 18
Neste Domingo depois do Baptismo do Senhor celebramos a festa do Menino Jesus de Praga. Assim todos nos devemos predispor a celebrar a festa do Divino Rei que prometeu: "Quanto mais Me honrardes mais vos favorecerei.

Tu és o meu filho muito amado

Idênticas palavras são dirigidas a cada um dos baptizados. Todos somos filhos queridos de Deus, ainda que tantas vezes nós não tomemos consciência dessa realidade.

A Igreja no Domingo depois da Epifania celebra a Festa do Baptismo do Senhor, encerrando assim o ciclo de Natal.
À primeira vista parece-nos uma festa deslocada do tempo de Natal, pois até aqui fomos convidados a fixarmo-nos na infância de Jesus, enquanto hoje contemplamos Jesus Cristo adulto, dando início à sua vida pública. Este é, pois, um domingo de transição já que sendo o domingo com que se encerra o ciclo natalício por outro lado é a porta que abre o Tempo Ordinário, pelo que não existe o Primeiro Domingo do Tempo Comum!
O Baptismo de Jesus é uma cena epifánica que atesta mais uma vez a divindade de Cristo. Neste sentido o Baptismo coroa o ciclo natalício: se o Natal é a manifestação de Jesus no ambiente humilde de Belém e a Epifania é a manifestação universal a todos os povos, o Baptismo é a primeira manifestação pública e absoluta em plenitude da divindade de Cristo. De facto poderíamos afirmar que propriamente, o Baptismo é o eco ou continuação da festa da Epifania, já que completa o seu sentido, com outra cena de tipo epifánico ou teofánico.
No Evangelho deste Domingo encontramos João a pregar, anunciando a chegada de alguém mais forte do que ele, e tão importante que o próprio Baptista se sente indigno de desatar as correias das suas sandálias. E como se não bastasse, enquanto João baptiza com água esse Alguém baptizará no Espírito Santo...
Dia após dia João repetia as mesmas palavras e praticava os mesmos rituais e, sem saber, quando ele acedeu baptizar um homem que tinha vindo da Galileia, e que pacientemente aguardara na fila de espera dos penitentes, acabara de realizar o que seu pai Zacarias anunciara: "E, tu menino, serás chamado profeta do Altíssimo". Sim, quando o homem vindo da Galileia saiu das águas do Jordão, rasgaram-se os céus, e o Espírito, como uma pomba, desceu sobre Jesus, e dos céus ouviu-se uma voz: "Tu és o meu Filho muito amado, em Ti pus toda a minha complacência".
João bem dizia que baptizava com água, e Jesus ao colocar-se na fila dos pecadores, que manifestavam o seu arrependimento e se predispunham a converter-se, é um sinal da encarnação de Deus entre os homens
Este é sem dúvida a maior "teofania" narrada nos evangelhos, já que Jesus é apresentado como o ungido pelo Espírito Santo e proclamado Filho de Deus, pela voz do Pai, desde o Céu, com um fundo trinitário: O Pai revela que Jesus é o seu Filho e unge-O com o dom do Espírito Santo, e partir de agora Jesus já pode iniciar e levar a bom termo a missão, que o Pai Lhe encomendou.
É verdade que o sentido do Baptismo que Jesus recebeu é distinto do Baptismo cristão. Foi o próprio Baptista que disse : "Eu baptizo-vos com água, mas Ele baptizar-vos-á com o Espírito Santo". O baptismo de João era um baptismo de conversão, o gesto do desejo de quem se queria converter. Por outro lado o nosso Baptismo é um sacramento real, que nos torna filhos de Deus e, que por acção do Espírito Santo, nos incorpora a Cristo, morto e ressuscitado. No entanto, o baptismo de Jesus prefigura o nosso, pois, assim como naquele momento o Pai testemunhou a filiação divina de Jesus, ungindo-O com o Espírito Santo, antes de dar início à sua missão, também nós no Baptismo somos consagrados filhos de Deus em Jesus Cristo, pelo Espírito Santo, e assim os cristãos sepultdos em Cristo, renascem para uma vida nova; ficam limpos de todo o pecado e convertem-se em filhos adoptivos, começando a formar parte de um povo sacerdotal que proclama ao mundo as maravilhas de Deus.
No Jordão, ouviu-se a voz do Pai: "Tu és o meu Filho muito amado, em Ti pus toda a minha complacência", e as mesmas palavras são dirigidas a cada um dos baptizados. Todos somos filhos queridos de Deus, ainda que tantas vezes nós não tomemos consciência dessa realidade.
Nesta Festa do Baptismo do Senhor, perguntemo-nos como temos vivido a nossa fé: o Pai também se alegra, se compraz, com o nosso modo de viver?

(Chama Viva do Carmo nº 695 - 11 JANEIRO ‘09)

sábado, 3 de janeiro de 2009

AVISOS

QUINTA 08
São Pedro Tomás (MF)
» 17h.45: Exposição e Adoração do Santíssimo, orientada pelos Ministros da Comunhão. Neste tempo de Oração rezaremos pelos vocações à nossa Ordem.

SEXTA 09
Santo André Corsini (MF)


Sábado 10
Bem-aventurado Gonçalo de Amarante (São Gonçalinho) (MF)
» Às 20H.00 Ceia de Reis da Família do Carmo, no salão São João da Cruz

DOMINGO 11
Festa do Baptismo do Senhor


Ceia de Reis - Encontram-se abertas as inscrições para a Ceia de Reis da Família do Carmo que terá lugar no dia 10 de Janeiro.

Listas - Estão em distruição as listas de Leitores e Ministros da Comunhão para os próximos meses.

À MARGEM

O Evanglho de hoje fala-nos de uns magos do Oriente não dizendo donde eram nem quantos eram.
A designação de "Mago" era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos, no entanto esta palavra também era usada para designar os astrólogos, o que fez que, inicialmente se pensassse que estes magos eram astrólogos, membros da classe sacerdotal de alguns povos orientais, como os caldeus, os persas e os medos.
Posteriormente, a Igreja atriguiu-lhes o apelido de "Reis" a partir de uma leitura livre do Salmo 70.
Mais tarde uma tradição deu-lhes os nomes de Baltasar, Gaspar e Melchior tendo igualmente atribuído a cada um características próprias. Melchior seria o representante da raça branca (europeia) e descenderia de Jafé, Gaspar representaria a raça amarela (asiática), e seria descendente de Sem e, finalmente, Baltasar seria o representante dos povos de raça negra (africana) sendo descendente de Cam. Assim estariam representadas todas as raças bíblicas (e as únicas então conhecidas: semitas, jafetitas e camitas).
Mais tarde, no século XV, sem qualquer base histórica foi-lhes atribuida a idade: Melchior teria 60 anos, Gaspar andaria pelos 40 e Baltasar teria 20 anos de idade.
Em relação ao significado das ofertas, o ouro teria sido oferecido por Belchior, e representava a nobreza do Menino, Gaspar ofereceu o incenso, representando a divindade de Jesus e finalmente Baltasar terá ofertado a mirra, símbolo do sofrimento que Cristo levaria na terra.
Assim os Reis Magos homenagearam Jesus como Rei (ouro), como Deus (incenso) e como Homem (mirra). Para outros as ofertas dos Magos simbolizavam as várias idades do homem: a juventude do trabalhador, a maturidade do guerreiro e a velhice do sacerdote.

GUIADOS PELA ESTRELA

Hoje somos convidados a olhar para o alto e procurar encontrar a Estrela da Fé, a única que nos pode guiar até Jesus


Nos países em que o dia 6 de Janeiro não é dia Dia Santo, a Solenidade da Epifania celebra-se no domingo entre o dia 2 e o 8 de Janeiro.
A Igreja celebra a Epifania doze dias depois do Natal. Trata-se de uma festa que tem um carácter idêntico à anterior. São festas muito parecidas, diríamos são quase gémeas. O nome de "pequeno natal" dado à Epifania expresaa a ideia popular da festa na Igreja ocidental. Parece como uma repetição, a escala menor, das celebrações natalícias. Entre os cristãos do Oriente acontecia precisamente o contrário. Também eles celebram o Natal, mas não lhe atribuem a mesma solenidade que à Epifania. parece-lhes mais apropiado dar ao Natal o título de "pequena Epifania".
Natal e Epifania são o verso e reverso de um mesmo acontecimento: a revelação de Deus aos homens. No Natal, no entanto, essa revelação é feita aos judeus, na pessoa dos pastores, enquanto na Epifania é o mesmo Deus que se revela aos gentios, ou pagãos, na imagem dos magos.
Quando falamos em magos, imediatamente nos vem à memória a cartomância ou artes adivinhatórias,mas na antiguidade eram homens que se dedicavam ao estudo das estrelas, eram astrólogos. E uma noite quando contemplavam o escuro firmamento, centilando de estrelas, descobriram uma estrela de especial fulgor e compreenderm que era una sinal do Céu, uma revelação divina que lhes anunciava o nascimento do Rei Salvador do mundo, há tantos anos esperado.
Os Magos contemplavam as estrelas, talvez esperando descobrir uma nova, mas para sua surpresa descobriram uma diferente, que lhes anunciou o nascimento de um rei muito importante.
Deixaram tudo, e cada um percorrendo caminhos diferentes, encontraram-se às portas de Jerusalém. Imediatamente intuíram que tinha nascido o Rei dos Judeus. "onde está - perguntam eles - o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua Estrela no Oriente e viemos adorá-l’O".
Herodes, que não era judeu, ao ouvir tal notícia ficou perturbado, e como ele todos os habitantes de Jerusalém. Imediatamente consulta todos os príncipes dos sacerdotes, que vão manusear as escrituras, e chegam à conclusão, que segundo as profecias, deveria nascer na pequena cidade de Belém.
Herodes respirou de alívio, e secretamente chama os magos pede-lhes informações precisas sobre o tempo em que apareceu a estrela, enviando-os para Belém com o pedido: "Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino: e , quando O encontrardes, avisai-me, para que eu também vá adorá-l’O".
Após a informação os magos põem-se a caminho e de novo aparece a estrela que os conduz a Belém. Quando a Estrela se deteve entraram em casa, e contrariamente à nossa maneira de pensar e agir, não sentiram qualquer decepção quando diante de si encontraram um pobre Menino, porque os sábios não olham às aparências mas vêem o íntimo de coração, prostraram diante d’Ele e adoram-n’O, e abrindo os seus tesouros ofereceram-Lhe ouro, incenso e mirra.
Hoje celebramos o dia das estrelas, o dia dos sonhos para quem acredita nas fábulas, de quem é capaz de compreender o sentido profundo de um ditado: "quando nasce uma flor, o universo inteiro faz-se primavera"; dia de quem sabe apreciar a grandeza do pequeno, do que não menospreza a luz vacilante da estrela da Fé, e sabe ver naquele criança a Deus e com alegria se ajoelha a seus pés e Lhe entrega todo o que possui.
Hoje somos convidados a olhar para o alto e procurar encontrar a Estrela da Fé, a única que nos pode guiar até Jesus. No entanto, também muitas vezes pensamos que nos falta a fé, quando, afinal, o que nos falta é a simplicidade das crianças para aceitar a estrela que nos leva Deus e a aceitar a Deus na forma de uma criança.
Deixemos que a Estrela de Belém brilhe cada vez mais intensamente no nosso coração!