sábado, 23 de abril de 2011

O SENHOR RESSUSCITOU! ALELUIA!

O Senhor Ressuscitou!
O Senhor venceu a morte!
Hoje devemo-nos alegrar porque o maior inimigo do homem, a morte, foi vencido por Jesus. O que perdemos em Adão foi-nos restituído em Jesus!
Por isso alegremo-nos e louvemos o Senhor que nos revelou o seu amor no seu Filho Jesus Cristo.  

Aquele dia tinha sido o mais triste de suas vidas. Os Discípulos sentiam-se os homens mais imbecis à face da terra. Como fora possível, andarem enganados durante três anos! Bem tinham feito aqueles que durante esse tempo foram abandonado a companhia de Jesus. Ah! Se eles os tivessem imitado. Pouparia a vergonha por que estavam a passar. Além disso era urgente encontrar o momento oportuno, para às escondidas deixar Jerusalém e regressar para Galileia. Mais ainda, também tinham de se manter escondidos, não fossem eles igualmente vítimas da ira daqueles judeus.
Aquele dia tinha sido o mais triste da vida de Maria. Já antes tinha tido muitas tribulações por causa do seu Menino, e agora viu-O sofrer a cruel e dolorosa morte de seu Filho, só porque tinha feito o bem!
Aquele dia tinha sido o mais triste e escuro da vida de Maria Madalena, pois perdera o melhor amigo, o único que a compreendera e com quem se deleitava a conversar. Já antes, talvez prevendo o fim trágico do amigo, Lhe lavara os pés com copiosas lágrimas, os enxugara com os seus longos cabelos, para os depois perfumar com caríssimo perfume de nardo verdadeiro. 
Todos estavam a sofrer, e certamente foram duas noites muito mal dormidas. Depois de ter passado o Sábado, logo que lhe foi possível, ou seja quando a Lei o permitia, ainda era noite e tudo estava às escuras, de madrugada Maria Madalena, impelida pelo seu amor Jesus, dirige-se para o sepulcro, com outras mulheres, que como ela estavam ansiosas por ultimar a sepultura do Senhor, que apressadamente fora colocado no sepulcro. 
Enquanto caminhavam apressadamente, porque desejavam prestar a última homenagem a quem muito amaram, pelo caminho iam-se perguntando: “Quem nos ajudará a remover a pedra do Sepulcro?” Mas ao aproximarem-se do sepulcro viram um anjo sentado sobre  a pedra sepulcral, que tomando a palavra se dirigiu às mulheres: “Não tenhais medo; sei que procurais Jesus o Crucificado. Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver o lugar onde jazia. E ide depressa dizer aos discípulos: ‘Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia. Lá o Vereis. Era isto que vos tinha para dizer”.
Não é fácil imaginar o que se passou pela cabeça daquelas mulheres, mas diz-nos o Evangelho que elas se afastaram rapidamente do sepulcro, “cheias de temor e grande alegria”, correndo a levar a notícia aos discípulos, quando Jesus lhes sai ao encontro e as saúda, e lhes disse: Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão”.
À Luz dos trechos do Evangelho, constatamos que não foi fácil a Maria Madalena, e às outras mulheres, compreender o mistério de que estavam a ser testemunhas. É verdade que Maria Madalena, a exemplo de sua irmã Marta, pertencia ao grupo de judeus que acreditavam na vida para além da morte, acreditavam na ressurreição dos mortos no último dia. O facto de se dirigirem ao sepulcro para visitar Jesus traz ao de cima a convicção de que a morte não é o fim.
O homem, apesar da sua condição e das suas limitações, que tantas vezes duvida, e inclusive chega a negar a vida para  além da morte, no seu íntimo, mesmo aquele que se confessa ateu ou agnóstico, possui um misterioso sentido que o leva a intuir que nem tudo termina com a morte, quando por exemplo, visita a sepultura de um familiar ou amigo, e coloca na mesma uma flor ou uma vela acesa, e muito mais quando por ele eleva uma breve prece.
A  Páscoa do Senhor, a Ressurreição de Jesus, é uma afirmação inequívoca, de que esta vida não termina com a morte. 
Hoje devemo-nos alegrar, porque o maior inimigo do homem, a morte, foi destruído, pela Ressurreição de Jesus. O que perdemos nos nossos primeiros pais, em Adão e Eva, foi-nos restituído em Jesus.
A Páscoa é um convite a deixarmos o Egipto do pecado, a recobrar uma nova vida, que atingiremos em plenitude quando um dia ressuscitarmos em Cristo.
Por isso, à semelhança de Maria Madalena e das outras mulheres, devemos correr a anunciar a todos os homens a Ressurreição de Jesus!

Chama n.º 793 | 24 ABRIL ‘11

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