sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Os sinais do Baptismo


A celebração da Festa do Baptismo do Senhor deve levar-nos a recordar e a renovar
o nosso Baptismo, que, é o mais certo, nenhum de nós se lembra. A celebração deste sacramento é composta por um conjunto de rituais e sinais verdadeiramente
maravilhosos. Importa meditar sobre eles, porque nos dizem que somos cristãos.
E de como é uma felicidade verdadeira ser-se cristão!

A ÁGUA
É o símbolo central do Baptismo. Os primeiros cristãos submergiam-se nus na fonte baptismal, donde depois eram retirados. Era muito mais impactante que o actual verter de algumas gotas de água na cabeça.
A água é a origem da vida. A fonte do Baptismo é um poço onde vamos tirar água, que em nós se converte em fonte que jamais seca. Por essa razão, a nossa sede de amor jamais se esgotará: da fonte do Baptismo podemos beber sempre. Além disso a água é purificadora dos erros do passado e símbolo da fecundidade espiritual. A fonte que em nós jorra lembra-nos que jamais nos deixa ressequir.

A UNÇÃO
No Baptismo, aquele que se vai baptizar é ungido duas vezes: com o óleo dos catecúmenos e, depois, com o crisma.
O óleo dos catecúmenos é o óleo da salvação, exprime a força salvadora, que vem de Jesus Cristo. É mais forte qualquer das feridas que se venham a receber, pois não estamos sós.
O óleo do crisma é o óleo da unção real. É sinal de que a bênção de Deus está com o baptizando. Por esta unção a bênção de Deus repousa sobre nós, para que a nossa vida exale um perfume bom e vivificante.

A VELA BAPTISMAL
Toda a pessoa baptizada é esperança para o mundo, por isso se acende uma vela no círio pascal que depois lhe é entregue.
Em cada baptizado, mesmo criança, chega uma luz ao mundo. Em cada ser humano que nasce o mundo deve tornar-se mais luminoso e mais quente, porque o Baptismo é uma iluminação que abre os nossos olhos para que reconheçamos a luz de Deus.
Mantendo a luz acesa junto da criança, a Igreja deseja que ela possa trazer luz à escuridão do mundo e calor aonde haja frio ou onde os sentimentos ameaçam gelar as relações.

A VESTE BRANCA
Os primeiros cristãos desciam nus para a fonte baptismal e, a seguir, ao emergir, impunham-lhes as vestes brancas. Este não é apenas um sinal exterior, mas algo que transforma a pessoa toda, até o seu coração.
Pelo Baptismo tornamo-nos outra pessoa, adquirimos outra existência. Estamos cheios do Espírito Santo, que quer fazer resplandecer o nosso corpo com a dignidade de templo.

O SINAL DA CRUZ
É feito na fronte da criança, quer pelo sacerdote quer pelos pais e padrinhos. Com o sinal da cruz exprimimos que a criança pertence a Deus e não ao Estado, nem ao rei nem ao imperador ou a qualquer outra organização.
Ao assinalarmos a criança com o sinal da cruz é como se lhe disséssemos: Tu existes para seguir em liberdade o verdadeiro caminho e não para satisfazer as exigências dos outros.

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