terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Frei Daniel Jorge

Frei Daniel Jorge Sachipangue de S. José, encontra-se durante estes dias na nossa comunidade. Aqui o vereis a rezar, a partilhar connosco a alegria que nasce do trato da amizade com Cristo e de uns para com os outros.


O Presépio da nossa Igreja

Aqui vos deixamos algumas fotografias do Presépio da nossa Igreja, forma concreta de lembrar o nascimento de Jesus Cristo. Em uma noite, numa gruta, no meio dos animais, na pobreza, nasce o Rei dos Reis, Jesus Cristo nosso Senhor… Encontramos no presépio todo o simbolismo para despertar a Igreja do Natal, nas nossas famílias e em cada um de nós.

sábado, 27 de dezembro de 2008

AVISOS

QUARTA 31
Passagem de Ano

» 8h.00: Eucaristia
» 18h.30 Missa Vespertina da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.
» 23H.00 Missa e Oração da Passagem de Ano.

QUINTA 01
SOLENIDADE SANTA MARIA MÃE DE DEUS
* ANO NOVO E XLII DIA MUNDIAL DA PAZ
O Horário das missas será o mesmo dos domingos. Haverá Missa às 10h.00; 11h.30 e 18h.30.
» Às 18h.00 haverá a Oração de Vésperas.

SEXTA 02
S. Basílio e S. Gregório de Nazianzo (MO)

SÁBADO 03
Bem-aventurado Ciríaco Elias Chavara (MF)

DOMINGO 04
Solenidade da Epifania do Senhor

Ceia de Reis - Já se encontram abertas as inscrições para a Ceia de Reis da Família do Carmo que terá lugar no dia 10 de Janeiro.

Listas - Estão em distruição as listas de Leitores e Ministros da Comunhão para os próximos meses

Um parágrafo de Paz

O Dia de Ano Novo, dia 1 de Janeiro, é o Dia Mundial da Paz. Como é habitual o Papa, escreveu a sua mensagem para este dia, intitulada: "Combater a pobreza, construir a Paz". Da mesma apenas transcrevemos um parágrafo, da conclusão da mesma, que nos parece ser uma bela síntese da referida mensagem, e que nos mostra como a Igreja, apesar das muitas críticas de que é alvo, se tem preocupado pelos mais pobres, pelos mais desfavorecidos, dando assim o seu contributo para a construção da "Civilização do Amor", expressão tão querida do papa Paulo VI, o mentor do Dia Mundial da Paz:
"Desde sempre se interessou pelos pobres a doutrina social da Igreja. Nos tempos da Encíclica Rerum Novarum, pobres eram sobretudo os operários da nova sociedade industrial; no magistério social de Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II, novas pobrezas foram vindo à luz à medida que o horizonte da questão social se alargava até assumir dimensões mundiais. Este alargamento da questão social à globalidade não deve ser considerado apenas no sentido duma extensão quantitativa mas também dum aprofundamento qualitativo sobre o homem e as necessidades da família humana. Por isso a Igreja, ao mesmo tempo que segue com atenção os fenómenos actuais da globalização e a sua incidência sobre as pobrezas humanas, aponta os novos aspectos da questão social, não só em extensão mas também em profundidade, no que se refere à identidade do homem e à sua relação com Deus. São princípios de doutrina social que tendem a esclarecer os vínculos entre pobreza e globalização e a orientar a acção para a construção da paz. Dentre tais princípios, vale a pena recordar aqui, de modo particular, o ‘ amor preferencial pelos pobres’, à luz do primado da caridade testemunhado por toda a tradição cristã a partir dos primórdios da Igreja."

O EXEMPLO DA FAMÍLIA DE NAZARÉ

Nazaré continua a ser uma escola para todos aqueles que ainda querem aprender com Jesus, Maria e José
No Domingo dentro da Oitava de Natal a Liturgia celebra a Festa da Sagrada Família, convindando-nos a deixarmos a nossa sociedade actual, com todas as suas virtudes e defeitos, e a percorrermos milhares de quilómetros e milhares de anos!
Há certamente muitas diferenças,(eram outros tempos), mas também muitas coincidências, pois há ao longo dos anos tudo se vai repetindo, como certamente já nos vamos dando conta.
Deixámos Belém, terna e idílica, os pastores, com os seus cânticos, e os Magos, com os seus presentes; os temores da morte do Menino causados pela inquietação de Herodes, com a consequente fuga para o Egipto, foram ultrapassados, e agora encontramos Jesus, Maria e José na pequena aldeia de Nazaré.
Creio que esta família não se distinguiria muito das famílias de então, sobretudo daquelas que tinhm um filho único. José, como qualquer outro pai de família tinha de trabalhar no seu ofício, cremos, segundo nos narram os textos sagrados, no mister de carpinteiro. Maria, era dona de casa, com todos os trabablhos inerentes: cozinhar, lavar, pontear, fiar, cozinhar... Jesus, enquanto criança, adolescente e jovem, certamente não seria muito diferente das outras crianças, e terá ajudado umas vezes o pai, no seu ofício, Ele mesmo é apelidado de "o carpinteiro", porque terá ajudado e aprendido o ofício com José, a quem chamava pai, e outras vezes terá dado uma ajuda a sua Mãe, nos trabalhos quotidianos, já que cremos que como muitos jovens e crianças não ficaria indeferente às constnantes afazeres e uma mãe.
Na altura ainda não se celebrava o Natal, e penso, também, que não haveria festas de anos, nem festas de amigos, mas acredito que sempre haveria uma prendinha na festa da Páscoa, na festa das colheitas, nem que fosse estrear uma túnica nova, feita pelas mãos amorosas da mãe ou um brinquedo saído da oficina de José, particularmente quando não havia muitas encomendas, porque também naqueles anos, de vez em quando, havia épocas de crise!
Não sei se a casa de José e Maria era alugada, mas na altura também já havia rendas, mas sabemos que então já havia impostos, e alguns muitos pesados, cobrados pelos publicanos, para entregar ao Imperador de Roma.
Afinal, refrescando a memória, as dificuldades de outrora não são muito diferentes dos dias de hoje. Mas, no meio de tudo isto, a Sagrada Família, de Jesus, Maria e José, soube enfrentar e responder a todas essas dificuldades, e transmitir valore ao pequeno Jesus, o Filho de Deus. Estou convicto que muito do que Jesus ensinou e pregou foi fruto do que viveu e aprendeu com os seus em Nazaré, porque família é a primeira escola para os filhos.
O Beato João XXIII, o Papa do sorriso, na véspera de completar cinquenta nos de idade, escreveu um carta aos seus progenitores, da qual podemos fazer um síntese: "Queridos pais, não quero terminar este dia, o primeiro do meu quinquagésimo aniversário, sem uma palavra especial para vós a quem devo a minha vida. Desde que saí de casa li muitos livro e aprendi muitas coisas que vós não podíeis ensinar-me. Mas o pouco que de vós aprendi em casa, é agora o mais precioso e importante, que sustém e dá vida e calor às outras coisas aprendidas depois de tantos e tantos anos de estudo e ensino".
Estas palavras de João XXIII, talvez ignoradas de tantos pais, e muito mais por muitos filhos, certamente nos ajudarão a pensar no papel da família no dias de hoje. Nos tempos que correm muita gente descura o papel da família, e não falta quem a queira destruir, com leis, que agradam à primeira vista, facilitando o divórcio (na hora ou por mútuo consentimento), mas negando a felicidade dos filhos, concebidos, talvez, irresponsalvelmente. Este é o panorama que hoje nos é oferecido por uma sociedade "estúpida" que a pretexto da felicidade de alguém, torna infelizes aqueles a quem dizem amar!
Nazaré continua a ser uma escola para todos aqueles que ainda querem aprender com Jesus, Maria e José, que muitos continuam a quer silenciar.

sábado, 20 de dezembro de 2008

AVISOS

QUARTA 24
VIGÍLIA DE NATAL

» 8h.00: Eucaristia
» Meia Noite: Missa da Vigília de Natal (MISSA DO GALO)
(Neste dia é suprimida a Missa das 18h.30).

QUINTA 25
SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR
O Horário das missas será o mesmo dos domingos. Haverá missas às 10h.00; 11h.30 e 18h.30.
» Às 18h.00 haverá a Oração de Vésperas.

SEXTA 26
Santo Estevão, o proto-Mártir (Festa)
» 18H.00: O Clube do Menino Jesus rezará a Coroinha do Menino Jesus de Praga.

SÁBAD0 27
São João Evangelista (Festa)

DOMINGO 28
Festa da Sagrada Família

BOAS FESTAS
AOS NOSSOS AMIGOS E BENFEITORES
DESEJAMOS UM SANTO NATAL

O CÂNTICO DE MARIA

Quando Maria ouviu da boca de Gabriel que sua prima Isabel, também estava no sexto mês de gestação, correu apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá, para prestar ajuda à sua parenta, e depois da saudação de Isabel, louvou o Senhor com o poema, que a Igreja, todos os dias, canta na oração de Vésperas, o "Magnificat", que aqui deixamos:

A minha alma glorifica o Senhor *
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva: *
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: *
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração *
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço *
E dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos *
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens *
E aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, *
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais, *
A Abraão e à sua descendência para sempre
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,*
Como era no princípio, agora e sempre. Amen.

COM MARIA ESPERANDO

O nosso Salvador está prestes a nascer, e nós somos convidados a saber esperar como Maria o fez, antes de presentear o mundo com o Filho de Deus!


Chegamos ao último Domingo de Advento, o qual é já uma preparação imediata da celebração do Natal do Senhor. E, o Evangelho narra-nos o anúncio a Maria, de que Ela iria ser a Mãe do Filho de Deus.
Desta forma Maria é-nos apresentada como o grande exemplo de como nos devemos abrir à vinda do Senhor. Uma vinda que acontece na concreta realidade da história humana, fruto de uma longa esperança na simplicidade, humildade e confiança do povo de Israel.
Não é por acaso, que em véspera de Natal nos seja oferecido, no Evangelho o exemplo de Maria. De facto Ela - como nós - recebe o anúncio da vinda do Senhor, à sua vida, à sua realidade, inclusive à sua carne e manifesta plena abertura a essa vinda com confiança, com plena fé, ainda que não compreenda como isso irá acontecer, pois ultrapassa os seus esquemas de pensar.
Contudo, Ela sabe dizer "sim" sem pôr qualquer reservas ou exigências. É uma resposta de fé e esperança, que ultrapassa em muito os seus planos e sonhos que antes vinha acalentando.
Voltando ao Evangelho verificamos que os elementos do relato da Anunciação são
tão simples, que até uma criança os compreende, mas que nós os complicamos quando temos a pretensão de os explicar.
Vivia em Nazaré uma jovem, chamada Maria. Estava prometida em casamento (desposada, diz o texto) a um homem chamado José, e um dia apareceu-lhe um Anjo, chamado Gabriel, (já antes tinha aparecido a Zacarias), que a saúda apelidando-a de "Cheia de Graça", e acrescentando: "o Senhor está contigo".
Para nós estas palavras não têm lá muito sentido, mas para os israelitas, bons conhecedores da Bíblia, são de fácil compreensão, pois tais cenas repetem-se várias vezes, especialmente nas grandes teofanias ou revelaçãos. Eis a razão por que Maria ficou perturbada, porque Deus a escolheu para uma grande missão. Missão essa que imediatamente o Anjo lhe transmite: "Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus; Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altísimo; O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim"
Maria compreendeu que Deus a escolhera para ser mãe de alguém que deveria levar a cabo uma grande missão, há muito anunciada e prometida pelos profetas, mas encontra um obstáculo, que Ela imediatamente transmite ao Anjo: "Como será isto, se eu não conheço homem?". E o Anjo, perante tal objecção, comunica-Lhe, certamente para maior embaraço de Maria, que a sua missão nada se compara a outras missões alguma vez exigidas a algum israelita, Ela conceberá de uma forma diferente: "o Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com su sombra; por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus".
Foi uma graça concedida a Maria, mas também uma árdua tarefa que Deus Lhe ofereceu! Mas Ela, na sua humildade e simplicidade, apanágio de quem sabe amar, limitou-se a balbuciar: "Faça-se em mim segundo a tua vontade".
No seu seio começava a formar-se, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho de Deus, e Maria foi certamente aquela que melhor soube viver o Advento do Senhor, convertendo-se em mulher da fé, em mulher de esperança, porque também Ela esperava a vinda do seu e nosso Salvador.
O nosso Salvador está prestes a nascer, e nós somos convidados a saber esperar como Maria o fez, antes de presentear o mundo com o Filho de Deus.
Por isso também nós devemos confiar em Deus, entregrarmo-nos a Ele, para que como outrora fez Jesus Cristo na Palestina saibamos denunciar as injustiças, dar voz aos silenciados, levar um Boa Nova a todos aqueles que vivem desanimados, oprimidos, marginalizados, porque só então Jesus poderá tornar-se cidadão do nosso mundo. Enfim só assim haverá Natal!

domingo, 14 de dezembro de 2008

AVISOS

SEGUNDA 15
Solenidade de São João da Cruz
(transferida)
8h.00: Eucaristia
18h.00: Oração a São João da Cruz
18h.30: Solene Concelebração Eucarística

TERÇA 16
BEM-AVENTURADA MARIA DOS ANJOS
, carmelita descalça (MF)
» Missa pelos defuntos da ordem: Neste dia celebraremos a missa mensal em sufrágio de todos os defuntos da família carmelita.

QUARTA 17
INÍCIO DA NOVENA DE NATAL
Neste dia inciamos a novena de natal. Procuremos viver espiritualmente estes dias que antecedem o Natal do Senhor, e se possível procuremos também reconciliarmo-nos.

INTENÇÕES DE MISSAS PARA O ANO 2009
As pessoas que pretendam anotar missas para o próximo ano, já o podem podem fazer, entregando-nos uma relação das intenções e indicando a hora que desejam para a sua celebração.

sábado, 13 de dezembro de 2008

COMENTÁRIO

Neste terceiro Domingo de Advento, chamado "Domingo Gaudete", o Evangelho de João, que meditaremos ao longo desta semana litúrgica, apresenta-nos o Baptista. A leitura introduz-nos dizendo que este é o testemunho de João e logo nos narra que de Jerusalém os chefes judeus enviaram delegados para perguntar-lhe se era o Messias ou Eliass, que devia preceder a chegada do Messias.
A resposta de João é ambígua. Se por um lado não se reconhece como Messias, também não se reconhece como o Profeta que havia de vir. No entanto reconhece-se como "a voz que clama no deserto", que prepara a vinda do Messias .
Não satisfeitos com a resposta de João perguntam-lhe, então, porque estava a baptizar. E se a resposta não é muito directa, pelo menos reconhece aque o seu baptismo é só com água, é um baptismo exterior, mas Aquele que há-de vir trará consigo um baptismo que purifica todo o ser humano.
João Baptista foi um homem que soube entregar-se à sua missão e que soube ver o futuro que se avizinhava, os tempos há muito esperados.
Nós cristãos também temos de fazer o possível para que o Senhor chegue à vida de todos os homens e facilitar a aproximação destes a Deus.
O que é que temos feito nesse sentido?

PROCURANDO O AMADO

João da Cruz é o exemplo do homem enamorado de Deus, que não descansa até O encontrar.

Morreu! Morreu o Santo! Foi o grito que ecoou pelas ruas de Úbeda, pequena cidade de Andaluzia, no dia 14 de Dezembro de 1591. Nunca a voz do povo falou tão sabiamente, porque de facto tinha morrido aquele que hoje veneramos como nosso Pai e Fundador, São João da Cruz.
Estamos no terceiro Domingo de Advento, denominado Domingo "Gaudete", um Domingo que nos convida à alegria, devido à proximidade do Natal, mas que este ano coincide precisamente com a data da morte de São da Cruz, pelo que a nossa alegria hoje é redebroda.
Quando falamos de alguém sempre gostamos de conhecê-lo um pouco melhor, e penso que, embora muito já tenhamos ouvido falar do nosso Fundador, nunca é demais recordar um pouco da sua vida, especialemente para aqueles que nunca ouviram falar dele.
São João da Cruz nasceu em dia que não podemos precisar em Duruelo, província de Ávila (Espanha), no ano de 1542 (há quem diga que foi no ano de 1541), sendo seus pais Gonçalo Yepes e Catarina Alvarez, sendo o terceiro filho do casal, antes tinham nascido o Francisco e o Luís (este morto ainda pequeno). O pai morreu pouco tempo depois do nascimento de João, deixando viúva a ainda jovem Catarina. Esta com os dois filhos que lhe restavam, sem meios económicvos para lhes proporcionar uma vida digna, pois o único meio de subsitência era um simples tear, que não proporcionava à família o necessário para sobeviver, viu-se obrigada a fazer a "peregrinação da fome", para terras de Toledo, donde era oriundo o casal.
Não encontrou as portas abertas como esperava, tendo de regressar a Fontiveros depois de ano e meio, mas a situação continuava insustentável, pelo que inicia uma nova "peregrinação", desta vez foi Arévalo, mas uma vez a sorte foi madrasta, regressando mais uma vez a Fontiveros, para finalmente deixar esta terra para se fixar em Medina del Campo, província de Valhadolide, então um centro comercial de primeira ordem. Aqui se abrem as portas para a formação humana e cultural de João Yepes, tendo sido admitido no colégio "dos Doutrinos", que funcionava no convento da Madalena, onde com mais quatro companheiros se encarrega do serviço da Igreja, da limpeza da casa, e da recolha de esmolas em favor do mosteiro, mas em contrapartida recebe a alimentação e a possibilidade de aprender algum ofício manual. Posteriormente é aceite como enfermeiro e recadista no Hospital da Conceição, na mesma cidade, tendo a possibilidade de conhecer melhor os ambientes culturais de Medina e de melhorar e aperfeiçoar os poucos estudos até então realizados, por iniciativa própria e nos momentos livres.
Coincidindo praticamente com a sua chegada a Medina, os Jesuítas tinham aberto nesta cidade um colégio, uma filial do colégio de Salamanca, onde João frequentou as aulas provavelmente entre 1559 e 1563. É nessa altura, que de entre os vários conventos aí existentes, ele pede o hábito no Convento do Carmo de Santa Ana.
Prossegue os seus estudos em Salamanca onde conclui os estudos de arte e filosofia, sendo ordenado sacerdote em 1567. Nesse ano regressa a Medina para celebar a Missa Nova, e providencialmente encontra-se com Teresa de Jesus no Carmelo de São José dessa cidade. Do diálogo com a Santa pouco sabemos, mas pensa-se que João lhe manifestou o desejo de se fazer Cartuxo. É então que Teresa lhe propõe fazer uma reforma no ramo masculino como ela tinha feito com as Descalças.
João aceita o desafio e surge então o primeiro convento da reforma em Duruelo, fundado no dia 28 de Novembro de 1568, depois é transferido para Mancera; mais tarde encontramos João da Cruz em Alcalá de Henares, como Mestre de estudantes. Depois torna-se mestre espritual, mas sempre procurando o encontro com Deus, como tão bem ele o exprime no seu "Cântico Espirtual". João da Cruz é o exemplo do homem enamorado de Deus, que não descansa até O encontrar. Encontrou-O para sempre na noite em que foi "cantar matinas" ao Céu!

sábado, 6 de dezembro de 2008

AVISOS

SEGUNDA 08
Solenidade da Imaculada Conceição (Padroeria de Portugal)

É dia Santo de Guarda, sendo o horário das missas o mesmo dos domingos: 10h.00; 11h,30 e 18h.30. Às 18h.00 haverá a Oração de Vésperas.

QUINTA 11
SANTA MARAVILHAS DE JESUS, carmelita descalça (MF)

SÁBADO 13
SANTA LUZIA
(MO)
» 16h.30: Reunião de Leitores e Ministros da Comunhão
» Desde as 21h.00 até à meia-noite: EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO E VIGÍLIA DA MORTE DE S. JOÃO DA CRUZ

NOVENA DE SÃO JOÃO DA CRUZ
Continuamos a celebrar diariamente a novena em honra de São João da Cruz.

VICENTINOS
À saída da igreja os Vicentinos da Vera Cruz estão a fazer o peditório para o Natal dos pobres da paróquia.

SONETO A PADROEIRA

No dia 8 de Dezembro de 1854 0 Papa Pio IX, proclamou o Dogma da Imaculada Conceição. No entanto, já nas cortes celebradas em Lisboa no ano de 1646 el-rei D. João IV proclamara a Virgem Nossa Senhora da Conceição como Padroeira do Reino de Portugal, prometendo-lhe em seu nome, e dos seus sucessores, o tributo anual de 50 cruzados de ouro. Ordenou o mesmo soberano que os estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, jurassem defender a Imaculada Conceição da Mãe de Deus.
Aqui deixamos um soneto que emocionou o Papa Pio IX, ao escutá-lo, no dia da proclamação do dogama:

Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,
E sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;
Ele de eterno existe e é meu filho,
E eu nasci no tempo e sou sua mãe.

Ele é meu Criador e é meu filho,
E eu sou sua criatura e sua mãe;
Foi divinal prodígio ser meu filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe.

O ser da mãe é quase o ser do filho,
Visto que o filho deu o ser à mãe
E foi a mãe que deu o ser ao filho;

Se, pois, do filho teve o ser a mãe,
Ou há de se dizer manchado o filho
Ou se dirá Imaculada a mãe.

PREPARAI OS CAMINHOS DO SENHOR

A voz de João, que ressoa no deserto, continua a ser válida nos nossos dias, pois necessitamos de mudar de comportamento, necessitamos de uma verdadeira conversão.

Há três personagens que, com a sua experiência, nos ajudam a vi ver este tempo de Advento. Já no Domingo passado nós escutávamos Isaías, que hoje de novo nos é apresentado. O Profeta, que esperou contra toda a esperança, anuncia a um povo que estava num momento de crise de fé e de desastre nacional a proximidade e o amor do Deus-connosco. Além do referido Isaías hoje surge uma outra grande personagem, João Baptista, que vem preparar a iminente chegada do Enviado de Deus, Jesus Cristo. Segunda-feira, dia 8, teremos a ocasião de lidar com uma outra figura de Advento, Maria, na festa da sua Imaculada Conceição. Ela é a mulher que melhor viveu em si mesma o Advento, o Natal e a Epifania. Assim Ela é a nossa melhor mestra, pelo que de novo E far-nos-á companhia mais assídua, a partir do próximo dia 17.
Vivemos num mundo em que sobram as más notícias, e escasseia as boas notícias. Por isso as leituras deste domingo têm um saber especial, tornando este tempo de Advento num anúncio de consolação e um convite à esperança.
Já o Profeta Isaías, na primeira leitura anuncia o regresso do povo judeu à sua terra, convidando-o por isso a preparar o caminho do Senhor. No Evangelho encontramos João Baptista no deserto, a proclamar um baptismo de penitência para a remissão dos pecados, porque, dizia ele: "Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as suas sandálias".
Quando João Baptista iniciava a sua pregação havia em Israel um clima de grande tensão politico-religioso. O Povo eleito estava sob o jugo de Roma que exercia o seu poder com a força das suas legiões e a astúcia dos seus procuradores. Para cúmulo de todos os males quem governava a Galileia e as regiões do nordeste eram dois filhos de Herodes, o Grande, descendentes dos idumeus, pertencendo por isso à gentilidade, o que era para Israel um insulto permanente, pelo que a sua pregação provocava anseios e esperanças, anunciando a vinda do Messias. Por isso, João que tinha como missão preparar os homens para receber o Messias e escutar a sua mensagem, vai para fora, marginalizando-se da sociedade, e proclama a sua mensagem num lugar deserto
Para os antigos profetas, com quem se identifica João Baptista, pecado era tudo aquilo que fazia voltar a sociedade à situação do Egipto, esquecendo-se de que Deus os libertou da escravidão e destruindo a liberdade e a dignidade dos que foram libertados por Deus.
Pecado era a injustiça e a explorção do homem pelo homem, expressão e consequência de toda a idolatria. Enfim, hoje somos convidados à "conversão". Converter-se não quer dizer que seja necessariamente grandes pecadores. Converter-se a Jesus Cristo significa voltar-se mais claramente para Ele, aceitando os seus critérios de vida, acolher o seu Evangelho e a sua mentalidade na nossa forma de viver: endireitando os caminhos tortuosos, aplanando as veredas escarpadas e abater os montes e as colinas, criando uma nova terra onde habite a justiça.
Para dar credibilidade à sua pregação, e conteúdo à sua palavra, João Baptista apoia-se no testemunho da própria vida. A sua vida austera e penitente já era um clamor da urgência que tem de ecoar no interior da nossa vida de pessoas acomodadas, mergulhadas no conforto e silenciadas tantas vezes pelos respeitos humanos e pela covardia de não querer ter problemas na vida.
Como no tempo do Baptista, ambém hoje vivemos numa sociedade injusta e opressora, onde o egoismo se torna norma de vida, o ódio campeia por todos os lados, e onde a palavra "exploração" ainda não foi banida do nosso vocabulário. Por isso a voz de João, que ressoa no deserto, continua a ser válida nos nossos dias, pois necessitamos de mudar de comportamento, necessitamos de uma verdadeira conversão, para iniciarmos uma nova vida de santidade e de justiça.
Aproxima-se o Natal! A melhor prenda que podemos oferecer ao Menino Jesus é responder "sim" aos apelos do Baptista!