Ao encerrarmos a Semana dos Seminários, procurando sensibilizar todos os fiéis, e ressaltando as palavras do papa Bento XVI: “O mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir”, transcrevemos excertos da Mensagem de Dom António Francisco dos Santos, Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, redigida para esta efeméride.
Neste penúltimo Domingo do Tempo Comum celebramos o Dia dos Seminários. Quando falamos de seminários falamos de casas onde se formam os futuros sacerdotes, aqueles jovens, e não só, que se preparam para enfrentar um caminho que os leva ao sacerdócio e ao serviço dos irmãos.
Hoje constamos que há uma profunda sensibilização da sociedade para as espécies em via de extinções, chegando a tal ponto que os governantes se vêem obrigados a alterar projectos de interesse nacional, onerando as respectivas obras, com dinheiro dos contribuintes, ou seja de todos nós, para preservar o “habitat” de algumas espécies, nem que seja de ratos como há não muito tempo aconteceu com o traçado de uma estrada ou auto-estrada em Trás-os-Montes.
Sei que seria pedir demais ao Estado que também lançasses um programa para salvar uma espécie, que parece estar em vias de extinção! Refiro-me, naturalmente, aos sacerdotes, tantas vezes identificados como padres, curas, vigários, reitores, abades, priores, etc., mas sei que os cristãos não ficam indiferentes ao desafio de promover as vocações sacerdotais.
Convicto desta realidade, neste dia dos Seminários, desejo partilhar convosco as preocupações e anseios da Igreja em Portugal, na mensagem, do Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, D. António Francisco dos Santos, que também é o Pastor da nossa Diocese de Aveiro, intitulada “Seminário, comunidade dos discípulos de Cristo e irmãos no presbitério”
A referida mensagem, começa por nos apresentar algumas passagens bíblicas, com a respectiva atitude dos intervenientes. Assim quando Deus chama Samuel, “ele responde: ‘Fala, Senhor, o teu servo escuta’; Jeremias diz-nos como Deus o chamou, consagrou e enviou, como profeta em tempo difícil. Jeremias não escondeu o seu temor nem calou as suas dificuldades: ‘Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, pois ainda sou um jovem’. Respondeu-lhe o Senhor: ‘Irás onde eu te enviar. Não tenhas medo, Jeremias. Eu estou contigo’.
Quando o Anjo Gabriel anuncia a Maria que ela ia ser a Mãe de Jesus. Maria interroga-se: ‘Como pode ser isso’ O Anjo respondeu: ‘O Espírito Santo virá sobre ti. Por isso Aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus’. Maria disse então: ‘Faça-se em mim segundo a tua palavra’. Em Cafarnaum Jesus caminhava ao longo do Mar da Galileia; viu homens ocupados e preocupados com a faina da pesca e disse-lhes: ‘Vinde e segui-Me. Farei de vós, pescadores de homens. Eles deixaram as redes, imediatamente, e seguiram-n’O”.
E termina com a conversão de São Paulo: “Saulo, Saulo porque me persegues?” “Quem és tu, Senhor?” “Eu sou aquele a quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer”.
Seguidamente transcreve excertos da carta de Bento XVI aos Seminaristas: “Tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir”, diz-nos o Santo Padre. É para isso o ‘Seminário como comunidade que caminha para o serviço sacerdotal’, onde se preparam os futuros sacerdotes, como verdadeiros ‘homens de Deus’ e ‘mensageiros de Deus’, (…) sempre prontos a responder (…) a todo aquele que nos perguntar ‘a razão’ da nossa esperança. Adquirir a capacidade para dar tais respostas é uma das principais funções dos anos do Seminário”.
Finalmente recorda a mensagem de Bento XVI dirigida aos seminaristas no encontro que teve com eles, em Fátima, na tarde do dia 12 de Maio do presente ano, aquando da sua visita a Portugal.
D. António Francisco conclui:
“Queremos fazer nossa a mensagem do Santo Padre, dizer uma palavra de muita alegria e renovada confiança a todos os seminaristas de Portugal e testemunhar sentida gratidão a quantos se entregam diariamente com exemplar dedicação e inexcedível generosidade à exigente causa da formação nos nossos Seminários.
Estou consciente e confiante de que aos Seminários nunca faltará a comunhão fraterna e exemplar dos presbitérios diocesanos e religiosos nem a oração, o afecto e a generosidade das comunidades cristãs”.
Em dia dos Seminários peçamos ao Senhor muitos e santos Sacerdotes!
Chama n.º 770 | 14 NOVEMBRO ‘10
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