sábado, 1 de maio de 2010

COMENTÁRIO

Estávamos na Última Ceia! Jesus esperou que Judas saísse. Quando este o fez, apressadamente, para trair o Mestre, era já noite, e o Cenáculo converteu-se num novo céu. Jesus não aguenta mais e abre de par em par o seu coração, para fazer as últimas recomendações aos seus discípulos.
Durante a sua vida pública Jesus escandalizou muitos dos seus ouvintes, chamando a Deus “Abba”, (Paizinho), agora chama aos seus discípulos “filhinhos”, pois não encontrou melhor expressão para manifestar-lhes toda sua ternura; não encontra palavras mais adequadas para expressar a profundidade e força da sua relação e sentimentos para com os seus amigos.
O testamento de Jesus, a sua verdadeira herança, é o Mandamento Novo: “Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei”. Jesus confirmou o mandamento do amor ao próximo, já conhecido no Antigo Testamento, mas alargou o seu âmbito para que nele coubesse, inclusivamente, o amor aos inimigos destacando-o de entre todos os mandamentos como a plenitude e a perfeição da Lei.“
E Jesus acrescenta: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei”.
O que deve caracterizar o cristão é o amor como o de Jesus Cristo. O cristão não pode ser reconhecido somente pelas suas orações, pelas suas leis, pelos dogmas ou pelos seus ritos, mas sim pela prática do amor. O cristão não é o mais sábio, o mais “piadoso”, o mais mortificado, o mais influente, mas sim aquele que mais ama. O amor tem de ser o nosso sinal de identificação, o nosso Bilhete de Identidade.
A última vontade de Cristo, antes de sofrer o suplício da Cruz, foi de que vivêssemos o amor em plenitude, por isso cada cristão deve ser uma encarnação e, também uma continuação, do amor de Cristo de forma que Ele possa continuar a amar em e desde cada um de nós.

nº 752 I 02 maio ‘10

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