O Salmo 121, que nos oferece a liturgia deste Domingo de Cristo Rei, revela a alegria espontânea que os peregrinos, depois de uma longa e dolorosa viagem sentiam quando se aproximavam da cidade Santa de Jerusalém.
Ao avistar a cidade, os peregrinos não podiam deixar de manifestar a sua alegria e admiração ao ver a beleza da cidade. É a surpresa de uma pessoa simples, talvez um nómada habituado a viver numa miserável tenda nos desertos que se sente pasmado ao contemplar as construções que formavam um harmonioso conjunto: casas, ruas, palácios, o Templo, tudo rodeado de muralhas e sólidos torreões.
Mas a beleza da cidade não faz esquecer o motivo de tão longa e penosa viagem; o peregrino não se deixa deslumbrar pela paisagem, porque o motivo da sua viagem foi “para celebrar o nome do Senhor”, como era costume em Israel, porque na Cidade Santa, se encontravam os tribunais da justiça, que a aplicavam como outrora o fizera a casa de David.
Também nós somos convidados a dar alegria à nossa vida, porque peregrinamos para a cidade Santa, a nova Jerusalém, a verdadeira cidade onde se encontra o autêntico Juiz, que não cometerá as injustiças que tiveram lugar em Jerusalém, quando condenaram Jesus!
SALMO 121
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor.
Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém.
Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor.
Para celebrar o nome do Senhor,
segundo o costume de Israel;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David.
Chama n.º771 | 21 Novembro ‘10
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