sábado, 5 de fevereiro de 2011

COMENTÁRIO

O trecho do Evangelho deste Domingo oferece-nos duas pequenas parábolas, que nos falam do sal e da luz. Curiosamente estamos bastante familiarizados com o sal, não só porque é uma substância com quem lidamos diariamente, mas também Aveiro é terra de marnotos e de sal. Também o mesmo acontece com a luz, e igualmente Aveiro se identificava com a luz, bastando lembrar que até há poucos anos Aveiro, integrava a Rota da Luz!
“Vós sois o sal da Terra; vós a luz do mundo”! No mundo antigo quer o sal quer a luz eram considerados imprescindíveis!
Os discípulos têm de ser sal da terra. Ser sal indica as funções de purificar, dar sabor, conservar aquilo que é perecível, dar valor. Deitava-se sal nos antigos sacrifícios, como se deitava sal sobre as crianças ao nascer. Aplicado aos discípulos indica que com as suas obras e o seu testemunho do Evangelho devem dar sabor e valor à humanidade. O Cristão deve impedir que a humanidade se corrompa, apodreça, se arruíne.
Sabemos que o sal não pode perder o seu sabor, mas se por acaso o perdesse não serviria para nada; também o discípulo de Cristo, se perder a sua capacidade de manifestar, com as suas obras e o seu testemunho, o Evangelho, o que pode, e muitas vezes acontece, converte-se num inútil.
E Jesus prossegue: “Vós sois a luz do mundo”. Se o sal era importante, muito mais o é a luz. Se o sal se pode reduzir ou substituir, na cozinha, por outras especiarias, o mesmo não acontece com a luz; sem ela a vida seria impossível! É a luz quem nos permite ver as coisas na sua realidade e andar pelo caminho correcto. A luz tem uma grande força simbólica: em todos os tempos e culturas o ser humano procurou a luz da verdade, buscou luz para as perguntas mais profunda da nossa existência. 
Assim como não se pode esconder uma cidade situado sobre um monte, nem se acende uma luz para a esconcer, assim o cristão tem a obrigação de ser luz para os demais com a sua fé.

Chama n.º 782 | 06 Fevereiro ‘11

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