sábado, 6 de fevereiro de 2010

COMENTÁRIO

As coisas não tinham corrido lá muito bem em Nazaré. É verdade que todos tinham os olhos fixos em Jesus quando Ele se sentara para fazer o comentário, e se admiraram das palavras “cheias de graça” que saíam da sua boca, mas o caldo entornara-se quando Jesus os repreendera pela sua falta de fé! Pouco faltou que O matassem, quando queriam empurrá-l’O do alto da colina!
Mas Jesus não desanimou e voltou para a sua missão de anunciar a Boa Nova do Reino. Regressa para as margens do lago de Genesaré, ou Tiberíades, onde aliás iniciara a sua missão…
Mais uma vez a multidão se aglomera à sua volta para ouvir a Palavra de Deus. Não encontrando um palanque adequado, vendo duas barcas ancoradas nas margens do lago, Jesus subiu para uma dela, que era de um tal Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. E desde a barca, com todo o povo apinhado junto à margem, pôs-se a ensinar a multidão.
Após mais uma “missionação”, e num gesto de gratidão para com o dono da barca, que passara toda a noite na faina e nada pescara, Jesus convida Simão a fazer-se ao largo, e tendo obedecido, viu recompensada a sua disponibilidade para com o Mestre, com uma generosa pescaria.
Perante o que acontecera, Simão bem sabia, só podia ter acontecido um milagre, pelo que não admira que perante as suas fraquezas, se tenha dirigido ao Mestre, dizendo-lhe: “Senhor, afasta-te de mim, que sou um homem pecador”. Mas Jesus retorquiu-lhe: “Daqui em diante serás pescador de homens”.
Simão, a quem depois Jesus deu o cognome de Pedro, maravilhado com o Mestre, não tinha outra saída, e assumiu a missão de ser “pescador de homens”.
Também Jesus dirige o mesmo convite a cada um de nós. Seremos pescadores de homens na medida em que saibamos converter aqueles com quem, no dia a dia, lidamos, trazendo-os de novo à Igreja, mas também levando a mensagem do Evangelho àqueles, que apesar de viverem ao nosso lado, ainda não conhecem a mensagem libertadora do Evangelho.

nº 740 I 07 Fevereiro ‘10

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