segunda-feira, 5 de outubro de 2009

COMENTÁRIO


Há trechos do Evangelho que são sobejamente conhecidos, pois tantas vezes os ouvimos, e que simultaneamente nos parecem despropositados, pois de acordo com a mentalidade corrente estão antiquados e ultrapassados, especialmente quando parecem estar contra a moral dos dias de hoje.
O Evangelho deste Domingo é um desses!
Uns fariseus aproximaram-se de Jesus e mais uma vez O quiseram pôr à prova, perguntando-Lhe se o homem podia repudiar a sua esposa, isto é se o varão podia divorciar-se da sua mulher.
No tempo de Jesus o divórcio era uma instituição jurídica, pois era uma prática que já vinha da lei mosaica, como se vê da resposta que os fariseus deram a Jesus.
No entanto, Jesus que muitas vezes se apresenta como o novo Moisés, o novo legislador, quer que os homens de então mudem de mentalidade e saibam descobrir a vontade de Deus. Por isso recorre às origens e diz que Deus, nas origens, criou o homem, varão e mulher para serem uma só carne. Foi Deus quem os uniu, pelo que o homem não deve destruir a obra de Deus nem contrariar a Sua vontade.
Hoje vemos que vivemos numa sociedade "divorciada" de Deus, e numa sociedade de divorciados, certamente, devido à dureza do nosso coração.É que para se concretizar qualquer projecto, como é a união matrimonial, necessitamos de um grande esforço. é necessário alimentar o fogo do amor, esse fogo que se deve manter sempre intenso e vivo, o qual se deve alcançar quando nos dispomos a seguir o caminho de Deus, testemunhando o amor de Deus.
E isto consegue-se quando se procura conhecer profundamente a esposa ou o marido, sabendo, evitando tudo o que o/a possa ofender ou melindrar, procurando sempre o diálogo, e não descurando, também a oração, que sempre conduz ao perdão!

nº 722 I 04 outubro ‘09

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