sexta-feira, 25 de junho de 2010

SÃO PEDRO E SÃO PAULO


O mês de Junho, que caminha para o seu termo, é denominado entre nós como o mês dos Santos Populares. De facto há três santos cujas festas ocorrem neste mês e de quem os portugueses, e diria mesmo os cristãos, têm um particular simpatia pelos mesmos; refiro-me a Santo António de Lisboa, ou de Pádua como é conhecido na maioria dos países, e que para evitar quezílias e atritos o Papa Pio XII chamou Santo António de todo o Mundo, São João Baptista, a quem evocamos na nossa Chama Viva da semana passada, e São Pedro. Este apóstolo não precisa de “cartas de apresentação”, pois o próprio Jesus o declarou “pedra” sobre a qual edificaria a sua Igreja. Por isso desde muito cedo se apresenta como um dos discípulos predilectos do Mestre, a quem acompanha nos momentos mais íntimos, como seja a ressurreição da filha de Jairo ou o momento da Transfiguração. Também foi ele o primeiro a confessar que Jesus era o Messias, o enviado do Pai.
No entanto, no dia 29 de Junho a Igreja une a festa de São Pedro ao martírio de São Paulo. Este último, que começou por perseguir os cristãos, embora não tenha pertencido ao grupo dos doze, integra o grupo dos apóstolos, pelo papel preponderante que à semelhança de Pedro, teve na difusão do Evangelho, como poeticamente descreve o prefácio da missa destes apóstolos, que a seguir transcrevemos:

Vós [Deus] concedeis a alegria de celebrar
a festa dos santos apóstolos Pedro e Paulo:
Pedro, que foi o primeiro a confessar a fé em Cristo,
e Paulo, que a ilustrou com a sua doutrina;
Pedro, que estabeleceu a Igreja nascente entre os filhos de Israel,
e Paulo, que anunciou o Evangelho a todos os povos;
ambos trabalharam, cada um segundo a sua graça,
para formar a única família de Cristo;
agora, associados na mesma coroa de glória,
recebem do povo fiel a mesma veneração.

nº 760 I 27 junho ‘10

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