
Foi conventual desta comunidade de Aveiro durante 2 triénios no inícios dos anos 80.
O funeral será em dia e hora ainda a determinar, no Santuário do Menino Jesus de Praga, em Avessadas.
Confiamos que com júbilo celebre no céu a Festa do Precursor da Alegria.
2 comentários:
Texto lido na Igreja do Carmo a 15 de Outubro de 2005, em homenagem ao Padre Pereira.
Estou na Costa Nova, sentada à beira-mar.
Olho o mar, o seu azul, a sua força e a sua imensidão. Vejo nele a energia, a convicção, a determinação de alguém muito presente na minha vida: o Padre Pereira.
Ele é o mar em toda a imensidão do seu ser. Está sempre em constante movimento espalhando, pelas areias que banha, a mensagem de uma Igreja viva e jovem.
Na sua energia e beleza interior, atrai, como o mar, de uma forma subtil mas determinada, jovens nadadores que procuram viver um Cristo de paz e tolerância.
Bate enérgico nas rochas, define com força o seu espaço. Quantas vezes lhe telefonava para aqui, dizendo que não podia vir às reuniões ou ensaios e ele arranjava sempre uma alternativa para as minhas tarefas e para as minhas desculpas e daí a minutos cá chegava eu perfeitamente convencida. Como rocha na praia, deixava-me envolver nessa onda de vida.
A maré muda mais ou menos de vinte em vinte anos: Aveiro, Braga e agora o Marco. Muito rapidamente regressa a maré cheia e logo inicia uma viagem marítima de dezenas de jovens marinheiros à procura de uma Igreja sadia, viva e arrebatadamente enérgica.
O mar movimenta-se, agita-se, projecta-se num constante renascimento. Define a vida dos homens e orienta a viagem dos barcos. O Padre Pereira movimenta-se na alegria, na compreensão e na energia com que nos conquista. Agita-se levando com ele grupos que se multiplicam. Hoje os grupos do Carmo são herdeiros dos Passarinhos daquele tempo. Projecta um constante renascimento da Igreja: não esqueço as nossas reuniões, a abertura e a inteligência com que falávamos da Igreja, das nossas dúvidas, das nossas certezas, dos nossos dogmas, da nossa Fé.
Não esqueço as eucaristias, a maneira diferente de rezar, a maneira diferente de viver Cristo.
Foi com ele que aprendi a ser cristã.
O Padre Pereira orienta a nossa viagem, marinheiros de uma vida cheia de ondas e marés.
Dizem que o mar é traiçoeiro. O Padre Pereira não é. É a única diferença entre ele e o mar maravilhoso, observado milhões de vezes mas sempre diferente.
Continue a inundar-nos da sua água salgada de Fé e de Amor.
Para nós ele continua a viver, como o mar!
Anabela Dinis Branco de Oliveira
Anabela, eu não seria capaz de fazer melhor analogia entre o Pe. Pereira e o mar... durante a sua vida entre nós contagiou-nos e mostrou-nos quem é realmente o Cristo. Sofreu muito nos últimos tempos, mas sempre que o visitava lá tinha força para mais um sorriso e uma gargarlhada das suas... que ainda hoje a oiço...
O Pe. Pereira foi um grande Amigo com quem pude sempre contar, agora é o nosso Anjo da Guarda!
Recordarei com eterna saudade o último sorriso com que me presenteou... quem o conhece sabe bem quem foi e quem é o nosso Pe. Pereia.
Marcos Antunes
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